Em 28 de Novembro de 2012 foi criada em São Tomé e Príncipe uma sociedade anónima offshore denominada GIC Corporation SA.
Este tipo de sociedades rege-se pelas normas do Decreto-Lei nº 70/95, de 31 de Dezembro, conhecido como Regime das Sociedades Anónimas Offshore.
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Essa sociedade teria forçosamente um capital mínimo exigido de 5000 USD, e um mínimo de 2 sócios, e foi utilizada por César Boaventura, na elaboração de um conjunto de contratos que envolveu as SAD do Benfica e do Atlético CP.
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A SAD do Atlético CP foi detida a partir de 2013 pela Anping Sports Agency, de Eric Mao, cidadão Chinês fortemente associado a esquemas transnacionais de match-fixing, como se pode ler neste artigo publicado em 2018 no âmbito do #FootballLeaks
A GIC Corporation SA anunciou a 26 de Janeiro de 2014, através da sua página de Facebook, que adquiriu 50% do passe do atleta Mika ao Benfica.
Uma negociação realizada por César Boaventura directamente com Luís Filipe Vieira, e que se traduziu numa cedência a custo zero.
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Esses 50% dos direitos económicos do atleta Mika passaram, poucos meses depois, para a esfera da Splendivedeta Unipessoal Lda, constituída em 12 de Junho do mesmo ano, e detida a 100% por César Boaventura. Sociedade entretanto dissolvida e liquidada em Fevereiro deste ano.
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O advogado e especialista em Direito do Desporto, Luis Cassiano Neves, e Abel Silva, ex-jogador do Benfica, condenado no processo Jogo Duplo, por práticas de match-fixing, são outros nomes com poderes de representação da sociedade GIC Corporation SA
O registo dessa sociedade foi elaborado por uma empresa gestora de offshores liderada por Reto Scherraus-Fenkart, cônsul honorário da Suíça em São Tomé e Príncipe, e com fortes ligações a Portugal, e por Ana Lucas, alegada notária Portuguesa
O grau de opacidade da GIC é tal, que 8 anos depois da sua constituição, ainda não tinha sido comunicada à Administração Fiscal o inicio da actividade, não foi apresentada qualquer declaração de rendimentos, e nunca foi efectuado qualquer pagamento dos impostos devidos.
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Em 47 anos de Democracia, serei porventura o primeiro cidadão a ser vetado de uma CPI, já durante o desenrolar avançado dos trabalhos.
Mais do que o mero veto, deve-se enaltecer o simbolismo da decisão e o seu significado político.
A simbiose entre política e os principais escritórios de advogados é uma das marcas deste regime socialista.
O sentido de voto dos deputados do PS, e as suas justificações eram mais do que expectáveis, para alguém como eu, que está convicto de que não será o PS a encetar reais...
...esforços no sentido de travar a corrupção sistémica existente em Portugal.
Uma menção também à deputada do CDS, C. Meireles, e ao seu pré-juízo, substituindo-se aos tribunais, e violando a minha presunção de inocência. Isso sim, é atentatório do Estado de Direito democrático.