O casal de amantes que conspirou para matar a esposa e duas crianças, em preparação para o apocalipse.
Lori Norene Cox nasceu em 26 de julho de 1973, em San Bernardino, Califórnia, EUA. Quando formou-se no ensino médio, Lori pautou sua vida em casamentos e divórcios. Em 1992, casou com seu namorado do colégio e meses depois se divorciaram. Após 3 anos, casou-se novamente.
Em 1996, ela e o novo marido tiveram um filho, Colby. Dois anos depois, no entanto, se divorciaram. Em 2001, Lori uniu-se em matrimônio com Joseph Ryan Jr., que adotou legalmente o filho da esposa e tornou-se pai biológico de Tylee, filha do casal, nascida em 2002.
Em 2004, Joseph entrou com um pedido de divórcio e a separação foi finalizada no ano seguinte. Meses depois, no início de 2006, Lori já estava com um novo marido, Leland Anthony Vallow, um empresário. No ano seguinte, o último ex-marido de Lori foi atacado.
Joseph foi alvejado por um taser – uma arma de eletrochoque – e ameaçado de morte. O agressor? Alexander Cox, irmão de Lori, que foi condenado a 90 dias de reclusão. De todo modo, o novo casal passou a viver com quatro filhos: os dois de Lori e outros dois de Leland.
No final de 2013 ou início de 2014, a família Vallow adotou o sobrinho-neto de Leland, Joshua Jaxon Vallow, apelidado de “J.J.”. No fim de 2014, mudaram-se para Kauai, uma ilha no Havaí, onde passaram a operar um pequeno negócio. Em 2015, uma série de livros mudou a vida de Lori.
“Standing in Holy Places” (“Em pé” ou “Permanecendo em Lugares Sagrados”) é uma série de livros religiosos escrita por Chad Daybell, membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, da qual Lori também fazia parte e para a qual ela converteu seu marido.
Desde então, Lori ficou obcecada com a coleção literária, que tratava, entre outros, sobre a “preparação para o Apocalipse”. Em 2016, a família se mudou para o Arizona, EUA. Pouco tempo depois, parentes dos Vallow notaram uma mudança no tratamento das crianças.
Lori teria perdido a paciência que pautava sua relação com os filhos, sobretudo com J.J., que era autista. Em meados de 2018, no evento “Preparing a People” (“Preparando um Povo”), ela conheceu Chad Daybell, com quem teve uma “conexão” imediata.
Uma amiga de Lori afirmou que Chad disse à fã de sua literatura que, em vidas passadas, eles foram casados sete vezes. Desde então, os dois passaram a se comunicar constantemente, incluindo diversas aparições em podcasts religiosos, nos quais discutiam o “fim dos tempos”.
Em outubro de 2018, a situação se escalou quando, conforme indica uma acusação arquivada contra a dupla, Lori e Chad discutiram formas de justificar religiosamente o assassinato de J.J., Tylee e Tammy Daybell – esposa dele –, quando se encontraram em uma conferência em Utah, EUA.
No fim de janeiro de 2019, Leland, enquanto era gravado por uma câmera acoplada ao uniforme de um policial, suplicou à esposa que recebesse auxílio psicológico numa agência de saúde comportamental local. Os policiais presentes determinaram que ela estava sã.
Os psicólogos que a atenderam chegaram à mesma conclusão dos policiais e ela foi liberada. Pouco tempo antes, Leland alegou que sua esposa havia dito que não se importava mais com ele ou com o J.J. e que ela era a reencarnação da esposa do fundador de sua Igreja.
Segundo Leland, ela também teria ameaçado matá-lo se ele atrapalhasse sua missão, pois ela se considerava um “deus preparando o retorno de Jesus Cristo”. Além disso, furtou $35 mil das contas bancárias que compartilhavam.
Por essas razões, Leland entrou com um pedido de divórcio, além de um pedido de proteção contra Lori, fundamentado em um “medo genuíno por sua vida”. Durante o processo, ela foi para o Havaí sem aviso prévio e deixou seus filhos com parentes.
Ela retornou dois meses depois, quando Leland havia interrompido o processo de divórcio e declarou que tentaria “salvar o casamento”; contudo, eles continuaram separados. No dia 11 de julho 2019, foi à casa em que a esposa e os filhos estavam morando no Arizona para buscar J.J.
Foi combinado que Leland o levaria à escola, no entanto, assim que entrou na casa, o irmão de Lori, Alex, atirou nele e o matou. Na época, o assassino contou à polícia que o ato foi em legítima defesa da irmã, pois Lori e Leland teriam iniciado uma briga física.
Lori e Tylee, que presenciaram o assassinato, confirmaram a versão de Alex e ele não foi indiciado pelo ato. Em setembro de 2019, Lori se mudou com os filhos para Rexburg, em Idaho, EUA, junto com o irmão. No dia 8 daquele mês, todos foram passear no Parque Nacional Yellowstone.
Tylee foi vista pela última vez no parque. No mesmo dia, Chad e sua esposa, Tammy, assinaram um termo para aumentar o seguro de vida dela até o máximo permitido. No dia seguinte, registros telefônicos atestaram que Alex esteve na propriedade de Chad, na área onde achariam Tylee.
Naquele dia, Chad avisou à esposa que havia enterrado um texugo. Dias antes, Lori ligou para a escola de J.J. para cancelar sua matrícula e avisar que ele passaria a estudar em casa. Ele foi visto por último no dia 23 daquele mês, aparecendo no vídeo de uma câmera de outra casa.
No mesmo dia, o rastreamento do celular de Alex mostrou que ele retornou ao quintal de Chad. Tammy foi atacada no dia 9 de outubro, quando um homem mascarado num Jeep – registrado no nome do falecido Leland – atirou nela com uma arma de paintball.
O disparo passou a centímetros de sua cabeça e a munição não era de uma arma de paintball comum. Dez dias depois, Tammy faleceu enquanto dormia. Exames iniciais indicaram que sua morte foi por causas naturais, e a família recusou que fosse feita necrópsia no cadáver.
Menos de um mês depois, Chad e Lori casaram-se no Havaí. Para alguns convidados, disseram que Lori não tinha filhos; para outros, que sua única filha morrera em 2017. No dia 26 de novembro, no entanto, os avós de J.J. começaram a se preocupar com o paradeiro do neto.
Ele não respondia suas mensagens a meses e com a suspeita de que Lori poderia ter feito algo ao garoto, denunciaram o desaparecimento. Quando a polícia questionou Lori em sua casa, ela contou que havia deixado seus filhos com uma amiga, Melanie, que morava no Arizona.
No mesmo dia, ela ligou para Melanie e pediu que ela mentisse sobre o paradeiro das crianças; contudo, ela contou a polícia sobre o pedido. Com a pressão das investigações aumentando, no dia 1 de dezembro, ela e Chad embarcaram em um voo para o Havaí.
À época, o corpo de Tammy foi exumado para que se conduzisse uma necrópsia, mas os resultados não foram divulgados. No dia 12 de fevereiro, Alex foi encontrado morto e determinaram que ele faleceu devido a coágulos no pulmão. Em janeiro de 2020, Lori foi finalmente presa.
Novos fatos vieram à tona: Lori se referia aos filhos como “zumbis” possuídos por forças malignas; Leland havia retirado Lori dos beneficiados de seu seguro de vida meses antes de morrer e Lori havia alugado um galpão onde depositou todos os pertences de seus filhos.
Essas descobertas – junto à recusa de Lori em cooperar com as investigações – levaram à sua prisão, no dia 20 de fevereiro de 2020. Em junho daquele ano, um procedimento de busca e apreensão na propriedade de Chad revelou que as crianças estavam enterradas em seu quintal.
Lori e Chad foram indiciados por conspiração para cometer homicídio qualificado e grande roubo por fraude pelas mortes de Tylee, J.J. e Tammy, pois continuaram recebendo benefícios sociais relacionados às crianças mesmo após a morte delas.
Chad também foi denunciado por fraude de seguro, pois era beneficiário do seguro de vida de Tammy. O julgamento dos dois continua em andamento. No momento, Lori tem sido considerada incompetente e inapta para ser julgada. Outra avaliação ainda será realizada.
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A garota que foi sequestrada e ficou presa em uma caixa durante 7 anos:
⚠️ ATENÇÃO: O conteúdo a seguir retrata violência sexual e tortura. Caso não se sinta confortável, recomendamos que não prossiga com a leitura.
Em 1977, nos Estados Unidos, pegar carona era algo comum. As pessoas naquela época viam isso como algo normal, já que casos de sequestro ainda não haviam chamado tamanha atenção ao ponto de se tornar um problema para a polícia e a segurança pública.
Após aceitar ajuda de um desconhecido para trocar o pneu do carro, jovem é morta. Conheça o caso Mariana Bazza.
Mariana Bazza era uma jovem de 19 anos, que estudava fisioterapia em uma universidade particular de Bauru.
Dia 24 de setembro de 2019, uma terça-feira normal na vida de Mariana, a jovem foi até a academia que frequentava, na Avenida José Jorge Resegue, conhecida também como Avenida do Lago, pela manhã. Ao sair, percebeu que o pneu do seu carro estava vazio.
A misteriosa morte da família Pesseghini: teria um garoto de 13 anos sido o assassino?
No dia 5 de agosto de 2013, o casal de policiais, Andreia Regina e Luis Marcelo, foi encontrado morto, ao lado do filho de 13 anos, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini. A avó do menino, Benedita Oliveira, e a tia-avó, Bernardete Oliveira da Silva, também foram alvos da chacina.
Segundo a denúncia realizada às 18h, cinco pessoas da mesma família teriam sido assassinadas dentro da própria casa, na Brasilândia, em São Paulo. O local não foi isolado e mais de 200 oficiais estiveram presentes na cena do crime.
O caso Elliot Rodger, o incel que fez um massacre na cidade dele. “Garotas, tudo o que eu queria era te dar amor e carinho. Se eu não posso ter vocês, então vou destruí-las”
Elliot Rodger nasceu no dia 24 de julho de 1991 em Londres, Reino Unido. Aos 5 anos de idade, ele e seus pais se mudaram para Los Angeles, Califórnia (EUA), para que o pai de Elliot pudesse perseguir mais oportunidades em sua carreira como diretor cinematográfico.
Elliot descreveu sua vida, num texto autobiográfico que enviou a 34 pessoas, dentre as quais seu psicólogo, seus pais e outros familiares, amigos de infância e ex-professores, entre outros, como “uma guerra contra a cruel injustiça”.
Juntos para sempre: foi a frase deixada em um quarto de motel brasileiro. Na cama, uma menina de apenas 13 anos, com seu professor de 31, agonizando juntos até a morte, pelo "relacionamento" deles não ser aceito.
Gabriela Muratt, de apenas 13 anos, morava em Porto Alegre, era inteligente e extrovertida, uma das melhores jogadoras de vôlei de sua escola, onde cursava a oitava série. Ela morava com os pais em um bairro de classe média, e entrou em uma escola de música por amar instrumentos.
Lá, seu professor era Marcos Maronez Júnior, que tinha 31 anos e ensinava Gabriela a tocar piano. Até que, depois de um tempo, eles começaram a ficar cada vez mais próximos, e iniciaram trocas de mensagens.
O Serial Killer que se vestia com roupas femininas, máscaras de rostos maquiados e posava para fotos imitando suas vítimas mortas: BTK.
Nascido em 09 de Março em 1945, em Pittsburgh, no Kansas (EUA), Dennis Rader era o mais velho entre três irmãos. Na infância, tinha o hábito de maltratar animais, sobretudo gatos. Nessa época, se juntou ao um grupo de escoteiros e participava de atividades de jovens da igreja.
Desde jovem, ele tinha fantasias de dominação, escravidão e controle sobre mulheres. Contudo, ele levava uma vida comum. Nos anos 60, Dennis serviu a força aérea dos EUA e se tornou presidente do conselho da Igreja Luterana de Cristo. Em 1971, se casou com Paula Dietz.