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Dec 23, 2021 19 tweets 11 min read Read on X
Para todos os pais receosos que acham que não tem estudos suficientes para vacinação em crianças (05-11 anos), ou que não há risco que justifique a vacinação, ou que não há rigor na análise de vacinas, esse (extenso) documento explica tudo 👇 gov.br/anvisa/pt-br/a…
O documento explica como funciona a avaliação de uma vacina aqui no Brasil. Cabe destacar que as vacinas aprovadas no Brasil NÃO SÃO experimentais, tendo passado por todas as etapas de desenvolvimento clínico completo
Também é explicado como funciona a autorização para estudos clínicos de vacinas aqui no país. A @anvisa_oficial destaca que todos os estudos clínicos aprovados ficam presentes no Portal da agência gov.br/anvisa/pt-br/a…
Ainda, há uma extensa explicação sobre o processo de Boas Práticas de Fabricaçãoo (BPF), necessário para a aprovação do imunizante no país, garantindo qualidade nessa produção em ampla escala. Na tabela abaixo, vemos em maior detalhamento
O documento comenta como a qualidade das vacinas é avaliada. Para as vacinas da COVID-19, o rigor técnico necessário não foi diferente do realizado para todo e qualquer produto biológico.
Há uma extensa parte que trata da avaliação da segurança e eficácia. Cabe ressaltar a parte em azul, em que os eventos raros/raríssimos costumam aparecer num tempo de 2 meses. Considerar efeitos a longo prazo é bastante improvável, no mínimo. E mesmo assim há acompanhamento
Há também o plano de farmacovigilância, ou seja, de monitoramento, das vacinas, em detalhe, que explica como esse monitoramento acima citado, e de efeitos adversos relatados, é feito. Também temos toda a parte de registro da vacina da Pfizer, em específico, no país.
Abaixo, vemos os documentos técnicos considerados na análise do uso da vacina da Pfizer em crianças de 05-11 anos. A @anvisa_oficial destaca que dados da variante #Delta atualmente predominante no país, foram contemplados
Achei bem legal que no documento, a @anvisa_oficial traz o panorama internacional quanto a essa decisão. Até o momento, 8 agências reguladoras autorizaram a vacinação para crianças de 05-11 anos, conforme abaixo:
Na sequência, a @anvisa_oficial apresenta como é feito o monitoramento da efetividade das vacinas. Destaca-se a @fiocruz e um compilado de perguntas e respostas da agência de medicamentos europeia (EMA):
A @anvisa_oficial também coloca pontos de como foi a avaliação pelo @US_FDA e, na análise feita pela Anvisa, coloca as posições das Sociedades médicas brasileiras, como a Sociedade Brasileira de Pediatria, Imunizações, Infectologia, além de sociedades internacionais
Abaixo, dados da @Nature sobre o beneficio da vacinação em crianças, inclusive considerando a entrada de novas variantes
Gente, tem MUITO dado que foi citado, afinal, o documento tem 22 páginas. Vou por mais alguns abaixos e passar para a próxima seção hehe
O documento menciona como é a farmacovigilância APÓS a vacinação, mantendo um rígido acompanhamento por parte da Agência das manifestações de eventos adversos. Ainda, uma seção inteira é dedicada para informar os benefícios da vacinação
Destaco um dado que já mencionei em outros fios: o risco de desenvolvimento de miocardite é 16 vezes maior entre indivíduos que tiveram Covid-19, mostrando que a própria doença está relacionada ao risco de desenvolvimento de miocardite
Ao final do documento, temos as considerações finais (ufa!). Achei ótimo que após isso, há uma seção inteira dedicada a "esclarecimentos pontuais" em que a @anvisa_oficial cita inclusive até documentos que circulam nas redes fazendo uma checagem da informação
Eu recebo muito, como formade argumentação, dados do VAERS para justificar que as vacinas não são seguras. A partir de agora, eu vou mandar essa imagem para cada arguição dessas:
Novamente, o documento pode ser conferido aqui: gov.br/anvisa/pt-br/a…

Ainda destaco uma manifestação de mais de 80 especialistas em saúde em prol da vacinação em crianças: todospelasvacinas.info/posicionamento…
Saímos no UOL com nossa carta (que já foi encaminhada ao ministro também)
noticias.uol.com.br/saude/ultimas-…

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Jul 16
É uma questão de tempo até um surto maior ocorrer.

O @CDCgov confirmou, essa semana, 4 casos humanos de gripe aviária (H5N1) no Colorado🇺🇸, com a possibilidade de um 5º caso que ainda será confirmado, após exposição a aves infectadas em granja 🔻
Segundo o @CDCgov "todos os trabalhadores que testaram positivo relataram doença leve. Os trabalhadores relataram conjuntivite e lacrimejamento, além de sintomas mais típicos da gripe, como febre, calafrios, tosse e dor de garganta/coriza"

Porém, H5N1 é um vírus perigoso...
Primeiro, a partir dos dados que temos dos últimos anos, sua letalidade é alta.

Segundo, o H5N1 é capaz de infectar o encéfalo🧠 e parece fazer isso com mais frequência que outros influenza

Read 9 tweets
Jul 11
Gripe aviária: novos dados apontam que o vírus H5N1 responsável pelo surto em bovinos nos EUA apresenta adaptações capazes de facilitar a infecção e transmissão em mamíferos.

Já passou da hora de reconhecermos o crescente risco pra saúde pública dessa doença - fio🔻Image
RESUMO DOS ACHADOS:
1⃣a cepa de H5N1 que infectou bovinos (🐄-H5N1) pode induzir doença grave após ingestão oral ou infecção respiratória;
2⃣em ambos os casos, pode levar à disseminação sistêmica do vírus para diferentes tecidos do corpo
3⃣🐄-H5N1 pode ser transmitido de roedoras lactantes para seus filhotes, mas não para animais adultos com os quais tenham contato direto
4⃣uma possível explicação: em furões, o ➡️🐄-H5N1 não foi capaz de se transmitir de forma eficiente pela via respiratória (gotículas)
Read 20 tweets
Jul 6
Em 2024, o Brasil viu uma epidemia de dengue sem precedentes na sua história. As regiões das Américas concentraram a maioria dos casos, com destaque para o Brasil, com mais de 80% dos casos registrados

O que nos levou a isso? Fio do dia 🔻Image
O dado acima foi compartilhado pelo @ECDC_EU reforçando a grande ameaça à saúde pública que as arboviroses (vírus transmitidos por insetos) trazem, com riscos para grandes epidemias, impactos socioeconômicos e sobre o sistema de saúde

ecdc.europa.eu/en/dengue-mont…
Até abril de 2024, a @WHO registrou mais de 7,6 milhões de casos suspeitos de dengue em todo o mundo, com mais de 3 mil óbitos. Aumento ocorreu especialmente na região das américas (90% dos casos notificados), com destaque para o Brasil (+80% dos casos)
Read 18 tweets
Jun 25
Vacinas trazem risco pra Alzheimer?

Alegações tem sido feitas por conta de um artigo recente, mas além de o artigo não comprovar a existência do risco, ele também tem tantos fatores de confusão que me surpreende ter sido publicado

Então respira, e vem de fio 🔻 Image
O artigo utilizou dados de mais de 558 mil indivíduos de Seul 🇰🇷, divididos em dois grupos: vacinados e não vacinados

A ideia era analisar se há associação com o comprometimento cognitivo leve, que pode ser visto anterior ao desenvolvimento de demências, como Alzheimer
Os pesquisadores então analisaram os registros entre 2020 e 2021. Importante notar: as campanhas de vacinação em Seul começaram em 2021.

Isso faz com que o número de pessoas com 2 doses seja pequeno, comparado ao tamanho inicial da amostra


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Jun 18
Li e tenho algumas questões importantes:
- Mesmo pessoas fora de grupos prioritários e até mesmo que tiveram Covid-19 leve, podem desenvolver sequelas pós-Covid;
- Sequelas pós-Covid podem ser duradouras, reduzirem a qualidade de vida e trazer riscos à saúde;

Tem mais🔻
Nessa parte de um fio recente, trago alguns dados recentes quanto as informações sobre sequelas pós-Covid. Não só há um risco de morte permanecendo elevado, como há uma perda significativa da saúde como um todo.
Portanto, me preocupa não termos ainda uma construção de políticas públicas para a Covid longa. Sabendo dos seus riscos, da prevalência estimada em outros países, poderíamos já estar ao menos com políticas instituídas para reduzir riscos de contaminação com vírus respiratórios
Read 9 tweets
Jun 6
Se tu passar por manchetes sugerindo que a vacinação contra Covid-19 ajudou a aumentar o excesso de óbitos, saiba que não é o que o estudo original sugere: o excesso de mortes “permanece elevado” APESAR do uso de vacinas (e outras medidas). Sem essas medidas, seria ainda maior🔻
O artigo original está no link abaixo e conclui: "o excesso de mortalidade permaneceu elevado no mundo ocidental durante três anos consecutivos, apesar da implementação de medidas de contenção e das vacinas contra a COVID-19."

bmjpublichealth.bmj.com/content/2/1/e0…
O artigo tem limitações importantes e deixa de lado a quantidade de mortes que foram evitadas graças a vacinação. Ainda, a circulação persistentemente alta do vírus, pelo enfraquecimento das medidas mitigatórias, pode estar por trás desse excesso.
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