O que uma constatação gera, não? Venho afirmando há meses que Lula está ao centro, mas muitos petistas fanáticos achavam que era provocação de minha parte. Ontem, Lula disse com todas as letras que estão centro.
Seria possível um perfil como a candidatura de 1989? Evidente que sim. Mas, Lula é outro político. Continua o mais importante político do país, mas deu essa guinada ao centro. Somos o sétimo país mais desigual deste planeta r a massa do eleitorado quer mudança.
Idolatrar Lula ou idealizá-lo como infalível é um erro político perigoso porque embora a capacidade de enxergar a realidade e cria descompromisso pessoal porque transfere sua responsabilidade para o ídolo.
Essa postura desesperada revela um traço infantilidade da cultura política nacional. Alguns desejam Lula para acalmar seu estom; outros, para acalmar sua alma. Lula não pode carregar essa cruz. Essa cruz é nossa.
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
Bom dia. Anos atrás, uma equipe de jornalistas comandada por Dany Starling produziu o 15 minutos #sqn onde eu entrevistava algumas lideranças sociais ou personalidades que queríamos explorar mais suas ideias e perfis. Vou postar algumas dessas entrevistas. Espero que apreciem:
1) Em julho de 2014, entrevistamos o espanhol Javier Toret, que estudou - e militou - nas grandes manifestações espanholas de 2011 e anos seguintes. Toret trabalhou com Manuel Castells e esteve diversas vezes no Brasil. Acesse aqui:
2) Agora, a entrevista com Ciro Gomes. Eu e Alexandre Vasilenskas o entrevistamos. Fiquei surpreso com a confusão dele: se apresentava como neodesenvolvimentista, mas tinha um forte pendor liberal em alguns temas. Veja: facebook.com/watch/?v=47803…
Não imaginava que a minha observação sobre a fala de Lula gerasse tanta polêmica. Como ocorreu, vou explicitar minha posição pessoal (que já verbalizar em muitas lives):
1) Eu não vou encher a vida do Lula. Não farei oposição a ele nesta campanha. Acho que ele é o candidato viável e que abrirá espaços para a esquerda e para movimentos populares.
2) Expectativa rebaixada? Pode até ser. Mas, minha questão é outra. Acho que devemos disputar o programa e os ministérios. Este é meu ponto.
Bom dia. Recebi de Frei Betto:
Mensagem do filho do poeta Thiago de Mello
Passei três semanas no Amazonas, viajando sozinho. Se é que é possível dizer que viajei sozinho, pois sempre estive acompanhado de gente que me quer bem, amigos e familiares que encontrei pelo caminho (...)
(...) Gente que amo e que me constitui. Fui com dois propósitos nessa imersão solitária. O primeiro, visitar meu pai. Estar com ele por alguns momentos, já ciente da situação de saúde e cuidados na qual ele se encontrava. (...)
(...) Depois, fui com o objetivo de iniciar uma reforma inadiável em nossa casa à beira do rio, em Freguesia do Andirá, no interior do município de Barreirinha, a quase 350 km de Manaus. Um dia de barco pra chegar até lá. (...)
Boa noite. Prometi postar aqui a sequência de slides sobre iniciativas do campo popular e de esquerda que estão ocorrendo para construir um projeto político para o Brasil, alguns deles focados na contribuição à campanha de Lula. Vamos lá:
1) O primeiro deles é o Projeto Brasil Popular da frente já conhecida que envolve PT, PCdoB, Consulta Popular, MST etc. São 32 grupos temáticos criados há dois anos. No site (projetobrasilpopular.org) é possível encontrar cadernos, por tema, com a produção acumulada
2) A segunda iniciativa é do Outras Palavras, liderado pelo Antonio Martins. No site (outraspalavras.net ) é possível acessar a sequência de reflexões e produções temáticas, principalmente na seção "Resgate". São 14 temas centrais.
Boa tarde. Os liberais costumam afirmar que a esquerda brasileira viaja na maionese e adoece de politicismo. Acontece que os próprios liberais não ficam nem um pouco longe disso. Aliás, ultrapassam a esquerda em muito. Vejam os delírios de Bolívar Lamounier neste livro (fio):
Lamounier sugere que entre 1993-1994 o Brasil viveu um "interregno parlamentarista" !!!. Sugere que o presidente Itamar Franco teria atribuído a FHC uma posição equivalente à de primeiro-ministro.
2) À página 170 deste livro, sustenta que FHC ganhou fácil a eleição de 1994 porque liderou o controle da inflação e criou um ambiente de normalidade, não estressante. Interessantíssimo. Pelo visto, tínhamos superado a fome e a desigualdade social.