O impacto direto das vacinas nas crianças é bem descrito. Há milhares de evidências reforçando isso. Ao receber uma vacina, a criança não só se protege diretamente, mas também protege a família, amigos e outros da infecção, bloqueando a propagação de doenças entre pessoas.
Trouxe esse artigo de revisão, publicado em 2018 reforçando a proteção comunitária que a vacinação infantil proporciona, uma ação segura, feita há muitos anos. pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29471452/
A proteção comunitária ocorre quando as pessoas vacinadas bloqueiam a cadeia de transmissão, protegendo membros da comunidade suscetíveis subvacinados ou não vacinados, impedindo a exposição e limitando a disseminação do patógeno pela comunidade
Aqui, vemos exemplos de doenças cujas incidências diminuíram (ou foram erradicadas) em curto espaço de tempo após implementação de vacinação infantil, o que ocorreu tanto para crianças, adolescente e adultos inelegíveis para vacinas.
Enfatizo que a proteção comunitária, principalmente dos membros suscetíveis, depende da manutenção de altas taxas de vacinação. Vejam essa tabela (de morbidades nos EUA) com exemplos de doenças, cobertura e número de casos.
A proteção comunitária proporcionada pela imunização é fundamental contra doenças infecciosas. Isso alcança os mais suscetíveis como bebês (ainda não vacinados), gestantes, idosos e pessoas com imunidade prejudicada devido a deficiências imunológicas (por exemplo, câncer).
Os benefícios da proteção comunitária proporcionada pela vacinação também fornecem uma abordagem para questões de saúde pública, incluindo controle de resistência antimicrobiana e de pandemias virais, como influenza e a COVID-19, além de vírus do sarampo, ebola e zika vírus.
Procuro sempre lembrar que muitos de nós não estaríamos aqui, em plena saúde, se não tivéssemos tomado vacina contra varíola, BCG, polio, tríplice e outras, durante nossa infância!
Então, ficam esses 3 destaques sobre a vacinação infantil:
- São SEGURAS
- São EFICAZES na proteção contra doenças infecciosas
- Protegem pessoas da comunidade que não podem vacinar ou se a vacina não tem efeito #VacinasSalvamVidas#vacinasParaCrianças#todosPelasVacinas
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
Desde que a guerra na Ucrânia começou, as pessoas tem se perguntado muito: e a Covid por lá?? Embora não se fale muito sobre os casos e mortes pela doença, duas situações graves têm ocorrido: a interrupção da vacinação (estava em 35%) e das testagens.
Observem o mapa do John Hopkins: "não há dados" para a Ucrânia, mas notem os países vizinhos (Belarus, Moldávia, Romênia e Eslováquia)...
Alguns esclarecimentos sobre porque vacinados estão precisando de hospitalização! Vou usar esse artigo e outros para ajudar a explicar essa situação. Siga o 🧵
Protective activity of mRNA vaccines against ancestral and variant SARS-CoV-2 strains science.org/doi/10.1126/sc…
Esse artigo acima, especificamente, testou doses das vacinas de mRNA da Moderna em camundongos para observar níveis e resposta de anticorpos neutralizantes (aqueles de efetivação) e sua persistência sobre variantes do SARS. Eles também relacionaram os achados à infecção pulmonar.
Assim, doses mais elevadas foram mais protetivas, induzindo produção e ação dos anticorpos por mais tempo com relação à variante Delta; enquanto doses de concentrações menores foram menos protetivas.
Muitas pessoas ficam preocupadas quando escutam que os níveis de anticorpos produzidos através das vacinas reduzem após alguns meses. Aqui, o pessoal da Imuno sempre alerta que além dos ACs, as células de memória imunológica são muito importantes no combate à doença…
Essas células são importantes pq na presença de nova infecção, elas prontamente são ativadas e capazes de secretar moléculas importantes no combate aos agentes infecciosos. Um grupo dessas células, são os linfócitos T de memória de longo prazo, queridinhas do @MarceloBragatte 😁
Então, um grupo de pesquisadores da Itália estudou essas células após administração da 1a e da 2a dose da vacina da Pfizer contra a COVID-19. Aqui o artigo: science.org/doi/full/10.11…
Mais um estudo tipo "prova-de-conceito" mostrando a eficácia superior da máscara PFF2 em relação ao distanciamento sem máscara. Acompanhe o fio "domingueiro" desse artigo do PNAS (fator de impacto: 11,2). 😉 pnas.org/content/118/49…
Para explicar, o estudo tipo "prova de conceito" é o que testa uma teoria em condições laboratoriais ou com modelos matemáticos, agregando metodologia científica para demonstrar se a hipótese é verdadeira. É diferente de uma evidência clínica, mas tem base científica importante.
Sabemos que a forma como o SARS-CoV-2 se projeta, principalmente através dos aerossóis, demanda o uso de barreiras (além da vacina) para a não contaminação: uso de máscara e distanciamento físico. Há muitos estudos demonstrando que as medidas são eficazes. bmj.com/content/375/bm…
Estava devendo um fio dessa revisão sistemática sobre eficácia das medidas não-farmacológicas contra a COVID-19. Agora vai! :) bmj.com/content/375/bm…
Bom, o objetivo do estudo foi o de revisar as evidências sobre a eficácia das medidas de saúde pública na redução da incidência de COVID-19, a transmissão SARS-CoV-2 e a mortalidade por COVID-19. A lista das ações analisadas é bem extensa! Vou destacar os achados principais.
Foram incluídos 72 estudos, dos quais 35 avaliaram medidas individuais de saúde pública e 37 avaliaram múltiplas medidas de saúde pública como um "pacote de intervenções". Oito dos 35 estudos foram incluídos na meta-análise.
Assisti a duas reportagens no jornal do almoço local que me deixaram "intrigada". A primeira sobre retorno às aulas e a segunda sobre um evento gastronômico. Na sequencia explico o porquê...
Sobre o retorno às aulas presenciais nas escolas, super entendo a importância. Porém, muitas escolas não seguem os protocolos como deveriam e na reportagem, ouvi que algumas escolas não fornecerão apoio (simultâneo) dos profes aos alunos que optarem pelo ensino remoto.
Dar aula nas duas formas é um desgaste para o professor? Sim, com absoluta certeza. Fazer o aluno frequentar o ensino presencial para ter maior dedicação do professor sem vacina para sua faixa etária deveria ser o preterido? Obviamente que não. A mim, soa até como coação...