uma coisa que a pands virou total a chavinha na minha cabeça é tomar consciência do quanto a gente vive pra consumir, comprar, etc
e o quanto eu não quero que minha vida seja isso, seja muito isso, se paute por isso
tava vendo uns tuítes de uma pessoa falando super bem de um bairro de sp e 80% das coisas que ela fala como coisas boas do bairro são espaços de consumo e compra. restaurante, bar, loja.
qdo eu tava pra sair de sp muita gente perguntava como eu ia me virar sem tudo que tem (pra comprar) em sp
quando a gente tava no auge do isolamento social, e eu fiz quarentena e fiquei semanas em casa pra ir na padaria que fosse, as pessoas falavam da saudade de sair pra ver os amigos em bares e restaurantes. ou seja, consumindo, gastando dinheiro
a pands virou a chavinha e me fez perceber o quanto a gente vai no automático criando memórias, curtindo as pessoas que amamos, sempre gastando dinheiro.
eu não virei tilelê das ideias, nem tô morando numa caverna. sigo gastando dinheiro pra viver. mas quero cada vez mais criar memórias bonitas com as pessoas que eu amo e me preocupar no dia a dia com coisas que não passem (tanto) pela pergunta do débito ou crédito.
eu entrei numa pira de fazer geleia de acerola pra dar de presente nesse natal. tô gostando demais de fazer e de presentear. e duas pessoas me disseram coisas tão legais sobre a geleia depois. e fui eu que fiz e a acerola veio de um pé que tem na porta de casa.
enfim, virei essa pessoa
🙃
arrasta pra cima pra novas pensatas sobre a vida neorural