Há nove anos, em 11 de janeiro de 2013, a presidente Dilma Rousseff sancionava a Lei 12.783, reduzindo em 20,2% a conta de luz dos consumidores residenciais e das indústrias e prorrogando as concessões do setor elétrico.
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O objetivo da medida era reverter o aumento da tarifa de energia elétrica ocasionado pelo acionamento das termelétricas em 2012, quando uma estiagem prolongada havia deixado os reservatórios em níveis críticos.
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A lei autorizava a renovação antecipada das concessões de empresas de energia elétrica que venceriam a partir de 2015, impondo como contrapartida a diminuição das tarifas para o consumidor.
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Dilma também vetou os artigos que concediam anistia de 250 milhões de reais a onze hidrelétricas leiloadas durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, que nunca entraram em operação.
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Para assegurar a redução das tarifas, o governo federal determinou a eliminação ou corte parcial de encargos setoriais (sobretaxas cobradas nas contas que não representam o consumo efetivo do cliente).
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A Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) e a Reserva Global de Reversão (RGR) foram extintas, ao passo que a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) foi reduzida em 25%.
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O governo também empenhou 3,3 bilhões de reais para subsidiar as tarifas de consumidores de baixa renda, reduziu os encargos do programa Luz Para Todos e ampliou a abrangência da Tarifa Social de Energia Elétrica.
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A medida sofreu boicote dos governadores do Sul e do Sudeste, que orientaram as companhias estaduais, tais como Copel, Cemig e Cesp, a recusarem a proposta do governo federal.
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Empresas de energia elétrica do setor privado também rejeitaram a oferta — malgrado o fato de que a antecipação das concessões era uma reivindicação feita há vários anos pelo próprio setor.
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Assim, dos 11,8 GW médios de energia que o governo federal intencionava abarcar com a lei, apenas 7,8 GW foram efetivamente renovados. Apesar do boicote acirrado, o governo federal conseguiu operar uma redução média de 16% nas contas de luz ao longo do ano de 2013.
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A medida foi bastante criticada pela imprensa liberal. O jornal O Globo desaprovou a intervenção estatal no setor elétrico, condenou a concessão de subsídios e afirmou que a "luz barata de Dilma" custaria bilhões de reais aos cofres públicos.
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A Folha de S. Paulo publicou matéria chamando a medida de "irresponsável" e "eleitoreira", justificando que a tarifa barata serviria de incentivo para que a população consumisse mais energia em meio à crise hídrica.
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O periódico paulistano também publicou artigo atribuindo a Dilma a responsabilidade pela queda de valor das empresas do setor elétrico na Bolsa de Valores — um texto que foi inexplicavelmente republicado pelo site do Partido Comunista Brasileiro (PCB).
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Há 66 anos, o general Lott esmagava a Revolta de Aragarças, levante golpista contra o governo de Juscelino Kubitschek. A revolta foi conduzida por militares que já tinham tentado um golpe 3 anos antes, mas receberam anistia. Leia no @operamundi
Candidato à presidência pelo PSD na eleição de 1955, Juscelino Kubitschek (JK) se apresentou ao eleitorado como herdeiro político de Getúlio Vargas, prometendo trazer ao Brasil “50 anos de desenvolvimento em 5 anos de mandato”.
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JK conseguiu herdar os votos de Vargas e foi eleito presidente. O mesmo ocorreu com João Goulart, ex-Ministro do Trabalho de Vargas, que foi eleito como vice em votação separada.
Mas, ao mesmo tempo, JK e Goulart também herdaram a fúria do antigetulismo.
O Ministério Público de Milão anunciou abertura de uma investigação formal contra cidadãos italianos suspeitos de terem participado de "safáris humanos" durante a Guerra da Bósnia. Os turistas europeus pagavam até R$ 600 mil para matar civis por diversão.
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O caso ocorreu durante o Cerco de Sarajevo, episódio dramático da Guerra da Bósnia, que se estendeu de 1992 a 1996. Considerado um dos mais violentos cercos militares do século 20, a ofensiva contra a capital bósnia deixou cerca de 12.000 mortos e 60.000 feridos.
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Conforme a denúncia, o serviço era ofertado pelo exército sérvio-bósnio, chefiado por Radovan Karadzic, preso desde 2008. O Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia o condenou a 40 anos de prisão por genocídio e crimes contra a humanidade.
Está avançando na Assembleia Legislativa de São Paulo o PL 49/2025, oriundo da base de apoio do governador Tarcísio de Freitas, que prevê a extinção da FURP — a Fundação para o Remédio Popular, laboratório público que que produz medicamentos de baixo custo para o SUS.
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O governo Tarcísio alega que os resultados financeiros negativos da fundação justificariam o seu fim. O projeto de lei prevê a autorização para vender os edifícios, terrenos e ativos da FURP nas cidades de Guarulhos e Américo Brasiliense.
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As instalações da FURP — sobretudo a unidade de Guarulhos — são há muito tempo cobiçadas pelo mercado imobiliário. O terreno de Guarulhos tem 192.000 m² e está estrategicamente localizado próximo à Via Dutra e à futura estação do Metrô.
Há 2 anos, a Palestina perdia uma de suas maiores artistas. A pintora Heba Zagout foi assassinada por um bombardeio aéreo israelense que destruiu sua casa em Gaza. 2 de seus 4 filhos pequenos também foram mortos no ataque. Leia mais no @operamundi
Heba Zagout nasceu em 14/02/1984 no campo de refugiados de Al-Bureij, na Faixa de Gaza. Ela descendia de uma milhares de famílias expulsas de suas terras durante a “Nakba” — a operação de limpeza étnica conduzida pelas milícias sionistas após a criação do Estado de Israel.
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A família de Heba era proveniente da cidade palestina de Isdud — um povoado milenar, registrado nos textos bíblicos como uma das 5 cidades-estados da Filisteia. Conforme o próprio plano de partilha da ONU, Isdud deveria pertencer aos domínios do Estado Palestino.
Há 20 anos, Lula lançava programa de renovação da frota de petroleiros. O PROMEF fomentou a recuperação da indústria naval do Brasil, que se tornou uma das maiores do mundo e superou a dos EUA — mas foi destruído pela Lava Jato. Leia no @operamundi
A política de desenvolvimento da indústria naval teve início em 1956, com o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek. O governo criou o Fundo de Marinha Mercante e investiu no parque naval como parte da política de industrialização e de substituição de importações.
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João Goulart ajudou a consolidar o projeto, visando diminuir as despesas com afretamento de embarcações estrangeiras. Os investimentos na indústria naval eram tão estratégicos que foram mantidos pelos militares após o golpe de 1964.
Há 172 anos, nascia José do Patrocínio. Ele se consagrou como um dos grandes jornalistas do século 19 e foi um dos principais comandantes da luta contra o regime escravocrata, recebendo a alcunha de "Tigre da Abolição". Leia mais no @operamundi
José do Patrocínio nasceu em 09/10/1853 em Campos dos Goytacazes. Era filho do vigário João Carlos Monteiro e de Justina do Espírito Santo, uma jovem escravizada. Seu pai, embora fosse padre, era conhecido pela vida desregrada, repleta de bebidas, jogos e aventuras sexuais.
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Era também um homem poderoso, proprietário de terras e deputado. Justina era uma das muitas pessoas escravizadas pelo padre. Foi entregue a ele como presente de uma fiel da paróquia.
O vigário não reconheceu Patrocínio como filho, mas permitiu que crescesse como liberto.