TRANSEXUAIS NOS ESPORTES FEMININOS: A THREAD.

➜UMA ANÁLISE CIENTÍFICA, BIOLÓGICA E SOCIAL DA PERFORMANCE DAS ATLETAS NO ESPORTE FEMININO SOB PERSPECTIVA CRÍTICA E FISIOLÓGICA . Image
Entender o conceito de transexualidade é fundamental para que possamos nos aprofundar acerca do tema.

Segundo Jaqueline Gomes de Jesus (2012, p. 8), “mulher transexual é toda pessoa que reivindica o reconhecimento como mulher”
Os questionamentos quanto à transexualidade no esporte ficam mais evidentes, justamente porque estão mais visíveis na representação midiática, já que Tifanny é uma atleta de alto rendimento.
Como o esporte é um espaço social de visibilidade e de reconhecimento, é perpassado por padrões e expectativas de gênero. Segundo Duque (2017, p. 22), todo espaço social pode “[...] ser lido de diferentes formas e em diferentes contextos, não apenas construídos, mas também (+)
decisivos nas próprias construções dos corpos que se querem masculinos ou femininos.” A inclusão de atletas trans nos esportes parece regurgitar pânicos morais. Para usar as palavras de Richard Miskolci (2007, p. 103), esses efeitos “[...] emergem a partir do medo social com (+)
relação às mudanças, especialmente as percebidas como repentinas e, talvez por isso mesmo, ameaçadoras.”

Em última análise, esse tipo de manifestação pode ser entendida como transfobia, que está relacionada a situações de violência física, moral, psicológica, familiar (+)
patrimonial atingindo as pessoas trans, fazendo com que muitas delas sejam excluídas dos espaços sociais.

Uma de suas consequências é a baixa expectativa de vida da população trans no Brasil, que, segundo a Associação Nacional de Travestis e Transsexuais (Antra) é de 35 anos.
A desigualdade de gênero é um marcador no esporte. Por um lado, o esporte reflete a sociedade, mas também pode promover mudanças. Segundo Camargo (2018, s.p), pensar “[...] a partir de ‘outros minoritários’ no esporte pode ser a chave para talvez (+)
postular, criticamente, outro modelo esportivo – e, como consequência, novos modelos corporais destas práticas esportivas”.

Muito se discute sobre a participação de atletas trans nas modalidades femininas, a discussão tem sua origem a partir do ingresso da atleta Tiffany Abreu
uma atleta trans de 1,94 m de altura, de 35 anos, que joga atualmente no time feminino de vôlei do Bauru (SP). Ficou conhecida como a primeira transexual a ser aceita em uma competição esportiva feminina de alto nível no Brasil.
Entretato, o Comitê Olímpico Internacional (COI) entidade responsável por regulamentar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Aprova a participação dessas atletas desde 2004 a partir de um documento chamado Consenso de Estocolmo que passou a vigorar nas Olimpíadas de Atenas.
Nesse consenso foram estabelecidas 3 condições:

- Reconhecimento legal do sexo alterado podendo ser conferido por autoridades.
-Terapia Hormonal para o sexo transacionado feitos de maneira verificáveis e por tempo suficiente a diminuir as desvantagens de gênero.
- Cirurgia de “mudanças anatômicas” incluindo gonadectomia.

Fonte: stillmed.olympics.com/media/Document…
➜Em 12 anos que o Consenso esteve em vigor, nenhum atleta trans participou de um mundial ou dos Jogos Olímpicos.

Isso mostra que a possível ascensão das mulheres trans nas competições é um grande malabarismo retórico e falacioso da constante desinformação pelo medo (+)
e preconceito , que leva mesmo pessoas bem informadas acharem que as mulheres trans estão "dominando" o esporte, mesmo elas sendo contadas nos dedos.
O 1º Jogo Olímpico das pessoas Trans, Atenas 2004.

Medalhas de Ouro Trans = Zero

Medalhas de Prata Trans = Zero

Medalhas de Bronze Trans = Zero

Atletas trans que competiram = Zero
O 2º Jogo Olímpico das pessoas Trans, Torino, 2006.

Medalhas de Ouro Trans = Zero

Medalhas de Prata Trans = Zero

Medalhas de Bronze Trans = Zero

Atletas trans que competiram = Zero
O 3º Jogo Olímpico das pessoas Trans, Beijing , 2008.

Medalhas de Ouro Trans = Zero

Medalhas de Prata Trans = Zero

Medalhas de Bronze Trans = Zero

Atletas trans que competiram = Zero
O 4º Jogo Olímpico das pessoas Trans, Vancouver, 2010.

Medalhas de Ouro Trans = Zero

Medalhas de Prata Trans = Zero

Medalhas de Bronze Trans = Zero

Atletas trans que competiram = Zero
O 5º Jogo Olímpico das pessoas Trans, London, 2012.

Medalhas de Ouro Trans = Zero

Medalhas de Prata Trans = Zero

Medalhas de Bronze Trans = Zero

Atletas trans que competiram = Zero
O 6º Jogo Olímpico das pessoas Trans, Sochi, 2014.

Medalhas de Ouro Trans = Zero

Medalhas de Prata Trans = Zero

Medalhas de Bronze Trans = Zero

Atletas trans que competiram = Zero
O 7º Jogo Olímpico das pessoas Trans, Rio, 2016.

Medalhas de Ouro Trans = Zero

Medalhas de Prata Trans = Zero

Medalhas de Bronze Trans = Zero

Atletas trans que competiram = Zero
O 8º Jogo Olímpico das pessoas Trans, PyeongChang, 2018.

Medalhas de Ouro Trans = Zero

Medalhas de Prata Trans = Zero

Medalhas de Bronze Trans = Zero

Atletas trans que competiram = Zero
Ou seja, Em 44 anos de história do esporte Olímpico, nenhuma atleta trans ganhou medalha dos Jogos Olímpicos ou da Commonwealth de qualquer cor desde 2003, quando o COI permitiu que atletas trans competissem em nível olímpico.
Portanto, ainda assim, algumas pessoas desonestas intelectualmente gostam de citar casos isolados onde a competição não é a nível profissional (no máximo um amistoso entre times pouco conhecidos) o qual não é feito um exame rigoroso e preciso de antidoping (+)
para poder desvirtuar a participação de atletas trans nas competições femininas.

Onde por direito Constitucional e Legal, dados pelas confederações Brasileiras e Internacionais devem permanecer, sendo assim reconhecidas como aptas a participar de qualquer esporte que quiserem.
No Brasil temos vários dispositivos legais para o esporte:

O direito ao esporte é assegurado na Constituição de 1988, no art 5º, XXVIII; 24º, IX; 217º.

Para alguns, o esporte pode ser considerado uma obrigação ou até futilidade, mas na verdade sua prática MELHORA os resultados
em todo o campo social e reduz a chance de transtornos mentais no futuro.

Fico pensando quantas vidas poderiam ter sido mudadas, quantas histórias poderiam ter sido diferentes se essa população, de mulheres trans ou travestis, também pudessem buscar no esporte (+)
um espaço de construção e de pertencimento social.

Impedi-las de competir com embaseamentos fúteis e infundados é um absurdo e um atentado contra a democracia.

O papel do estado e das autoridades é proteger as pessoas em vulnerabilidade, não persegui-las.
Se vocês tem o mínimo de consciência de classe e da ciência como dizem afirmar, então, levem o debate pela ciência.
E, só nela, sem recursos retóricos transfóbicos, e discurso baratos com base na popularidade de um fato, no sentido de que muitas pessoas fazem/concordam com aquilo, como uma tentativa de validação dele.
Essa discussão tem produzido muitos debates, maus tratos, e agressões a reputação das atletas transexuais, onde negam a sua identidade com comentários desnecessários, mas ao mesmo tempo transfóbicos e tendenciosos, sobre esta minoria da população espantosamente débil socialmente.
Certas questões relativas a comunidade trans parecem ser repetitivas e infundadas: uso de banheiros, hormonização em crianças, estereótipos e ideologia de gênero. Nunca conseguimos avançar de fato nas discussões, complexificá-las e expandi-las (+)
isso porque precisamos retornar ao básico sempre e explicar às pessoas cis o porquê determinada questão é de um jeito e não de outro.
Exatamente por isso que nesta thread tenho o objetivo de analisar as características não tão visíveis aos olhos nus das pessoas cis quanto à inserção das pessoas trans no meio esportivo e sua experiência, bem como sua relação social, biológica e fisiológica.
Por fim, a partir dessa analise vou mostrar que os argumentos que visam proibir a participação de atletas trans não possuem bases sólidas e coerentes, sendo fruto de convicções e preconceitos pessoais de homens e mulheres cis que se baseiam em crenças religiosas e transfobicas.
Na foto abaixo a lutadora Fallon Fox, mulher trans e Tamikka Brents, mulher cis, são comparadas nos parâmetros de força muscular visual. A matéria de autoria de Neto Lucon compara a indiferenciação de força muscular visível de uma pessoa trans e cis. Image
Ainda que saibamos que podem existir discrepâncias entre a amplitude de uma musculatura e sua potência de força, trata-se de um dado que merece ser debatido.

Na imagem abaixo podemos perceber claramente que o biótipo "masculino" não difere de forma alguma com o "feminino". Image
Oque nos leva a crer que:

Não existe um corpo cis ou um corpo trans padrão e idêntico. As diferenças corporais, as possíveis vantagens entre um corpo e outro, fazem parte do esporte, fazem parte da competição.
E não estou falando de trans aqui não, falo de todas as mulheres, de todas as atletas cisgêneras, vocês podem reparar, ou começar a assistir jogos de vôlei, futebol, natação, basquete, ginástica, etc, é humanamente impossível todas as atletas serem (+)
dá mesma altura, com a mesma fisiologia, esse padrão que algumas pessoas procuram é utópico, tendo em vista que somos seres diversos, e temos nossas próprias singularidades.
Visto isso, vamos adentrar mais detalhadamente na fisiologia dessas atletas:

Analisando características gerais da estrutura óssea e muscular de massas coletivas e individuais que certos discursos de quem são contra atletas trans, não te contam ou não querem que você saiba:
Vamos falar sobre altura: A principal diferença física, vista em mulheres trans por sensacionalistas midiáticos.

Inclusive umas das falas da ex-jogadora de vôlei Ana Paula Henkel militante de direita, contra a presença das atleta trans, em sua “carta aberta ao COI” foi:
"Por que colocar a rede de vôlei masculina a 2,43m de altura e a feminina com 2,24m? Basta uma análise superficial com um mínimo de bom senso no porte físico de jogadores de basquete masculino e feminino para entender que não são intercambiáveis."
A fala da ex-jogadora de vôlei é equivocadamente feita com um viés tendencioso para dar validade às suas falas.

Vejamos: Como apontei anteriormente existem disparidades fisiológicas de valências físicas entre membros do próprio grupo masculino e/ou feminino (+)
o que por si só já nos suscita questionamentos acerca dessa afirmação naturalizada de que exista sempre diferença biológica inata e massacrante entre homens e mulheres, quando na verdade existem diferenças entre os próprios atletas cisgêneros.
Esclarecendo como os sensacionalistas usam essa suposta "vantagem" da altura como uma das suas bases discursivas, em suas retóricas.

Vamos desmistificar tais afirmações:
1- Sempre foi permitido que mulheres muito altas competissem contra mulheres pequenas em esportes que preferem a altura, como são os casos do basquete, vôlei ou remo, e consideramos isso justo.
Os homens mais altos do planeta são os holandeses (1,82 m em média) e os mais baixos são os de Timor Leste (1,62 m). Entre as mulheres, as da Letônia ocupam a primeira posição mundial (1,70 m) e as da Guatemala, a última (1,49 m).

Fonte: elifesciences.org/articles/13410 Image
Vejamos: Somente entre os homens são 20 cm de diferença em esportes que preferem altura, convenhamos faz muita diferença no resultado esportivo.

Já as mulheres: Ficaram com uma diferença de 21 cm, mostrando e provando que essa diferenças não se limitam aos corpos trans.
Agora imagina: Em competições Internacionais como por exemplo, as olimpíadas, devemos lutar para uma proibição sistemática desses países com a estatura mais alta de competir contra os que em media tem o padrão mais baixo?

Então porque vemos essa proibição nos corpos trans?
Outro exemplo:

Países asiáticos, como, Japão, China e Coréia, são países onde a estatura das mulheres é muito baixa comparado ao países Americanos como Brasil e Estados Unidos.

Devemos proibir a China de jogar contra o Brasil?

Seria justo segregar as pessoas por isso?
Quando se leva em conta os ganhos na altura média da população nos últimos anos, o argumento da Ana Paula, por si só cai em uma exclusão sem cabimento.

Usar de meias informações, de meias verdades para promover plataforma política, isso sim é limitar a ciência.
Seguimos:

O futebol de muitos países com algumas características genéticas do povo geram times ou seleções com padrões físicos bem distintos do que a maioria dos torcedores é acostumado a ver. Goleiros com baixa estatura como caso exemplar.
Mais um exemplo da realidade asiática:

Essa imagem retrata uma foto de um confronto entre Brasil e Japão pela fase final do Grand Prix de 2014, com a vitória brasileira por 3 a 0 em Tóquio, ambas são mulheres cisgêneras, ou seja, nenhuma delas é trans. Image
Na imagem temos uma cena da bicampeã olímpica brasileira Thaísa Meneses, central de 1,96m de altura, que se "agiganta" diante da levantadora japonesa Hitomi Nakamichi, de 1,59m.
Como claramente podemos ver a cena realça a diferença de tamanho entre as jogadoras. Onde é possível ver que Nakamichi alcança a altura do peito de Thaísa. Observe ela mal ultrapassa a cintura da central.
Se compararmos as fotos dos times asiáticos junto com os times ocidentais, conseguimos ver o quanto que é discrepante a diferença de altura, Isso faz com que as pessoas que são de países asiáticos tenham uma desvantagem muito significativa quanto as pessoas de países ocidentais. Image
Mais Alto: Dmitriy Muserskiy com 2,18 (Rússia)
Mais baixo: Farhad Zarif com 1,65 (Irã) Image
Esclarecido isso:

Vamos ver mais algumas outras vantagens que alguns indivíduos e/ou determinados grupos tem sobre os demais:
Em todos os esportes existem pessoas que têm vantagens anatômicas sobre outras pessoas, um ótimo exemplo disso é o Michael Phelps, nadador Olímpico dos Estados Unidos.

Mas porque ele tem essa vantagem única, que o faz ser melhor que os demais?

Vamos lá:
Uma dessas explicações tem a ver com a genética e a biomecânica, envolvendo a anatomia e a estrutura física do seu corpo. Essas características o ajudaram a ter um nível de performance acima dos demais competidores, fazendo Michael Phelps ser o maior atleta (+)
olímpico de todos os tempos, sendo detentor de 28 medalhas olímpicas: 23 de ouro, 3 de prata, 2 de bronze e mais 37 recordes mundiais. Image
2. Vocês já viram o tamanho dos braços dele? A famosa envergadura.

Ele tem 1,93 de altura e 2,01 de envergadura, sim a distância entre seus braços é maior o que facilita o deslocamento da água, funcionam como "remos" como também tem mãos enormes. (+) Image
Além das costas (grande dorsal) incrivelmente desenvolvidos e largo que também facilita o deslocamento e flutuabilidade. Prestem atenção ele comparado a outros nadadores. Image
Pernas: Ele possui pernas mais curtas em relação ao resto do corpo, medem 81,3cm o que proporciona menor resistência da água e facilita a flutuação.(+) Image
Pés: TAMANHO 47. Medem 30,6cm. Funcionam como nadadeiras autênticas e se não bastasse ele possui tornozelos muito flexíveis, 15 graus a mais do que a média, é um pé de pato a anatômico. (+) Image
Potência muscular: Embora com pernas curtas elas são fortes. Essa potência ajuda a fazer o streamline (pernas e braços estendidos, o que auxilia na virada). Conseguindo fazer o movimento de golfinho na virada, indo mais fundo e subindo mais rápido que os outros. (+)
O organismo dele produz menos ácido lático do que o normal. Isso faz com que ele se recupere do cansaço mais rápido do que os outros. Em média o necessário para um atleta se recuperar de uma prova é de 1-2h. Phelps precisa de 25 MINUTOS. (+)
Explicando melhor isso, Phelps aproveita cada molécula de oxigênio que entra em seus pulmões. Ele produz menos lactato que é responsável por aquela famosa "dor muscular após exercício" então se recupera bem rápido. O famoso Ciclo de Cori pra quem quiser saber mais. Image
Por isso parte do treino de atletas de alto nível é desenvolver o aumento da tolerância física e psíquica dos efeitos nocivos desse ácido. A maior parte dos atletas apresentam umas média de 10 a 15 mmol/L. Phelps tem média de 5-6 mmol/L
Ele é conhecido por sua alimentação de 12 mil calorias sendo que a OMS indica 2.500 em média e apesar disso ele 4% de gordura corporal. Então imaginem a quantidade de gasto que ele tem (uma nutricionista explicaria melhor).
Michael Phelps é um atleta incrível. Além de todas esses pontos que o tornam tão único e vencedor ele é conhecido por ter uma autoconfiança absurda. Essa é a receita para tanto sucesso. Image
Veja também o vídeo abaixo (que está em inglês, mas você pode legendar) para ver como é eficiente o estilo de nado de Michael Phelps.

Vídeo citado:
A ciência atual sugere que qualquer vantagem que possa ser conferida por atributos biológicos é tão complexa que por si só são um indicador quase inútil de vantagem e certamente não são uma medida apropriada para determinar a elegibilidade.

Vamos adiante:
Outro famoso exemplo de vantagens anatômicas dentre os corpos cisgêneros são os atletas quenianos que possuem características que os ajudam a se tornarem atletas excepcionais. Image
Os atletas quenianos cisgêneros, que sempre são favoritos em provas de longa de distância, têm pernas compridas, finas nas extremidades e equipadas com um calcanhar largo e elástico. Image
Falando de genética agora ...

Corredores(as) como Brigid Kosgei, Eliud Kipchoge, Daniel Kinyua Wanjiru, vencedores de maratonas.

Qual é a coisa mais marcante entre eles?

São todos do Quênia.

Quase 3/4 dos campeões vêm de uma tribo chamada Kalenjin. (+)
Por que os quenianos - ou atletas africanos - tendem a ganhar maratonas?

É realmente uma coincidência? Ou é por causa de seus genes atleticamente "superiores"?

Um dos estudos iniciais para analisar esse padrão comparou quenianos de seus colegas caucasianos. Image
Resumindo resultados: 1/2
- Os batimentos cardíacos dos africanos eram extremamente lentos, mesmo quando corriam longas distância.
- Os Kalenjin vivem 2.130 metros acima do nível do mar, aumentando o número de glóbulos vermelhos, que transportam oxigênio pelo corpo Image
2/2
- Pernas mais longas, que lhes permitiam passos muito mais rápidos que os europeus.
Já eu e alguns especialistas levantamos outros pontos:
Creditar uma conquista atlética a um único fator, que é inato e não alcançado, seria injusto e irracional, para dizer o mínimo.(+)
Depois de perceber o talento para a execução dos Kalenjins, os treinadores ocidentais trouxeram recursos e conhecimentos sobre a corrida para o Quênia, e assim, contribuíram para o desenvolvimento do potencial queniano e do sucesso. INVESTIMENTO no esporte é essencial. (+)
Alguém pode ser incrivelmente bom, mas se não for educado e treinado, será difícil vencer.

Além dos genes outros fatores como meio ambiente, nutrição e força mental são importantes. Image
Segue uma imagem explicando melhor tais fatores genéticos e anatômicos: Image
E aqui o link do Artigo citado:
robin.candau.free.fr/larsen_2003_do…
Recentemente tenho sido inundado com discursos baseados em “achismos”, sobretudo porque alguns grupos de pessoas que foram historicamente excluídos, silenciados e invisibilizados (pessoas trans), começaram a conquistar espaços e serem visibilizados.
Partindo desse pressuposto, a discussão sobre o assunto no meio científico e biológico torna-se fundamental para que essas pessoas possam existir e ser reconhecidas, não mais como detentoras de supostas vantagens injustas não verificadas (+)
mas apenas como cidadãos comuns exercendo todo o seu labor como atletas profissionais desportivos, sem sofrer qualquer tipo de discriminação.

Antecedentemente a esse Tweet, abordei os aspectos sociais e fisiológicos nos que tange a esse assunto tão polêmico entre os atletas.
Torna-se necessário, no entanto, a abordagem com permanência em critérios de caráter científico, estatístico e analítico, tanto para classificar como para analisar e alcançar os dados que nos ajudem a entender melhor essa questão.
Qualquer profissional que estude e mantenha uma relação ética com as ciências e, particularmente, os dados que estas podem nos oferecer, tenderá a acreditar que o corpo é um conjunto de músculos, ossos, órgãos, ligamentos, etc., que se organiza e funciona a partir de (+)
inúmeras reações químicas, que qualquer fator que possa desequilibrar o seu funcionamento trará efeitos diversos, muitas vezes negativos.

Chamamos esse equilíbrio de homeostase, ou seja, o processo coordenado das funções fisiológicas do corpo.
Desse modo, podemos dizer que o corpo das pessoas transexuais que passam por uma terapia de supressão e aumento de determinados hormônios, será um corpo em desequilíbrio, o que trará consequências a curto e longo prazo.
O professor de educação física Régis Machado Rezende, diz:

"Muitos profissionais da área não escondem os preconceitos e distorcem até as bibliografias a favor das suas próprias falas".
Para esclarecer isso e muito mais, fiz um compilado que mostra algumas análises sobre os dados e falas tendenciosas e mentirosas que circulam pela web sobre a presença de atletas trans nas modalidades esportivas.
As quais não refletem os fatos científicos e verdadeiros da realidade da maioria dessas atletas.

Esses mitos, e equívocos foram transmitidos através da mídia e dos supostos "defensores do jogo justo", mas estamos aqui para colocar um fim a isso.
E esclarecer de uma vez por todas que as atletas trans podem e devem competir em condições de igualdade contra qualquer atleta cis.

Vamos aos fatos:
Vantagem das atletas Trans: Mito # 1

"Ela tem corpo de homem, sua estrutura e densidade óssea lhe dão uma vantagem injusta"
Fato: a densidade óssea varia muito de indivíduo para indivíduo com base na nutrição, sexo, idade e raça. É verdade que os homens têm densidades ósseas mais altas do que as mulheres, mas os afro-americanos também têm densidades ósseas mais altas do que os brancos e hispânicos.
A densidade óssea média das mulheres afro-americanas é quase igual à densidade óssea média dos homens caucasianos.

Fonte: courses.washington.edu/bonephys/opbmd…
O que isto significa? - Todo mundo tem diferentes densidades e estruturas ósseas e simplesmente há muita variação para excluir alguém apenas com base nessa medição.
O mesmo argumento da densidade óssea foi usado para manter afro-americanos e caucasianos segregados nas competições atléticas há cinquenta anos.
Visto isso:

Quando analisamos estudos que envolvem mulheres atletas trans, bem como seus resultados esportivos após a harmonização, percebemos alterações significativas na densidade óssea e muscular, Harper afirma isso em um dos seus estudos:
“A terapia hormonal para mulheres trans normalmente envolve um bloqueador de testosterona e um suplemento de estrógeno. Quando os níveis do ‘hormônio masculino’ se aproximam do esperado para a transição, a paciente percebe uma diminuição na massa muscular, densidade óssea”.
Tal decréscimo pode ser facilmente medido com um exame de densitometria óssea que serve principalmente para medir a densidade de minerais dos ossos (DMO), bastante usado para diagnosticar pacientes com osteoporose.
Para quem quiser o link do estudo citado é esse aqui:

cgscholar.com/bookstore/work…

Joanna Harper (2015) "Race Times For Transgender Athletes", Journal Of Sporting Cultures And Identities.
Por fim, dito isso:

A afirmação que mulheres trans têm vantagem porque tem maior densidade óssea e muscular é uma tremenda mentira.

Não passa de um grande malabarismo retórico para enganar pessoas mal estudadas no assunto, perpetuando seu preconceito disfarçado de ciência.
Visto que estudos comprovam que a densidade óssea de uma mulher trans (Q fez a hormônização completa) é aproximadamente igual a de uma mulher cis.

CHOCANTE EU SEI!

NÃO ACREDITEM EM TUDO QUE VÊEM NA INTERNET.

Muitos usam dessa pseudociencia para negar direitos a pessoas trans.
Continuando:

Vantagem das atletas Trans: Mito #2

"Ela tem pulmões e coração maiores de homem que dá a ela uma vantagem injusta"
Fato: Atletas trans, tem seus níveis de hemoglobina reduzidos para a faixa normal feminina dentro de 3-4 meses do início da TRH.

Ou seja, terão menos oxigênio entrando nos pulmões, oq torna ter pulmão maior apenas uma desvantagem e um "peso morto", sem nenhum tipo de serventia.
É importante reiterar que:

Em esportes de resistência, o Hgb é muito importante.

Hgb é uma proteína transportada pelos glóbulos vermelhos responsável pelo transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos periféricos. Image
Com Hb baixo, ou HCT baixo, o volume de glóbulos vermelhos em comparação com o volume de sangue total, pode levar a um fornecimento diminuído de oxigênio aos tecidos e, portanto, ter um efeito direto no desempenho de resistência. Image
Os valores típicos de Hgb diferem entre homens e mulheres, com valores "normais" variando entre 131–179 g / L para homens e 117–155 g / L para mulheres.

Os valores de HCT também são maiores em homens (42% –52%) do que em mulheres (37% –47%).
A testosterona exerce efeitos eritrogênicos que resultam em aumentos de HCT e Hgb.

Uma vez que GAHT (supressão de testosterona e suplementação com estrogênio) reduz significativamente os níveis de testosterona em mulheres transexuais.
É possível que elas possam experimentar reduções em HCT e Hgb, o que poderia afetar negativamente o seu desempenho atlético. Image
Em esportes que exigem velocidade e potência, força muscular e a capacidade de gerar altas taxas de força são reconhecidas como determinantes-chave para o sucesso atlético.

Dada a queda rápida de Hgb / HCT para níveis femininos 'normais' com GAHT, é possível (+)
que atletas transgêneras tenham um desempenho de resistência prejudicado em parte devido à redução do transporte de oxigênio dos pulmões para os músculos em atividade.
Em conjunto, as mulheres trans ingênuas a hormônios podem não ter, em média, os mesmos atributos atléticos que os homens cis.

A necessidade de ir além das simples comparações de homens e mulheres cisgêneros para avaliar as capacidades esportivas das mulheres trans é imperativa.
Resumidamente:

A pesquisa mais recente da Loughborough University, examina como a proteína em nossos glóbulos vermelhos que ajuda o fluxo de oxigênio aos músculos para a atividade aeróbia é afetada pela terapia de reposição hormonal em mulheres trans.
As descobertas da Universidade de Loughborough mostram que o nível de hemoglobina em mulheres trans cai para níveis semelhantes aos de mulheres cisgênero no espaço de três a quatro meses, em média.
Essa é uma grande mudança e afeta todos os esportes de resistência e, na verdade, qualquer esporte em que você tenha praticado atividade física por mais de alguns minutos.
O nível de hemoglobina no sangue é importante para absorver e usar o oxigênio nos músculos, coração e pulmões.

É talvez a razão mais importante pela qual os homens superam as mulheres em eventos de resistência, por causa do nível de hemoglobina mais alto.
Há muito tempo se observa que os níveis de hemoglobina estão intimamente ligados aos níveis de testosterona.

Quando as mulheres trans reduzem seus níveis de testosterona para os níveis femininos, o que acontece universalmente quando as mulheres trans passam por uma transição.
mulheres trans passam dos níveis masculinos de hemoglobina para os níveis femininos de hemoglobina.
Gooren et al descobriu que durante os primeiros 12 meses a massa muscular (área) diminuiu em 9,4%, e os níveis de hemoglobina em 14% em 20 TW (M2F trans), tratados com um regime baseado em estrogênio que reduziu as concentrações circulantes de T da faixa masculina para feminina.
Mulheres trans também têm desvantagens no esporte. Seus corpos maiores estão sendo alimentados pela redução da massa muscular e da capacidade aeróbia reduzida, e podem levar a desvantagens na rapidez, recuperação e uma série de outros fatores.
O resultado final é que podemos ter uma competição significativa entre mulheres trans e cis.

Do meu ponto de vista, os dados parecem favoráveis para que mulheres trans possam competir em esportes femininos.
Seguimos:

Vantagem das atletas Trans: Mito #3

"Elas tem vantagem, deve- se criar uma liga exclusivamente trans"
Fato: A quantidade de atletas trans é ínfima em relação à quantidade de mulheres cis. A própria comunidade de transexuais varia em torno de 1,1% da população.
Não tem nem quantidade suficiente de pessoas trans para formar vamos chutar, uns 10 times.

E mesmo assim quantas vão para o esporte?
Você acha que das 1,1%, sendo que apenas 0,4% são de mulheres trans vão ocupar tudo e todas vão se interessar pelo esporte profissional?

Nem todas são atletas, as que são, quem garante que são boas, ou que estão liberadas para jogar?
Segundo estimativa da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), cerca de 90% da população trans recorre à prostituição como forma de sobrevivência em algum momento da vida, por dificuldades de se estabelecer no mercado formal de trabalho.
O emprego formal ainda é exceção entre pessoas trans.

Como reflexo, estimou-se que, em 2018 no Brasil, cerca de 0,02% estavam na universidade, 72% não possuíam ensino médio e 56% não completaram o ensino fundamental.

Afinal, Oque tanto lhe preocupa?
Fazendo uma conta simples, se pegarmos essas 0,4% que sobrou e calcular quantas jogam em nível profissional, teremos aproximadamente 0,0002% da população, é um número muito pouquíssimo, mal da pra fazer alguns times.
Nesse sentido se começarem a segregar pessoas daqui a pouco vão segregar as mulheres negras por terem maior desempenho físico, as altas, e com hiperandrogenismo.

Tem que tomar cuidado com essa linha....
Vamos continuar desmitificando esses mitos:

Vantagem das atletas Trans: Mito #4

"Mulheres trans tem vantagem. Então porque não vemos homens trans competindo contra homens cis?"
Vamos lá:

Primeiramente, não importa quantas mulheres trans você veja ganhando ao longo de sua vida. Isso nunca lhe dará certeza de que homens trans ganhando não existem.
A aparição de um homem trans ganhando de um homem cis desmonta essa tese.

A única maneira de provar que todos os homens cis ganham de todos os homens trans, é vendo todos os jogadores homens trans e cis do mundo oque é algo humanamente impossível de acontecer.
Em outras palavras:

O problema que acontece nessa suposição é que a observação repetida de um fato, não prova, necessariamente, que essa circunstância se repetirá e que esse fato deva ser universal.
Isto é:

Ter valor absoluto, pode observar e encontrar 100, 200, 500 ou 1000 homens cis ganhando dos homens trans, mais isso não me permite afirmar que “qualquer homem cis, ganha de qualquer homens trans”.
Não há consistências ou garantias em afirmar que o futuro será necessariamente como foi o passado e que os mesmos eventos irão sempre se repetir de igual maneira.
Dito isso, vamos a algumas considerações:

1- Homens trans tomam testosterona, a melhor droga que existe para um bom desempenho.

Com muito trabalho, paciência e testosterona, os homens trans podem ter sucesso nos esportes masculinos.
O boxeador] Patrício Manuel, [o nadador] Schuyler Bailar e [o tiratleta] Chris Mosier são a prova disso, desmontando assim o ridículo argumento.
2- Independente das condições hormonais e físicas, é importante destacar o aspecto psicológico desses atletas, principalmente a saúde mental.

Isso porque estudos indicam que fatores psicológicos e sociais podem influenciar negativamente a trajetória dos atletas transgêneros.
3- Como já disse anteriormente a porcentagem de pessoas trans é em média 1,1% da população, quando pegamos só os homens trans essa porcentagem diminui significativamente.

Como é possível que em algum momento teremos tantos atletas trans para que um deles se sobressaia na mídia?
4- Homens praticam muito mais esporte do que mulheres, eles são incentivados desde pequenos, já mulheres são desencorajadas.

Logo, em todos os esportes, obviamente, a competitividade e o "nível" masculino vai ser "maior", as mulheres, não são incentivadas a praticar esportes.
No máximo um balé ou uma dança, quando força muito um vôlei, homens, desde pequenos são incentivados e ainda investem dinheiro neles, são matriculados em escolinhas, com treinadores e preparadores, não podemos negar isso.
É uma resposta tão simples mas toda hora aparece um para diminuir as mulheres trans apontando a inexistência de homens trans, que no caso, não prova absolutamente nada.
5- A mídia no Brasil é seletiva, escandaliza somente o que convém, obviamente quem trabalha com mídia precisa de dinheiro, e o que tem apelo popular e dá dinheiro é o que engaja.
Logo faz muito mais sentido mostrar somente as mulheres trans ganhando, porque o preconceito só está primordialmente apontado nelas, que por consequência dá mais audiência do público, a mídia só mostra oque da lucro, e oque a sociedade gosta de comprar, acorda para a vida.
6- A testosterona, no entanto, não irá alterar a altura, e, provavelmente, não fará o atleta alcançar a altura masculina típica, para jogar em esportes como vôlei, basquete, e remo.
Porém em esportes que preverem força, como Box, MMA, levantamento de peso, é sim bem provável que um homem trans ganhe de um homem cis.
Enfim, as hipóteses são infinitas.....

Não posso entrar no mérito de afirmar que essas alegações por si só, são determinantes para que não possamos ver tantos atletas trans no esporte masculino.

Porém, uma coisa é certa:

É burrice alegar que as mulheres trans têm uma (+)
Suposta vantagem física, somente e exclusivamente pela falta de homens trans em destaque.

Tal afirmação passa longe de ser aceitável socialmente, visto que existem "n" motivos para tal fato não ocorrer, muitas vezes sutis, e implícitas como as alegadas acima.
Procedamos:

Vantagem das atletas Trans: Mito #5

“Elas tem mais testosterona”
Errado!

O Comitê Esportivo Internacional exige um tratamento hormonal por 12 meses (um ano) pela hormonioterapia que, assim, reduza o nível de testosterona até menos que o de mulheres cis para se tornar apta a competir.
Cerca de 95% das mulheres cisgênero têm testosterona abaixo de 2 nanomoles por litro .

Um estudo recente analisou cerca de 250 mulheres trans, 94% delas tinham testosterona abaixo de 2 nanomoles por litro.

Fonte: ec.bioscientifica.com/view/journals/…
Outro estudo complementar para quem quiser ler da análise dos níveis de Testosterona:
academic.oup.com/edrv/article/3…
Nesse contexto, os estudos apresentam as evidências disponíveis sobre a base hormonal para a diferença entre os sexos no desempenho atlético.

Concluindo que:
Os níveis de testosterona entre mulheres cis e trans em comparação com o desenvolvimento esportivo, são ambos igualados.
Já que entramos no assunto da testosterona, outro mito bastante usado:

Vantagem das atletas Trans: Mito #6

"Ter o limite de testosterona pra mulheres trans a 10nmol/L (5-10 vezes o que é considerado "típico" para as mulheres) da a elas uma vantagem sobre os seus oponentes cis."
Absolutamente não.

Porque os receptores andrógenos de XX fêmeas são "altamente sensíveis à testosterona, exigindo 6-10 vezes menos para atingir o mesmo nível de saúde de alguém nascido com um cromossomo XY".
Isto significa que não só as mulheres transexuais não têm uma vantagem sobre as suas adversarias cisgêneras, como estão de fato em desvantagem devido às complicações de saúde associadas a ter um corpo XY com níveis tão baixos de testosterona.
Mais uma falácia que os supostos "defensores das mulheres biológicas" gostam de usar:

Vantagem das atletas Trans: Mito #7

“Mas ela ainda tem mais resistência e força física.”
Errado!!!

Isso não passa de mais uma transfobia diária que as atletas trans passam.

De acordo com Valéria Rodrigues, Transexual e presidente do Instituto Nice:
"A transição nos destrói por dentro, são hormônios que nos enfraquecem e nos causam danos irreversíveis. Nossa força não é a mesma de um homem cis"
Com a retirada das gônadas ou o bloqueio hormonal, e a ingestão de hormônios estrógenos, a possível explosão, força ou resistência anabólica de antes não vão mais existir.
Além disso, a supressão da testosterona no organismo atua em diversas funções biológicas que não se restringem à meros atributos sexualmente estabelecidos, como produção de massa óssea, metabolismo de funções hepáticas, na resistência, e até na forca e massa muscular.
No estudo norte-americano já mencionado anteriormente "Race Times For Transgender Athletes" da Joanna Harper:
Neste mesmo estudo, foi comprovado que elas perdem drasticamente a velocidade, força e resistência.

Ele informa que uma mulher trans costuma correr 12% mais devagar que antes após o tratamento hormonal.
Logo, a conclusão de que “não faz sentido misturar homens e mulheres em modalidades onde a força física faz diferença no resultado final” não se sustenta, uma vez que estamos abordando corpos mutáveis e biologicamente alterados. (+)
Não em uma espécie de doping, mas sim em uma reestruturação endócrina da composição hormonal, muscular e motora.
Existem pesquisam que inclusive afirmam que mulheres transgênero tem algumas desvantagens comparadas com as cisgênero com o tratamento hormonal.
Segundo os especialistas, elas têm maior dificuldade em deslocamento, e em algumas ações, por terem um corpo (estrutura óssea e corporal) maior que as demais atletas.

Devido à diminuição do testosterona, elas possuem maior dificuldade de locomoção e sustentabilidade além de (+)
que excesso de peso exige um esforço maior do coração.

Onde o coração trabalha dobrado, a respiração é mais difícil e o cansaço não demora a aparecer.

Com tudo isso, surgem doenças cardíacas, a pressão aumenta (+)
E o sistema vascular não funciona bem, levando a uma redução significativa do desempenho atlético.

E até por isso que a médio prazo ocorre a perca de massa óssea (homeostase). Image
Seria como Harper afirmou:

"É como um carro grande com um motor pequeno, competindo contra um carro pequeno com um motor pequeno." Image
Embora a produção de potência absoluta pareça ser maior nos homens em geral, quando normalizamos os dados de potência existentes para a massa livre de gordura e a área transversal livre de gordura (aproximando-se da quantidade de massa muscular esquelética) (+)
há poucos, se houver, diferenças específicas de gênero de poder.

Este estudo teve como objetivo comparar as relações força (F) -velocidade (v) -poder (P) -tempo (t) de velocistas femininos e masculinos de classe mundial.

pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26644061/
Um total de 100 curvas distância-tempo (50 mulheres e 50 homens) foram calculadas a partir das finais internacionais de 100 m, para determinar as fases de aceleração e desaceleração de cada corrida: (a) variáveis ​​mecânicas que descrevem a velocidade, força, ...
e potência; e (b) relações F-P-v e produção de potência máxima associada, força teórica e velocidade produzida por cada atleta (Pmáx, F0 e V0). Os resultados mostraram que a velocidade máxima de sprint (Vmax) ...
e a potência média de saída (W / kg) desenvolvida ao longo de todos os 100 m influenciou fortemente o desempenho de 100 m (r> -0,80; P ≤ 0,001).

Com exceção da força média (N / kg) desenvolvida durante a fase de aceleração ou durante todos os 100 m, ...
Todas as variáveis mecânicas observadas ao longo da raça eram maiores nos homens.

Uma aceleração mais curta e uma desaceleração mais longa nas mulheres podem explicar tanto o seu Vmax mais baixo como a sua maior diminuição da velocidade, e por sua vez (+)
o seu nível de desempenho mais baixo, o que pode ser explicado pelo seu V0 mais alto e a sua correlação com o desempenho.

Isto sublinha a importância da capacidade de continuar a aplicar força horizontal ao solo a grandes velocidades.
O objetivo do estudo era investigar as diferenças relacionadas com o sexo na produção de força muscular explosiva, tal como medida pelo atraso electromecânico (EMD) e a taxa de desenvolvimento da força (RFD). (+)
E também para examinar os mecanismos fisiológicos responsáveis por quaisquer diferenças.

pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22308163/
O desempenho neuromuscular de machos (n = 20) e fêmeas (n = 20) não treinados foi avaliado durante uma série de contracções isométricas da extensão do joelho; esforços explosivos e máximos voluntários, bem como torques e octetos evocados supramaximais (oito impulsos a 300 Hz).
Os EMD evocados e voluntários foram determinados a partir de contrações e contrações explosivas.

A DME foi registada durante períodos consecutivos de 50 ms desde o início da força durante as contrações evocadas e explosivas, e normalizada para maximizar a força.
A atividade neuromuscular durante as contrações voluntárias explosivas foi medida com EMG dos extensores superficiais do joelho normalizados para maximizar a onda M.

O tamanho dos músculos (espessura) e...
A rigidez da unidade músculo-tendão (MTU) foi avaliada utilizando imagens ultra-sónicas do vasto lateralis em repouso e durante as contracções em rampa.
Homens e mulheres tinham uma EMD semelhante evocada e voluntária. Os machos eram 33% mais fortes (P < 0,001) e a sua DME absoluta era 26-56% maior (todos os pontos de tempo P < 0,05) em comparação com as fêmeas.
O tamanho muscular (P < 0,001) e a rigidez MTU absoluta eram também maiores para os machos (P < 0,05).
Quando foram contabilizadas diferenças na força máxima, a capacidade evocada dos extensores do joelho para a produção de força explosiva e a capacidade de utilizar essa capacidade durante contrações voluntárias explosivas.
O estudo concluiu que: A diferenças na força max Foi semelhante para machos e fêmeas.

Além disso, homens e mulheres apresentam respostas relativas semelhantes ao treino de resistência, sem q seja observada respostas específicas de género após 10 semanas de treino de resistência.
Vários outros factores independentes do género contribuem para a regulação da massa muscular adulta, incluindo genética, raça, adiposidade, treino, dieta, e ordem de nascimento.
pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25851205/
Por exemplo, os dados de estudos com gêmeos sugerem que até 50% a 60% da diferença de massa muscular e força pode ser devida a fatores genéticos sem influências claras do gênero.

pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/18271028/
Dito de forma diferente, a quantidade de massa muscular e força exibida por um indivíduo pode ser influenciada pela genética não sexual a um nível que rivalize ou exceda a influência do gênero.
Espero que no decorrer dessa thread, eu esteja mostrando que:

Esses estudos e levantamentos seriam satisfatórios para provar que as atletas podem competir juntas.

Apesar do preconceito ser muito enraizado na sociedade muitos ainda acreditam nas mentiras contadas dessa temática.
Continuando:

Vantagem das atletas Trans: Mito #8

"Elas estão batendo records, e ganhando todos os jogos"
Estatisticamente, desde Novembro de 2003, quando as atletas trans foram aceitas pela 1º vez para competir nos Jogos Olímpicos, deveríamos ter tido pelo menos 400 atletas trans qualificados para competir nesses 9 Jogos Olímpicos, para dizer que elas estão "dominando o esporte".
No entanto só vimos '2', e eles chegaram em último lugar e 37 dos 42.

Repito: A vantagem dos trans é um mito.
Como já falado antes:

Nos 9 Jogos Olímpicos em que as atletas transgêneras foram elegíveis para competir, até à data atual, elas acumularam um total de 0 medalhas de ouro, 0 medalhas de prata e 0 medalhas de bronze.
Nenhuma no boxe, luta livre, nenhum título de MMA, atletas trans nunca dominaram no desporto feminino se as mulheres trans têm esta vantagem onde está?

transvalid.org/portfolio/the-…
A @NCAA removeu a cirurgia como pré-requisito para competir em 2011, desses 10 anos deste então, não vimos um único título da Divisão 1 ganho por um atleta trans.
Tivemos uma única trans, na divisão 2 feminina, que tem um título.

Entretanto, o seu tempo é 5 segundos mais lento do que o recorde da Divisão 1 acima dos 400m.
Muitas escolas dos E.U.A. não seguem as diretrizes do COI.

(+)
E em todas as Escolas dos EUA:
Vimos apenas 2 atletas que se destacaram, mas não estão nem perto do nível recorde nacional do seu grupo etário e nenhum deles detém um recorde estatal ou ganhou uma bolsa de estudo.

outsports.com/2021/2/24/2229…
Elas não estão ganhando competições ou batendo records mundiais, estão ganhando somente alguns JOGOS, muitas vezes amistosos sem regulamentação própria, ou um sistema que as monitora.

Quase 100% dos recordes regionais ou internacionais ainda são detidos pelas mulheres cis.
Eu ainda estou precisando que alguém me mostre um dado relevante em que mulheres trans estão "destruindo" as competições.
Vou dar um exemplo bem simples:

Teve um caso de uma levantadora de peso trans que bateu um record, não lembro direito o exercício, mas ela bateu com 315 Libras no exercício que ela fez.

E isso deu um alvoroço na mídia.

Para você ter ideia, 1 semana depois:
Uma atleta cis bateu o record dela com 614 libras, ou seja, dobrou o record da trans.

Aí eu pergunto:

Como essa atleta trans perdeu?

De que forma essa atleta trans perdeu para uma mulher cis, se elas tem tanta vantagem?
As pessoas utilizam de um argumento da biologia básica, sem entender oque se passa em um processo de transição.

A testosterona sozinha, não te dá desempenho do jeito que as pessoas acham que ela dá.

Por Ex: Se você for agora, e tomar, uma testol que é um potente estimulador (+)
da testosterona, e ir para a academia.

Você vai levantar o mesmo peso que uma atleta de alto nível?

Mas nem a pau, nunca que você consegue.

Metade talvez?

Nem a pau, pode tentar quantas vezes quiser que você não vai conseguir.
Sabe porque?

Porque a testosterona sozinha não vai fazer o seu musculo aprender algo, ela não vai fazer seu musculo ter informação, ter fibras, para a resistência desses exercícios. Image
Por isso, geralmente os treinos dos atletas de alto nível são "puxados", porque contam com atividades que complementam a preparação do atleta, como musculação, alongamentos e treinamento funcional.
Ou seja:

A testosterona supostamente mais alta, em atletas trans, Não é a característica que as fazem ser boas jogadoras.

Muitos ignoram que:

Como qualquer outra mulher, elas tiveram que treinar diariamente. E chegar ao limite de exercícios, e treinos para estar onde estão.
Complementando oque foi dito acima:

É consenso que homens são superiores a mulheres na maioria dos esportes, porém, nenhum estudo empírico identificou especificamente as razões disso (JONES et al., 2017).
Baseado principalmente em pesquisas indiretas entre pessoas cisgênero, comumente acredita-se que hormônios androgênicos (especialmente testosterona) conferem vantagem atlética, e apesar dessa crença basear (+)
diversas normativas esportivas, a testosterona talvez não seja um marcador primário ou mesmo útil para determinar vantagem competitiva (KARKAZIS et al., 2012).
Não existem evidências sugerindo que testosterona endógena seja preditora de desempenho esportivo (com exceção do doping), uma vez que existem variações entre como os corpos produzem e reagem a esse hormônio.
Apesar de haverem estudos demonstrando correlação entre níveis de testosterona e medidas como quantidade de glóbulos vermelhos sanguíneos e massa muscular, essas variáveis podem ser consideradas apenas medidores indiretos de desempenho (GOOREN & BUNCK, 2004).
Ainda não houve nenhum estudo que investigou a correlação entre níveis hormonais e variáveis objetivas de desempenho, como tempo de prova, peso levantado, número de gols, etc. (CCES, 2016).
A testosterona é apenas uma parte da fisiologia humana, e existem outros fatores importantes (tanto biológicos quanto ambientais e sociais) que devem ser considerados se justiça (ausência de vantagem significativa) é o foco no esporte competitivo.
E por fim:

Vantagem das atletas Trans: Mito #9

"Ela passou a puberdade inteira com a testosterona alta, e isso proporcionou a ela uma vantagem natural, a terapia hormonal é capaz de reverter todos esses efeitos?"
Esse argumento além de não ter uma sustentação científica, é puramente precipitado, Não há, nenhum estudo que comprove esse ganho de vantagem, nem que demonstre conclusivamente, que força física adquirida durante a puberdade seja de fato significativa.
Todo mundo está obsessivamente focado na testosterona endógena adquirida na puberdade para mulheres trans, mas estou aqui para lhe dizer:

É totalmente irrelevante.

NÃO há relação entre a testosterona natural inalterada nos homens.

Absolutamente nenhum.
Biologia NÃO é tão simples quanto "Bem, os meninos ficam mais fortes do que as meninas porque são inundados com mais testosterona durante a puberdade!"

Essa é uma hipótese.

Podemos testar isso!

Ciência é isso, conclusões dependem de replicação e reprodutibilidade.
Se isso fosse verdade, por que os homens com 80x mais Testosterona endógeno via puberdade estão perdendo ou não possuem diferença significativa de contra homens de 0,5 nmol / L ??!
A biologia é COMPLICADA.

Não é verdade que os homens são maiores / mais fortes/ mais rápidos, principalmente por causa do aumento da testosterona endógena obtida através da puberdade.

Chocante, eu sei.

Mas ninguém quer falar sobre esse fato.

Isso é mentira!
Além disso, NÃO, seu corpo não "se lembra" da testosterona de 10 anos atrás.

Além disso, 'provavelmente haverá um aumento de desempenho' por um motivo.

É porque o desempenho depende de uma gama ENORME de fatores.
Incluindo tipo e volume de treinamento, técnica, descanso, nutrição ...

Então pense bem antes de apontar uma suposta vantagem, baseados nesse tipo de "falácia da puberdade".

Sem mesmo sequer ver qualquer tipo de documento medico dos exames físicos de determinada atleta.
Por fim, esses foram alguns mitos mais populares usados.

Cabe considerar que o corpo trans, em seu processo de hormonização, pode sofrer com inúmeros efeitos colaterais. (+)
Que, dependendo da seriedade e gravidade, podem comprometer não apenas o rendimento físico deste/a atleta, mas também sua qualidade de vida como um todo.
Em suma, vimos no decorrer deste thread, que os argumentos de pessoas que são contra participação de atletas trans no esporte, muitas vezes, refletem uma ideologia transfóbica e mentirosa, nos que tange um debate com argumentos baseados em estudos sérios e científicos.
Nesta thread, examinei também os fundamentos científicos, sociais e fisiológicos para a inclusão de mulheres transexuais atletas no esporte competitivo, com base nos princípios do COI e nas decisões relevantes dos demais órgãos esportivos.
Partindo desse pressuposto, podemos concluir que:

A inclusão de atletas trans em competições de acordo com seu gênero legal é a posição mais consistente com os princípios do esporte justo e equitativo.
O medo de que mulheres trans substituam as cis nos esportes femininos simplesmente não condiz com a realidade, especialmente levando em consideração os efeitos que a transição e a terapia hormonal têm no corpo da atleta.
O fato é que as afirmações de que mulheres trans têm uma vantagem significativa, e por isso torna o jogo "injusto" não tem base científica nenhuma.

É fruto de uma especulação meramente dúvidosa e condenável, sobretudo de incertezas, e análise superficial, e abstrata do assunto.
As pessoas não estudam a fundo o assunto e não entendem como competições funcionam ai juntam o preconceito delas pra invalidar pessoas trans no esporte.

Então existem muito mais coisas a serem analisadas, do que simplesmente “uma mulher trans nos esportes”
As pessoas se deixam levar pelo básico, pela biologia básica, pelas informações superficiais que estão rodando por aí, e partindo desse pressuposto macho e fêmea, em que o macho biologicamente é mais forte, na maioria das vezes. (+)
Então acabam simplificando a coisa, deixando de lado, todos esses fatos que foram abortados.

Pegando a questão de que a transição hormonal, impacta negativamente no desempenho atlético gerando principalmente, atributos q fazem com que a atleta trans perca essa "vantagem" como:
- Gera o Acúmulo de Gordura Visceral
- Gera a Retenção de Líquidos
- Gera Perda de Massa Magra
- Gera Perda de Densidade Óssea
- Gera Perda de Densidade Muscular
- Gera Perda de Força
- Gera Perda de Explosão Aeróbica
- Perda de Disposição
- Cansaço e Fadiga Recorrentes
E uma gama de outras características.

Todos esses parâmetros são relevantes para o desempenho atlético.

E por causa disso volto a afirmar:

Mulheres trans podem e devem competir contra mulheres cis em uma competição justa.

NÃO EXISTEM VANTAGENS!!

NÃO CAIAM MAIS EM FAKE NEWS!
Conclusão:

Considerando o objetivo desta thread que foi analisar os estudos científicos e os discursos falaciosos quanto à inserção das pessoas trans no meio esportivo e suas experiências, bem como sua relação social, biológica e fisiológica.
Conclui-se que:

Há pouca discussão sobre o tema e, quando há, está baseada em argumento distorcidos, sem qualquer embasamento cientifico, se apoiado geralmente em fatos do senso comum, sobretudo que "o homem e mais forte que a mulher", e por esse fato as trans também devem ser.
Se sustentando principalmente em ideologias transfobicas e religiosas.

Dando ênfase a aspectos biológicos de nascimento que já foram alterados na hormonização, pouco considerando os aspectos sociais, hormonais, e os diversos estudos a cerca da temática aqui discutida.
Por fim, nota-se que, analisando os estudos aqui mostrados, bem como, os efeitos que a terapia hormonal pode causar no desempenho atlético.
Fica notório concluir que:

Não existe qualquer tipo de vantagem nos que tange aos corpos transgêneros.

E tanto as atletas trans quanto as atletas cis, podem competir em igualdade e justiça em qualquer esporte que quiserem.
Nenhuma atleta deve ser impedida de competir ou deve ser excluída da competição com base em uma vantagem competitiva injusta não verificada, alegada ou percebida devido a suas variações de sexo, aparência física e/ou status de transgênera.
Ademais:

Nenhuma ou nenhum atleta trans deve ser considerado como portador de alguma vantagem injusta ou proporcional até que as evidências rigorosas, baseadas em estudos, determinem o contrário.

Em cima de achismos é que não pode ser tomada essa decisão.
E para terminar: NÃO usem estudos que comparam homens e mulheres pra provar qualquer coisa neste caso, porque mulheres trans não são a mesma coisa que homens.

É ofensivo e burro fazer isso.
Pois, não se trata de comparar homens e mulheres que não passaram por transição hormonal e tratamento prolongando, como no caso das atletas transexuais.

Frequentemente a comparação indevida é usada como "espantalho" para impedir seu direito legal de competir.
Essa ideia de argumentação consiste numa falsa discussão (homem versus mulher), quando, na verdade, discute-se aqui a participação de mulheres trans.

Com corpos biologicamente alterados, que não são os mesmo dos homens cis.
Então, qualquer argumento que tente comparar esses dois corpos, seja ele por características físicas de nascimento, ou por qualquer outro meio tendencioso de discursiva.

É invalido, para não dizer completamente falacioso e desonesto.
Por ultimo: Vou deixar alguns estudos e fontes complementares que reforçam dando dados concretos, para sustentar e/ou provar as minhas afirmações.

Serve também para quem quiser se aprofundar mais no assunto.
Espero que leiam, pois trazem ótimas reflexões e apontamentos sobre essa temática, com pesquisas e analises puramente científicos, e de caráter biológicos.

Alguns até publicados em revistas e plataformas altamente respeitadas pela comunidade cientifica

Segue as fontes:
Fontes:

Leighton Seal (2016) "A Review Of The Physical And Metabolic Effects Of Cross-sex Hormonal Therapy In The Treatment Of Gender Dysphoria", Annals Of Clinical Biochemistry, 53(1), pp.10-20
Bethany Alice Jones, Jon Arcelus, Walter Pierre Bouman, & Emma Haycraft (2017) "Sport and Transgender People: A Systematic Review of the Literature Relating to Sport Participation and Competitive Sport Policies", Sports Medicine, 47, pp.701-716
Joanna Harper (2015) "Race Times For Transgender Athletes", Journal Of Sporting Cultures And Identities, 6(1), pp.1-9
Louis J G Gooren & Mathijs C M Bunck (2004) "Transsexuals And Competitive Sports", European Journal Of Endocrinology, 151, pp.425–429
Van Caenegem E et alia. (2015) "Preservation Of Volumetric Bone Density And Geometry In Trans Women During Cross-sex Hormonal Therapy: A Prospective Observational Study" Osteoporosis International, 26(1), pp.35-47
Tayane Muniz Fighera, Eliane da Silva, Juliana Dal‐Ri Lindenau, & Poli Mara Spritzer (2018) "Impact Of Cross‐Sex Hormone Therapy On Bone Mineral Density And Body Composition In Transwomen", Clinical Endocrinology 88(6), pp.856-862
"A Review Of The Physical And Metabolic Effects Of Cross-sex Hormonal Therapy In The Treatment Of Gender Dysphoria", Annals Of Clinical Biochemistry"
"Interpreting Laboratory Results In Transgender Patients On Hormone Therapy", The American Journal Of Medicine
"Sport and Transgender People: A Systematic Review of the Literature Relating to Sport Participation and Competitive Sport Policies", Sports Medicine
"Effect of gender affirming hormones on athletic performance in transwomen and transmen: implications for sporting organisations and legislators" Timothy A Roberts Br J Sports Med. (2020)
Bom, chegamos ao fim da Thread. Espero que gostem.

Obrigado por acompanharem!

Qualquer dúvida, só perguntar.

Lembrando que essa thread NÃO É de caráter especulativo, mas sim informativo e cientifico.
Amanhã postarei uma Thread desmentindo e falando de cada atletas trans em especifico que se destacou.

E lembrem-se: " O dialogo constrói pontes"

Enfim, um abraço e até mais.🥰

#trans #esporte

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5 Dec 21
Contestar pessoas trans no esporte é transfobia? A resposta é....... DEPENDE!!!!! Segue o fio:🧶
Para responder essa resposta vamos primeiro definir oque é transfobia:

Transfobia: É qualquer ação ou comportamento que se baseia no medo, intolerância, rejeição, aversão, ódio ou discriminação às pessoas trans por conta de sua identidade de gênero.
Isso significa que o comportamento transfóbico diz respeito a quaisquer agressões físicas, verbais ou psicológicas manifestadas com o intuito de coibir a expressão de gênero de transexuais e travestis.
Read 22 tweets
22 Oct 21
@danielpfsp @KatyushaHelena @HeyC4uHere Primeiramente, não estou acompanhando a discussão, mas vou dar a minha opinião sobre esse assunto que você abordou.
@danielpfsp @KatyushaHelena @HeyC4uHere Contestar pessoas trans no esporte é transfobia?

A resposta é.......

DEPENDE!!!!!
@danielpfsp @KatyushaHelena @HeyC4uHere Para responder essa resposta vamos primeiro definir oque é transfobia:

Transfobia:
É qualquer ação ou comportamento que se baseia no medo, intolerância, rejeição, aversão, ódio ou discriminação às pessoas trans por conta de sua identidade de gênero.
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