Integrando as ações paralelas da mostra inédita “Faces of Auschwitz e Escravidão no Brasil”, de Marina Amaral (@marinamaral2), o Museu do Holocausto de Curitiba convida para a mesa-redonda virtual “Fotografia, colorização e memória”.
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📆 18 de novembro, às 18h.
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📍 Com Rafael Tassi Teixeira, Ana Carolina Lima Santos e Bruna Reis.
Fascismo originalmente designa o Partido Nacional Fascista da Itália, liderado por Mussolini.
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No entanto, no período entre as duas guerras mundiais surgiram ainda diversos movimentos semelhantes, com peculiaridades nacionais, sobretudo em regiões marcadas pelo ressentimento por derrotas militares, modernizações excludentes e democracias frágeis.
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O mais conhecido deles foi o nazismo alemão.
Assim, é possível enquadrar o fascismo como um movimento ideológico e visão de mundo. Algumas “paixões mobilizadoras” e ações identificam o fascismo.
A fala do ex-presidente do Partido dos Trabalhadores e ex-deputado federal José Genoino, que sugere boicote a "determinadas empresas de judeus", é mais um exemplo do antissemitismo explícito de setores da sociedade.
Explicamos 🧵
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Boicotes são ferramentas usadas para pressionar governos e grupos políticos. Judeus não são, porém, nenhum deles. São uma população plural que se encontra nas mais diversas posições políticas. Adotar um boicote com este critério é uma prática que tem nome: antissemitismo.
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A tradição desse pensamento remonta aos fins do século XIX. Vendo nos judeus uma figura cosmopolita e controladora do capitalismo, certos grupos políticos substituíram a crítica ao sistema político e econômico pela perseguição a pessoas que acreditavam controlar esse sistema.
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Com espanto e indignação, o Museu do Holocausto tomou conhecimento de imagens e relatos de uma atividade ocorrida no Colégio Estadual Marquês de Caravelas, em Arapongas (PR), ligada a um projeto sobre a Segunda Guerra Mundial.
Educadores: segue fio longo e necessário.
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O caráter deturpado da atividade, realizada com alunos do 3º ano do Ensino Médio, leva o Museu a apontar os equívocos pedagógicos da proposta.
Além disso, ressaltamos nossa preocupação quanto à reprodução dessa metodologia em outras partes do Paraná e do Brasil.
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Dois aspectos da atividade nos chamam atenção:
1) o uso de indumentária, simbologia e decoração associada ao nazismo; 2) a entrevista com a filha de um soldado nazista, chamada, na publicação do colégio nas redes (já apagada), de “sobrevivente”.
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A Riachuelo não é a primeira loja de fast fashion que utiliza dessa estética em suas peças.
Mas por que a imagem incomoda?
As respostas têm a ver com MEMÓRIA, HISTÓRIA e SEMIÓTICA.
Sigam o fio!
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Roupas listradas são usadas em prisioneiros com o objetivo de segregá-los e facilitar a identificação e o reconhecimento.
Tais uniformes são impessoais e retiram a individualidade, servindo ainda como forma de humilhação. Listras também são fáceis e baratas para produzir.
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Um consenso: apesar de incomuns na maioria dos campos nazista (com algumas exceções, como Auschwitz e o campo feminino de Ravensbrück), fotos e principalmente a Indústria Cultural ajudaram a construir esse imaginário, que nos faz remeter as roupas listradas ao Holocausto.
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O tenista alemão Alexander Zverev jogava pelas oitavas-de-final do US Open quando ouviu algo vindo da arquibancada.
"Ele acabou de dizer a frase de Hitler mais famosa que existe neste mundo. Isto é inacreditável", afirmou o alemão ao árbitro.
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Agentes de segurança foram acionados, identificaram o autor do grito na primeira fila e o conduziram para fora do Flushing Meadows Park, em Nova York.
O que o homem disse?
"Deutschland über alles". Alemanha acima de tudo.
E qual o problema disso?
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“Deutschland über Alles” (Alemanha acima de tudo) é o início da "Deutschlandlied" (Canção da Alemanha), música que se tornou o hino da Alemanha.
A letra foi escrita por Hoffmann von Fallersleben em 1841 para a melodia do Quarteto de Cordas em dó de Joseph Haydn.