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Nov 12, 2021 7 tweets 3 min read Read on X
Nas Eliminatórias europeias, as Ilhas Faroé jogam hoje contra a Dinamarca com uma missão: provar que são países diferentes.

Quando se tem uma população de 50 mil pessoas, o futebol é essencial para colocar seu país no mapa, fazer com que mais pessoas saibam que você existe. Imagem da torcida das Ilhas Faroé em jogo contra a Dinamarc
Politicamente, as Ilhas Faroé são um território autônomo dinamarquês. O arquipélago tem um governo próprio, com autonomia para várias questões, exceto em temas como justiça, defesa e relações exteriores.

É autonomia suficiente pra ter sua seleção, filiada à FIFA e à UEFA. Imagem de paisagem das Ilhas Faroé mostra uma terra gelada
Esse tema é importante, porque, nas Olimpíadas, os feroeses não podem competir de forma independente.

Isso é bastante incômodo para os locais, que já estão representados até mesmo nas Paralimpíadas.

Contamos essa história aqui anteriormente.
O Comitê Olímpico feroês, que pleiteia o reconhecimento junto ao COI, celebra o jogo de hoje como “uma oportunidade para mostrar que somos nações diferentes”.

Vencer o jogo talvez seja um sonho distante. Mas poderia ser a 1ª seleção a marcar contra a Dinamarca nas Eliminatórias. Jogadores dinamarqueses vestindo as cores da seleção nacio
A política feroesa Kristina Háfoss, hoje no Conselho Nórdico (órgão que coordena a relação parlamentar entre os países nórdicos), resumiu o jogo de hoje:

50 mil pessoas contra 5,8 milhões. Mas apenas 11 contra 11 no campo de futebol.

O povo das Ilhas Faroé é fanátco por futebol Um pequeno grupo de ultras das Ilhas Faroé acende sinalizad
Lá, estão alguns dos estádios mais exóticos do mundo, o que cria imagens incríveis como a do Svangaskarður, casa da seleção local até 1999.

O campo tem capacidade pra 6000 espectadores, 12% da população do país.

É como se o Maracanã tivesse espaço pra 25 milhões de pessoas. Imagem aérea do estádio Svangaskarður nas Ilhas Faroé mo
No jogo de ida, foi 1 a 0 para os dinamarqueses em solo feroês.

Mas o mais marcante foi que Kasper Schmeichel, o capitão da Dinamarca, deu suas luvas pra um garotinho após o jogo.

E não teve marmanjo implicando, olha só, um exemplo pro pessoal que encheu o saco do Bruninho. Kasper Schmeichel, goleiro dinamarquês, entrega suas luvas

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Feb 11
Seu time tem um patrocinador que paga muito. Mas é um Estado que está cometendo um verdadeiro massacre em outro continente. É possível abrir mão dele?

Arsenal, Bayern e PSG atualmente recebem dinheiro de Ruanda, país que financia o caos na República Democrática do Congo. Andreas Jung, executivo do Bayern, entrega uma camisa autografada do clube a Paul Kagame, presidente de Ruanda
Segundo a ONU, é a Ruanda do presidente Paul Kagame que está por trás do grupo rebelde armado M23.

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Na semana passada, uma fuga de presos em Goma resultou em mais de 100 prisioneiras estupradas e queimadas vivas, segundo documento interno da ONU publicado pela BBC. O episódio ilustra a escala das atrocidades geradas pelo M23 na região.

Enquanto isso, Kagame investe em esporte. Paramédicos carregam corpo enrolado em lençol após incêndio numa prisão de Goma que deixou mais de uma centena de vítimas
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Feb 6
Tudo que Gianni Infantino e a FIFA queriam pra 2026 era uma Copa do Mundo numa sede mais estável e menos problemática do que o Catar em 2022.

O retorno de Donald Trump complicou essa expectativa.

O primeiro problema está na questão da dificuldade nos vistos pra visitar os EUA. Imagem de Trump desfocado em primeiro plano e o troféu da Copa do Mundo ao fundo
Obter um visto estadunidense nunca foi fácil e o tempo de espera para consegui-lo aumentou com Joe Biden, chegando a até 330 dias em algumas embaixadas e consulados.

É um problema, porque os ingressos pra Copa começarão a ser vendidos só nos meses finais de 2025. Fila para tirar o visto numa embaixada dos Estados Unidos
Cidadãos de 42 países, entre os quais França, Japão e Austrália, podem visitar os EUA por 90 dias sem vistos. Mas brasileiros e colombianos, por exemplo, que estiveram no top 3 de países que mais compraram ingressos pra Copa da Rússia, precisam de visto.

Aí, entra o fator Trump. Torcedores colombianos com uma única camisa com a palavra "COLOMBIA" na torcida na Rússia 2018
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Feb 3
Escândalo na NFL: uma série de e-mails vazados revelou que a diretoria do New Orleans Saints esteve em contato direto com a arquidiocese da cidade e auxiliou na defesa de diversas acusações de abuso sexual contra menores.

New Orleans sedia no domingo o Super Bowl. Imagem é uma vista aérea da cidade de New Orleans com o Super Dome, estádio dos Saints, em destaque, iluminado de roxo.
Os e-mails indicam que, sabendo que nomes de vários clérigos envolvidos em abuso sexual infantil seriam divulgados pela imprensa, a arquidiocese de New Orleans pediu ajuda à diretoria dos Saints.

Os membros da diretoria treinaram líderes da igreja em como lidar com a imprensa. Imagem mostra um grupo de homens sentado enquanto outro homem em pé aperta as mãos de um deles.
Membros da diretoria também tiveram acesso à lista de nomes antes dela chegar à imprensa, da qual removeram alguns clérigos "importantes".

O presidente do time, Dennis Lauscha, treinou um arcebispo com várias perguntas que ele deveria estar preparado para responder. Imagem mostra Dennis Lauscha, presidente dos Saints, conversando com Gayle Benson, dono do time, em uma tribuna.
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Jan 29
Um quarteto improvável apareceu junto em uma foto tirada em Roma, no último sábado.

Veronica Berti, esposa do cantor Andrea Bocelli, Kimbal Musk, irmão mais novo de Elon, Matteo Salvini, ministro dos transportes italiano, e Gianni Infantino. Imagem mostra, em ordem, Veronica Berti, Kimbal Musk, Matteo Salvini e Gianni Infantino. Eles estão à frente de mapas, bandeiras e porta-retratos, Salvini segura uma flâmula.
A princípio, o que mais nos interessa na imagem é Kimbal Musk e Gianni Infantino.

Infantino esteve na posse de Donald Trump, onde disse que "juntos, faremos não só a América grande de novo, mas todo o mundo, porque o futebol une as pessoas". Imagem mostra Gianni Infantino em um aperto de mãos com Donald Trump
Kimbal Musk se encontrou com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, mas não falou quais assuntos foram tratados.

Depois, ele e Matteo Salvini ganharam flâmulas personalizadas das mãos de Infantino. Imagem mostra Kimbal Musk segurando uma camisa 10 com seu nome ao lado de Gianni Infantino, que segura uma flâmula.
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Jan 22
4 de dezembro de 1935. White Hart Lane, o estádio do Tottenham, clube com muitos torcedores judeus, recebe um visitante indigesto: a Alemanha nazista.

O amistoso entre Inglaterra e Alemanha daquele dia teve muitas suásticas e muitos protestos. Imagem mostra um grupo de pessoas vestindo ternos e roupas formais em uma arquibancada lotada fazendo a saudação nazista.
A Alemanha já tinha proibido em 1935 casamento e relações sexuais entre judeus e "pessoas com sangue alemão", e as intenções de Adolf Hitler já começavam a ficar claras.

O conhecimento de que o esporte era uma ótima ferramenta política crescia rapidamente. Imagem é uma capa do The Sun de 1935 com a manchete "Hitler tira direitos de cidadania dos judeus, proibe casamentos interraciais".
A FA, Federação Inglesa de Futebol, afinal, acreditava que o futebol nunca deveria se misturar com a política.

A situação política da Alemanha não interessava, apenas o que acontecesse dentro das quatro linhas. Imagem é um lance da partida entre Inglaterra e Alemanha em White Hart Lane.
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Jan 17
Estados Unidos e Venezuela se enfrentam amanhã em um amistoso em Fort Lauderdale, na Florida.

Não estamos em uma data FIFA, o que torna o jogo ainda mais político. Imagem mostra um jogador da Venezuela, de branco, e um dos EUA, de vermelho, disputando uma bola em um gramado.
O 2024 da seleção venezuela foi uma montanha russa.

A equipe chegou a ficar na zona de classificação direta para a Copa do Mundo de 2026 e fez brilhante campanha na Copa América, disputada também nos EUA. Caiu invicta, nas quartas de final. Imagem mostra três jogadores da Venezuela abraçados comemorando um gol, eles vestem a tradicional camisa vinho do país.
Na Copa América, a seleção foi seguida por uma legião de torcedores. Há muitos venezuelanos que moram nos EUA, e a maioria é opositora de Nicolás Maduro.

Assim, seguir a seleção também era algo muito político às vésperas da eleição presidencial. Imagem mostra um grupo de torcedores da Venezuela com bandeiras e faixas do país.
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