A tela "O Último Tamoio" de Rodolfo Amoedo retrata a morte de Aimberê nos braços do padre Anchieta. Aimberê foi o chefe dos índios Tupinambá (ou Tamoios) e líder da revolta indígena denominada Confederação dos Tamoios, derrotada há exatos 455 anos, em 20 de janeiro de 1567.
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Filho do cacique Cairuçu, Aimberê foi aprisionado com o pai e levado para a Capitania de São Vicente (hoje São Paulo) para servir como escravo nas fazendas de Brás Cubas. Seu pai morreu no cativeiro, vitimado pelos maus tratos dos escravagistas, mas Aimberê conseguiu fugir.
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Após coordenar uma investida que libertou os demais indígenas cativos, Aimberê uniu os líderes de 7 grupos indígenas distintos que habitavam o litoral do Sudeste (Guaianazes, Aimorés, Termiminós, etc.), convencendo-os a se juntarem à resistência aos colonizadores.
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Nascia então a Confederação dos Tamoios. A princípio, a Confederação foi comandada pelo cacique Cunhambebe. O cacique aceitou a oferta de ajuda dos franceses, liderados por Villegagnon, que ofereceram armamentos para que os indígenas combatessem os portugueses.
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Os franceses pretendiam auxiliar os Tupinambás a expulsarem os portugueses para então se apoderarem de suas colônias no Brasil. Não obstante, uma terrível epidemia atingiu os Tupinambás, ceifando a vida de vários guerreiros do grupo, incluindo o cacique Cunhambebe.
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Aimberê assumiu então a liderança da Confederação dos Tamoios e se esforçou para convencer os Tupiniquins a se aliarem à rebelião contra os portugueses.
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Entretanto, durante um contato entre os grupos, o cacique Tibiriçá, líder dos Tupiniquins, declarou sua fidelidade à coroa portuguesa e matou o sobrinho de Aimberê, desencadeando um conflito que dizimou grande parte da tribo dos Guaianazes.
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Os Tupinambás reagiram matando o filho do governador geral da colônia, Fernão de Sá. Em 1563, o padre jesuíta José de Anchieta mediou um cessar-fogo entre os Tupinambás e os portugueses - o armistício de Iperoig.
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A trégua durou pouco e os conflitos escalonaram para combates cada vez mais sangrentos. Os Tupinambás resistiram aos ataques portugueses e lograram diversas vitórias contra os colonizadores por mais três anos.
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Mas o governador Mem de Sá, decidido a acabar com a revolta indígena, passou a ampliar suas milícias com reforços e armamentos cada vez mais sofisticados. Eventualmente, os portugueses conseguiram anular a superioridade dos indígenas em combates corpo a corpo.
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Passaram a realizar ataques sistemáticos e violentos aos Tupinambás, destruindo uma a uma suas posições, até isolá-los em único reduto de resistência. Em 20 de janeiro de 1567, no litoral do Rio de Janeiro, deu-se o confronto final entre Tamoios e portugueses.
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Flechas e bordunas contra canhões e escopetas. Após dois dias de combate, as areias do litoral fluminense estavam tingidas de sangue, o último reduto dos Tamoios estava devastado e todas as suas lideranças, incluindo Aimberê, tinham sido abatidas.
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Suas cabeças foram decepadas e fincadas em lanças como uma mensagem dos colonizadores aos nativos: "rebeliões não serão toleradas".
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Há 66 anos, o general Lott esmagava a Revolta de Aragarças, levante golpista contra o governo de Juscelino Kubitschek. A revolta foi conduzida por militares que já tinham tentado um golpe 3 anos antes, mas receberam anistia. Leia no @operamundi
Candidato à presidência pelo PSD na eleição de 1955, Juscelino Kubitschek (JK) se apresentou ao eleitorado como herdeiro político de Getúlio Vargas, prometendo trazer ao Brasil “50 anos de desenvolvimento em 5 anos de mandato”.
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JK conseguiu herdar os votos de Vargas e foi eleito presidente. O mesmo ocorreu com João Goulart, ex-Ministro do Trabalho de Vargas, que foi eleito como vice em votação separada.
Mas, ao mesmo tempo, JK e Goulart também herdaram a fúria do antigetulismo.
O Ministério Público de Milão anunciou abertura de uma investigação formal contra cidadãos italianos suspeitos de terem participado de "safáris humanos" durante a Guerra da Bósnia. Os turistas europeus pagavam até R$ 600 mil para matar civis por diversão.
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O caso ocorreu durante o Cerco de Sarajevo, episódio dramático da Guerra da Bósnia, que se estendeu de 1992 a 1996. Considerado um dos mais violentos cercos militares do século 20, a ofensiva contra a capital bósnia deixou cerca de 12.000 mortos e 60.000 feridos.
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Conforme a denúncia, o serviço era ofertado pelo exército sérvio-bósnio, chefiado por Radovan Karadzic, preso desde 2008. O Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia o condenou a 40 anos de prisão por genocídio e crimes contra a humanidade.
Está avançando na Assembleia Legislativa de São Paulo o PL 49/2025, oriundo da base de apoio do governador Tarcísio de Freitas, que prevê a extinção da FURP — a Fundação para o Remédio Popular, laboratório público que que produz medicamentos de baixo custo para o SUS.
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O governo Tarcísio alega que os resultados financeiros negativos da fundação justificariam o seu fim. O projeto de lei prevê a autorização para vender os edifícios, terrenos e ativos da FURP nas cidades de Guarulhos e Américo Brasiliense.
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As instalações da FURP — sobretudo a unidade de Guarulhos — são há muito tempo cobiçadas pelo mercado imobiliário. O terreno de Guarulhos tem 192.000 m² e está estrategicamente localizado próximo à Via Dutra e à futura estação do Metrô.
Há 2 anos, a Palestina perdia uma de suas maiores artistas. A pintora Heba Zagout foi assassinada por um bombardeio aéreo israelense que destruiu sua casa em Gaza. 2 de seus 4 filhos pequenos também foram mortos no ataque. Leia mais no @operamundi
Heba Zagout nasceu em 14/02/1984 no campo de refugiados de Al-Bureij, na Faixa de Gaza. Ela descendia de uma milhares de famílias expulsas de suas terras durante a “Nakba” — a operação de limpeza étnica conduzida pelas milícias sionistas após a criação do Estado de Israel.
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A família de Heba era proveniente da cidade palestina de Isdud — um povoado milenar, registrado nos textos bíblicos como uma das 5 cidades-estados da Filisteia. Conforme o próprio plano de partilha da ONU, Isdud deveria pertencer aos domínios do Estado Palestino.
Há 20 anos, Lula lançava programa de renovação da frota de petroleiros. O PROMEF fomentou a recuperação da indústria naval do Brasil, que se tornou uma das maiores do mundo e superou a dos EUA — mas foi destruído pela Lava Jato. Leia no @operamundi
A política de desenvolvimento da indústria naval teve início em 1956, com o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek. O governo criou o Fundo de Marinha Mercante e investiu no parque naval como parte da política de industrialização e de substituição de importações.
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João Goulart ajudou a consolidar o projeto, visando diminuir as despesas com afretamento de embarcações estrangeiras. Os investimentos na indústria naval eram tão estratégicos que foram mantidos pelos militares após o golpe de 1964.
Há 172 anos, nascia José do Patrocínio. Ele se consagrou como um dos grandes jornalistas do século 19 e foi um dos principais comandantes da luta contra o regime escravocrata, recebendo a alcunha de "Tigre da Abolição". Leia mais no @operamundi
José do Patrocínio nasceu em 09/10/1853 em Campos dos Goytacazes. Era filho do vigário João Carlos Monteiro e de Justina do Espírito Santo, uma jovem escravizada. Seu pai, embora fosse padre, era conhecido pela vida desregrada, repleta de bebidas, jogos e aventuras sexuais.
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Era também um homem poderoso, proprietário de terras e deputado. Justina era uma das muitas pessoas escravizadas pelo padre. Foi entregue a ele como presente de uma fiel da paróquia.
O vigário não reconheceu Patrocínio como filho, mas permitiu que crescesse como liberto.