Em #CasamentoAsCegas Brasil o Shay fica forçando que a Ana lembre o termo "salamati" e fica chateado que ela não lembra. E ela revela que ela tem dislexia.
O jantar pra mim é desconfortável mas eu já passei por situações daquela ali INÚMERAS VEZES.
Pessoa fica chateada do por que eu não lembro depois de um "dia todo repetindo a mesma coisa". Não é sobre a falta de atenção ou importância é mais sobre a falta de cuidado com quem recebe as informações de maneira diferente. E ele fica bravo por que ela não lembra e questiona
A real é que enquanto a gente não parar de se relacionar de forma normativa sendo um conjunto de regras pre estabelecidas que a gente nem sabe quem criou. Eu e outros neurodivergentes vamos continuar se sentindo desconfortáveis em situações diversas.
É um reality, eu sei. Mas eu gosto de ver por que no fim, é uma amostra do que a gente passa na vida real.
Shay tem outros problemas mas essa pra mim hoje que sei que sou autista é motivo o suficiente pra levantar e ir embora naquele momento.
A gente não sabe como essas pequenas cobranças viram um inferno na nossa cabeça durante os anos.
Não escolheria pra vida toda alguém que tenha que sempre lembrar como eu funciono ou como minha neurodivergencia se apresenta em mim.
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Ilza e Breno mãe e filho com paralisia cerebral morrem de falta de acesso ao básico. D. Ilza morreu de parada cardíaca em casa e ficou 5 dias dentro de casa o filho que dependendo dela pra comer morreu de fome. De todas as histórias que eu conto essa foi a que mais está doendo
Mulher negra e mãe solo de um menino com paralisia cerebral, já sabemos que foi negligenciado em tudo. Acesso a saúde, acesso ao básico. A morte dessas duas pessoas é sintomática e não a causa de tudo.
Mulheres negras e periféricas quando tem filhos com deficiência SÃO ABANDONADAS. São mais de 80% dos pais que somem no mundo. Mas não é só família que nos vira as costas.
É família, é estado e saúde. Estamos correndo atrás sempre do mínimo.
A pessoa não tira meu nome da boca, do tweet, tá faz 3 dias mandando indireta.
Irmão me esquece,cara, segue aí seu rumo na educação popular emancipadores que não inclui pessoas com deficiência. Para de encher meu saco.
Que ódio.
Essa figurinha ama mandar o povo ler. Se diz educador popular, se diz um ativista da educação e AMA MANDAR QQR PESSOA QUE DISCORDE DELE LER. Ah e gosta também de dizer o "tom" que as pessoas tem que falar com o lindão.
"Não gostei de como falou o que falou"
Meu recado foi dado!
Eu tô de boa em silêncio pra não entrar em treta, mas continua mandando indireta que eu piso no acelerador bonito. E exponho a hipocrisia que vc é
Existe uma coisa que me tira do eixo:
ditar COMO alguém deve dizer algo. Isso é normativo, isso não leva em consideração que há pessoas que tem barreiras de comunicação. Tratar uma pessoa que fala de forma objetiva como falta de educação é normativo. E violento.
Eu defendo e sempre vou defender a forma livre da comunicação. Todo mundo, pode falar da forma que for. Desde que o que vc diga não seja ofensivo. A neuronormatividade diz que eu e mais uma pá de gente é encrenqueira. Que não sabe entender direito.
Para nós, neurodivergentes a sensação é que nós estamos numa grande terapia comportamental. Sempre se adaptando ao grande mundo neurotipico.
Tô assistindo a @LumenaAleluia falando sobre a morte da Marielle no programa do @rafinhabastos.
E eu tô emocionada. Lumena assim como muitas mulheres que estavam na casa das pretas no dia da morte de Marielle, foram atravessadas pela dor que foi a perder Marielle.
Eu, conheci duas militantes que estavam naquele dia, naquela agenda.
E ninguém, até hoje está bem após a morte de Marielle. Claro, todas seguem tentando se fortalecer, tentando se reerguer. Mulheres negras lidando com a própria dor.
Ouvir Lumena dizendo que não queria morrer, por isso pensou em deixar de lado a linha de frente da luta. Me faz pensar em quantas de nós a gente perde todos os dias por conta das violências que lidamos todos os dias.