O australiano Josh Cavallo, do Adelaide United, se tornou o único jogador de 1ª divisão do mundo abertamente homossexual, recebendo apoio do seu clube e da liga australiana.
O time até publicou um vídeo em que ele explica por que está se assumindo.
O jogador também escreveu uma carta em que fala mais sobre a sua decisão, traduzida aqui pelo sempre competente @ALeagueBR, nossa melhor fonte de informação sobre futebol australiano. Como o vídeo acima está em inglês, vale ler a carta traduzida.
Há pouquíssimos jogadores assumidamente gays no futebol profissional.
Um dos casos mais conhecidos é o do alemão Thomas Hitzlsperger, que jogou por clubes como Lazio, Wolfsburg e Everton, mas que só se declarou homossexual 1 ano após se aposentar, em 2013.
Hitzlsperger talvez seja o mais famoso, uma vez que fez parte da seleção alemã na Copa de 2006 e na Euro de 2008.
Ele está hoje ainda no futebol, atuando como diretor de esporte do Stuttgart. Infelizmente, só se sentiu seguro para se revelar gay após pendurar as chuteiras.
Outro caso famoso é o do americano Robbie Rogers, que anunciou ser gay ao se aposentar, também em 2013, mas que voltou a atuar pouco depois pelo LA Galaxy.
Ao conquistar a MLS Cup em 2014, tornou-se o 1º homem gay a ser campeão profissional em esportes coletivos nos EUA.
Ele disse que era difícil se assumir homossexual no futebol, porque sabia que ouviria sempre perguntas do tipo “como é tomar banho com os outros rapazes?”
Jason Collins, 2º jogador abertamente gay da NBA, se aconselhou com ele sobre como lidar com a imprensa ao se assumir.
Já o 1º futebolista australiano a se declarar gay foi Andy Brennan, em 2019. Ele já havia atuado na A-League, equivalente à 1ª divisão do país, mas à época em que revelou ser homossexual, estava jogando em outra liga, semiprofissional.
Isso mostra como o tema ainda é tabu.
A 1ª pessoa a acolher Josh Cavallo e ouvir o que ele tinha a dizer foi Ross Aloisi, assistente técnico do Adelaide United.
Segundo ele, o jogador estava vivendo com “um fardo incrível e uma dor inimaginável” antes de se assumir, o que “tirou um peso das suas costas”.
É claro que existem muitos outros jogadores gays e bissexuais por aí. Mas há uma razão triste pela qual eles não podem se assumir: a LGBTfobia.
Na Premier League, por exemplo, um jogador anônimo já falou sobre a dificuldade que é viver se escondendo.
Outro caso que é simbólico e recente, mas que infelizmente não aconteceu numa liga de grande destaque, foi quando um jogador gay foi ofendido nos EUA e todo seu time deixou o campo em protesto:
Berço do heavy metal, cidade operária e também muito marcante no futebol: assim é Birmingham, cidade onde Ozzy Osbourne começou e encerrou a carreira.
Longe de ser tão comentada quanto Londres, Liverpool e Manchester, a 2ª maior cidade inglesa tem muita história no esporte.
Não à toa, seu clássico é chamado de "Second City Derby", o dérbi da segunda cidade, disputado entre o Birmingham City e o Aston Villa, time do coração de Ozzy.
A região das West Midlands, onde está Birmingham, foi o coração da Revolução Industrial, por questões de geografia.
Ela era abundante em veios de carvão e minério de ferro, essenciais pro trabalho nas indústrias.
Pequenos itens de metal, como botões e fivelas, eram produzidos em massa em Birmingham, em oficinas especializadas, muito antes de surgirem fábricas voltadas a esses produtos.
O Mundial de Clubes esteve próximo de não acontecer porque faltava dinheiro.
A FIFA conseguiu vender os direitos de transmissão ao DAZN, que pagou US$ 1 bilhão pra exibir o torneio de graça, e pouco depois recebeu um investimento da Arábia Saudita.
Que queria uma Copa do Mundo.
O serviço de streaming da FIFA, o FIFA+, até então gratuito, passou a ser alocado dentro da plataforma DAZN, que conseguiu novos e interessantes conteúdos pra atrair mais assinantes.
Um dos clubes envolvido na disputa do Mundial, o Al-Hilal, pertence ao fundo soberano saudita.
Que também é dono do Newcastle, que não está disputando o torneio, diferentemente dos ingleses Chelsea e Manchester City.
A imprensa inglesa então questiona: estariam então os donos do Newcastle dando dinheiro pra dois rivais de forma indireta?
Campeão do mundo em 2022, Lionel Messi surpreendeu ao escolher, no ano seguinte, o Inter Miami como seu próximo destino.
A equipe tem David Beckham como rosto público, mas seus outros donos têm história curiosa:
Sua fortuna se deve, em grande parte, ao terrorismo contra Cuba.
Na apresentação de Messi, ele foi celebrado não apenas por Beckham, mas pelos irmãos cubano-estadunidenses Jorge e Jose Mas, filhos de Jorge Mas Canosa, um ferrenho opositor do governo cubano.
Ambos são sócios de Beckham no clube e Jorge aproveitou pra discursar diante de Messi.
Afirmou que a equipe era um tributo a Miami, que acolheu sua família em busca de "liberdade".
Aliás, a palavra "freedom" é um dos lemas do Inter Miami: seu próximo estádio, previsto pra 2026, se chamará Miami Freedom Park.
Os irmãos Jorge e Jose nasceram ricos graças ao pai.
Após a vitória do seu Barcelona sobre a Juventus, o técnico Luis Enrique comemora no campo ao lado de sua filha, que agita uma bandeira do clube catalão. Eram os campeões da Europa.
10 anos depois, ele quer repetir a cena. Mas sua filha não está mais aqui.
Xana tinha apenas 9 anos quando faleceu, em 29 de agosto de 2019, devido a uma forma rara de câncer ósseo.
Ele e sua esposa, Elena Cullell, a mãe de Xana, montaram uma fundação com o nome dela após sua morte, para dar apoio a crianças com câncer e às suas famílias.
A vida de Xana coincide um pouco com a carreira de técnico de Luis Enrique, que começou nas categorias de base do Barça, passou pela Roma, pelo Celta, até chegar ao profissional do gigante catalão.
Com ele, o Barça formou o ataque com Messi, Suárez e Neymar e ganhou a Champions.
Um feito histórico no Irã: pela 1ª vez, um clube azeri (azerbaijano) é campeão nacional.
O Tractor, para orgulho dessa que é a maior minoria étnica do país, conquistou o título local.
Nos últimos anos, ele tem sido válvula de escape de uma minoria perseguida pelo governo.
É comum que se pense no Irã como um lar só dos persas, mas o país é um caldeirão étnico. Existem curdos, árabes, baluchis e, sim, azeris.
Estima-se que esses últimos sejam em torno de 20% da população do país, ou algo entre 12 a 20 milhões de pessoas.
Mas a questão é delicada.
A dinastia Pahlavi, que ascendeu ao poder há 100 anos, instaurou políticas de nacionalismo étnico, buscando "persificar" todo o Irã, perseguindo manifestações de identidade azeri.
Ela foi derrubada pela Revolução Islâmica de 1979 com ajuda dos azeris, mas eles se decepcionaram.
"O time de mais sucesso na Inglaterra não é inglês. É scouse".
O Liverpool levantou o título da Premier League e a Nike aproveitou e reforçou uma identidade que clube e cidade adoram promover.
Mas afinal, o que é scouse, e por que há uma certa polêmica com o uso do termo?
Liverpool é uma cidade portuária no oeste da Inglaterra. Distante da capital Londres, tem características que não combinam com a aristocracia que marca o país.
Desde o século XVIII, é também um caldeirão cultural.
Pela sua localização, recebia marinheiros principalmente de Gales, da Irlanda e da Escandinávia. A mistura dessas pessoas que chegavam à cidade gerou um sotaque único.
Além disso, o porto foi local de surgimento de um prato típico.