Ao que tudo indica, o Newcastle United passará a ser controlado pela Arábia Saudita, via um fundo de investimentos.
Um dos obstáculos que impedia a concretização do negócio era o Catar.
Os donos do PSG também têm voz na Premier League por causa dos direitos de transmissão.
A BeIN Sports é uma TV por assinatura cujo presidente é o mesmo do PSG: Nasser Al-Khelaifi.
Ela tem os direitos de transmitir a Premier League no Oriente Médio.
Mas Catar e Arábia Saudita, como já dissemos aqui, estavam em crise diplomática até pouco tempo atrás.
Por isso, a BeIN Sports não entrava na Arábia Saudita.
E não só isso, o Estado saudita pirateava as transmissões para exibir o campeonato inglês em seu território, o que obviamente acarretava num prejuízo bilionário para os cataris.
Mas o Catar se resolveu com seus vizinhos do Golfo Pérsico nos últimos meses, devido a uma série de mudanças na conjuntura internacional, como a troca de presidente nos EUA.
O que importa pra nós aqui é que a BeIN Sports voltou a ser liberada para operar na Arábia Saudita.
Assim, a Premier League, que antes se escorava na disputa de direitos de transmissão pra impedir a venda do Newcastle para o fundo de investimentos saudita, ficou sem argumentos.
Direitos humanos? É uma expressão bonita, mas que nunca foi realmente um obstáculo pro negócio.
Até porque seria hipocrisia: os Emirados Árabes também têm o seu time na Premier League, o Manchester City.
Não é uma questão de direitos humanos - embora seja possível dizer que a Arábia Saudita é um ator internacional muito mais problemático que os donos do City.
Já falamos muito disso aqui, mas além do regime de apartheid contra as mulheres e da influência saudita na Guerra Civil do Iêmen, agora em outubro fez 3 anos que o jornalista Jamal Khashoggi foi assassinado e esquartejado a mando do governo saudita.
3 anos só, quase nada.
Entidades como a Anistia Internacional subiram o tom contra a aquisição: dizem que a Premier League precisa colocar a expressão “direitos humanos” nos testes que aplica a candidatos a proprietários e diretores, para que possa impedir esse tipo de negócio. theguardian.com/football/2021/…
A questão é que nunca antes a Premier League impediu uma compra: sempre bastou apenas chegar com o dinheiro pra sair com o comando de um clube.
Por isso, o atual dono do Newcastle, Mike Ashley, que quer vender o clube, já entrou com um processo milionário contra a liga.
Se você nunca leu sobre o assunto, pode estar se perguntando: mas e a torcida do Newcastle United? Por que eles não protestam contra essa venda absurda?
A resposta é simples: Ashley é um péssimo proprietário, que afundou o clube. Querem ele longe de lá.
Além disso, basta ver a transformação pela qual passaram clubes como City e PSG desde que se tornaram propriedades de Estados nacionais.
Com os sauditas querendo investir até US$ 320 milhões nos primeiros 5 anos, é como se o torcedor do Newcastle estivesse ganhando na loteria.
Por fim, é possível que a Premier League aprove a venda e justifique dizendo que o Estado saudita provou que o fundo de investimentos é “independente” do governo.
Não é verdade. Senão, o príncipe Mohammad bin Salman não estaria tão envolvido nisso.
No dérbi de Roma, o ódio ao rival é manifestado com antissemitismo.
Não importa se é da Lazio para a Roma ou da Roma para a Lazio, ultras ligados à extrema-direita sempre comparam os adversários a judeus e usam símbolos nazistas.
Antes do duelo de ontem, vencido pela Roma por 2 a 0, uma faixa foi pendurada em uma das principais vias da capital italiana com a frase "Laziale judeu", acompanhada por duas suásticas.
É o mesmo comportamento que já acontecera no confronto anterior.
Na ocasião, também houve uma faixa antissemita ofendendo torcedores da Lazio.
Em um muro da capital, Hitler e Mussolini, com camisas da Roma, levavam Mr. Enrich, com uma camisa da Lazio, a Auschwitz.
Símbolos e cores são importantes, tanto para times de futebol quanto para países.
Uma das primeiras mudanças dessa nova Síria que se constrói após a queda de Bashar al-Assad foi promovida pela federação de futebol do país:
A troca de cores, saindo o vermelho e entrando o verde.
Com o fim do Império Otomano na 1ª Guerra, a Síria ficou sob controle francês.
Em 1930, os franceses conduziram a criação de uma Constituição pro país, que determinava uma bandeira nacional com três faixas, uma verde, uma branca e uma preta, além de três estrelas vermelhas.
Depois da 2ª Guerra, a Síria chegou a se unir ao Egito numa república árabe que durou entre 1958 e 1961, sob o comando de Gamal Abdel Nasser.
Essa república deu origem à bandeira síria mais conhecida: três faixas (vermelha, branca e preta), com duas estrelas verdes ao centro.
As apostas em esportes se tornaram um problema tão grave na Inglaterra que o parlamento precisou agir e aprovar uma regulamentação. Assim, apostas acima de 100 libras passaram a ser proibidas.
Isso aconteceu em 1664.
O críquete começou a crescer durante o século XVII, e em 1664 estava estabelecido como uma diversão das massas.
Também havia grande popularidade do jogo na corte do Rei Charles II, alcançando nobres que chegavam até a montar seus próprios times.
Esse momento marca, inclusive, uma das primeiras formas de profissionalismo no esporte: os times tinham jogadores pagos, que passaram a viver do críquete.
O motor por trás disso tudo, porém, eram as apostas, que corriam soltas entre todos os envolvidos.
O Sudão não é um gigante do futebol africano, mas com apenas um ponto nos próximos dois jogos, sua seleção pode se classificar pra Copa Africana de Nações e alcançar um objetivo maior:
Jogar luz na guerra civil que tomou o país desde 2023 e que costuma ser ignorada nas notícias.
Aviso: o post a seguir contém relatos sobre violência sexual.
Em outubro, o Sudão surpreendeu ao vencer a tradicional Gana em campo neutro, na Líbia, já que os sudaneses não podem jogar em casa por causa da guerra.
A vitória deixou o país próximo da CAN 2025, com partidas diante de Níger e Angola nessa data FIFA pra garantir a vaga.
No último domingo, em jogo pela terceira divisão de Montenegro, o Njegos perdia para o Zeta por 19 a 0 quando seus jogadores colapsaram em campo e a partida foi abandonada.
De acordo com um político local, os atletas do Njegos foram vítimas de envenenamento por plutônio.
O curioso é que dez jogadores do Njegos colapsaram ao mesmo tempo, aos 25 minutos do segundo tempo.
Eles foram levados a um hospital local, com alguns precisando do auxílio de um helicóptero para irem a uma UTI.
Foi Milan Knezevic, membro do parlamento montenegrino, que surgiu com a acusação de envenenamento dos jogadores por plutônio. Não houve nenhuma confirmação por parte de médicos.
Knezevic se colocou a dispoição para custear o transporte dos jogadores a hospitais na Sérvia.
"Me perdoem por ter um passaporte alemão", brincou Thomas Tuchel na entrevista coletiva em que foi anunciado como o novo técnico da seleção da Inglaterra.
Era uma piada, mas sua contratação parece mesmo representar uma derrota inglesa e uma vitória alemã em vários aspectos.
Primeiro, no esporte. "Deveria importar se o técnico da seleção inglesa é um inglês?", questiona Barney Ronay, editor de esportes do jornal The Guardian.
Ele diz que não, mas torcedores e parte da imprensa estão insatisfeitos: "dia obscuro pra Inglaterra", publicou o Daily Mail.
O futebol de seleções é um teste entre escolas, uma queda de braço de países para mostrar ao mundo quem usa melhor os recursos de que dispõe.
Com somas vultuosas (às vezes de fontes antiéticas), ingleses montaram a liga mais rica do mundo, mas não conseguiram produzir técnicos.