Thread by @grisagregorio

Meus 2 centavos de domingo no 🧶👇🏼

A tese de que “o movimento identitário” é algo nocivo à democracia ou à luta contra o “neoliberalismo” não tem fundamento empírico. Usar de exceções e excessos para a engendrar é exercício de deleite dos que priorizam a crítica pela crítica.

Aceitar coisas tolas, como racismo reverso, como exercício de “questionamento”, ou seja, evocar um suposto “pensar crítico” sob pena da deslegitimação do combate ao racismo estrutural, é uma escolha política. 2/n 👇🏼

A escolha aqui é relativizar a ponto de colocar em equivalência (racismo contra negros e contra brancos) aquilo que ñ tem equivalência nas relações sociais concretas. O fruir pessoal da crítica está acima do estrago q ela pode produzir (fortalecer discursos e práticas racistas).+

Afirmar a existência de um racismo estrutural (para isso há base empírica), não significa dizer que ele se expressa de forma homogênea e nem que as complexas relações humanas não sejam perpassadas por diferentes formas de
racismo. 4/n 👇🏼

Erros que identifico, portanto (no macro).

Conceber a luta antirracista como uma luta identitária, retirando dela o conteúdo da luta por justiça.

Achar que a luta no campo cultural (identitária) enfraquece a luta social ou no econômica. Em escala, é o contrário. Fim.

Críticas como as do cientista político Mark Lilla, com as quais não me alinho, podem ser concebidas como ampliação do debate ou reflexões com consequência. Tratar “racismo reverso” de Riserio ou Narlochs da vida da mesma forma não faz sentido.