Sons Biológicos e Antropogênicos do Baixo São Francisco - Autora: Elen Vivian Santos Silva
Coautor: Alfredo Leandro Borie Mojica
Coautor: Alfredo Leandro Borie Mojica
A região Sul de Alagoas é rica em ambientes aquáticos, um deles é o território do baixo São Francisco e áreas costeiras, ambas possuem uma intensa atividade pesqueira.
Utilizando o método acústico passivo, é possível avaliar a paisagem sonora em vários ambientes aquáticos e identificar diversos organismos de forma não invasiva e não destrutiva.
O projeto foi desenvolvido no Laboratório de Ecologia Acústica (LECOA) da Universidade Federal de Alagoas em Penedo, que dispõe de um hidrofone SoundTrap 300 (STD), e programas de análises acústicos como AUDACITY e RAVEN PRO 1.6.
Os dados foram coletados de 18 à 27 de novembro de 2019 e 30 de novembro à 10 de dezembro 2020, durante a II e III Expedição Científica do Baixo São Francisco,utilizando o monitoramento acústico passivo, para avaliar padrões de atividade de organismos aquáticos no Sul de Alagoas.
Foi avaliada a paisagem acústica no ambiente natural e a caracterização de sons biológicos, onde foram encontrados 25 sons no total, entre Piranhas e Foz do Rio São Francisco.
Os sons predominantes nessas localidades exceto na foz , foram característicos de sons emitidos por camarões, que ocorreram principalmente no final da tarde e início da manhã. Os valores médios das altas e baixas frequências foram de 8,4±0,8 e 3,7±0,3kHz respectivamente.
A frequência central encontrada foi de 5,5 ± 0,09 kHz, além desse tipo de som, na região de Piaçabuçu e estuário foram identificados outros dois tipos de sons de camarões com banda de frequência entre 1 à 15 kHz, e podendo chegar a 40 kHz e 0,5 e 10 kHz respectivamente.
Os resultados indicam que a acústica passiva pode ser utilizada como ferramenta de monitoramento das atividades biológicas
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