Eu tenho uma tese de que a direita nacional é como um vírus: tosca, simples, burra, mas mortal e evolui rápido. Já a esquerda institucional nacional é como uma tartaruga: difícil de extinguir mas lerda e não evolui há milhões de anos (quando for um velho branco e rico vai ficar
mais grandiosa essa parábola horrorosa e acadêmicos vão citar em palestras pelo simples motivo de puxa saquismo). Mas brincadeiras à parte, requentar essa discussão de reconhecimento x redistribuição em pleno 2022 é sinal disso.
Por sinal, mal posso esperar para virar um velho, branco e rico.
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O que Marconi escreve: é preciso fazer como os países asiáticos que protegeram seu mercado e investiram pesado na indústria.
O que Marconi não escreve: Eles fizeram isso enquanto eram ditaduras de direita com extrema opressão da classe trabalhadora, com www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/0…
repressão social e social a níveis extremos, não só mantendo o salário baixo como usando de táticas desumanas para impedir até o direito de ir e vir e mecanismos de ascensão social. Além disso não conta que esses países nunca introduziram programas de assistência e direitos
sociais não só por característica cultural/ institucional mas porque essas ditaduras, dentro de seus programas de incentivos, apostavam numa competição via redução de custos, inclusive trabalhistas e também porque tentavam repassar o custo fiscal das políticas industriais para o
Tem rolado um argumento tosco por aí de que criticaram o texto da Weber falando de controle de preços generalizado e permanente "como se fosse no Brasil (sic)". Só que nem o Brasil, nem a Argentina, nem os EUA, nem nenhum país fez tabelamento generalizado e a promessa sempre foi
"produtos essenciais, de curto prazo" e sempre foi acompanhado pelo discurso populista (de fato) de que controle de preços era uma resposta das famílias às empresas gananciosas. Você pode extrair isso das propagandas oficiais inclusive, só que economia política existe, né?
Propostas de políticas estúpidas tendem a degenerar em políticas ainda mais estúpidas com consequências muito estúpidas.
"Ah mas isso ignora preços administrados e controle de estoque regulador" não foi isso que ela escreveu, mas mesmo assim, basta perguntar à Dilma de funciona.
A greande questão que está me incomodando nessa história do Krugman é a hipocrisia generalizada. Não só das pessoas de lá que fazem o mesmo, mas dos heterodoxos nacionais que estão oh, tão indignados! com a forma que os ortodoxos tratam a pluralidade. Como se não fizessem daí +
para pior, não preciso citar nomes, vocês (de economia) sabem quem são, dá para pegar vídeos e mais vídeos... e ortodoxos também, quantos não estão fingindo indignação (em geral de micro) mas não fazem o mesmo ou pior, ficam rindo quando o orientador esculacha o coleguinha em
seminário interno? Se fosse realmente um compromisso para melhorar o campo, mas não é... o que doeu foi o fato do Krugman ter feito em público com uma coisa que uma galera quer concordar. Essa hipocrisia que incomoda bastante porque no fim é uma saída pela tangente e tudo vai (+)
Um mito que a heterodoxia nacional vai tentar colar é que após a crise de 2008 a ortodoxia internacional se renovou abandonando o consenso dos anos 90 e 2000 quanto à política fiscal e monetária, e que a pandemia trouxe novos debates de forma mais aberta. Isso é uma mentira.
Basta ver que os principais proponentes do "New Fiscal Consensus" como o Blanchard e o Larry Summers são os principais críticos ao Bidenomics, basta ver que o FED está adiantando a política e que o CEA está trocando cadeiras de microeconomistas para macroeconomistas...
E mesmo assim, vale sempre lembrar que mesmo os proponentes do New Fiscal Consensus sempre deixaram claro que NÃO SE APLICA AOS PAÍSES EMERGENTES vide piie.com/publications/p…
Ninguém está criticando o Krugman por ter sido educado e agir de "boa fé". As pessoas estão criticando ele por ser um notório babaca profissional nos debates há décadas e numa das pouquíssimas vezes em que ele relativamente pegou leve com algo que merecia ele arregou (+)
e arregou por um motivo, até porque no próprio livro texto dele de introdução ele pega mais pesado com o tema, para não falar em colunas. Então o que aconteceu com o velho leão de Princeton? Bom, pegou mal criticar o texto dentro da team transitory, pegou mal com a Elizabeth
Warren que vem defendendo o mesmo... e isso impacta a posição dele de economista pop de centro esquerda que anda de montanha russa com o Jimmy Kimmel e divide painel com o Arcade Fire no SXSW. E é essa imagem a principal fonte de renda dele hoje em dia. É por isso que está sendo
Lusofobia da forma como a Folha escreveu é meio paia, mas é sim um tema acadêmico em história. No Brasil no início do século XX chegou a ter ondas de linchamentos de imigrantes portugueses (fato que quase custou a vida de João do Rio, diga-se de passagem).
os comentários podem parecer refletir rancor de colonização, o que seria justo se e somente se a descolonização do Brasil fora feita apenas no papel, não houve um descasamento da ordem colonial e a maioria esmagadora da elite, inclusive de quem comenta (porque elite envolve
alguns milhões de pessoas, porque o senhor de engenho, o cafeicultor, o dono de mercearia, o dono de pedreiras, o tropeiro, toda essa galera não se aboletou nos barcos de D. João voltando para Portugal) são os descendentes diretos da colonização... o fato da descolonização ter