Há 187 anos, na madrugada de 25 de janeiro de 1835, tinha início em Salvador a Revolta dos Malês. A revolta foi o maior levante de escravos ocorrido na província da Bahia e um dos maiores conflitos do Período Regencial - intervalo entre os reinados de Pedro I e Pedro II.
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Salvador contava então com 65.500 habitantes, 40% dos quais eram escravos. Dentre os cativos, 63% eram nascidos na África. A revolta foi majoritariamente conduzida pelos escravos africanos e seus principais líderes foram os malês.
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Malê era a designação dada aos negros de origem islâmica — com os Nagôs e os Haussás — a maioria dos quais provenientes da Nigéria e do Benim. Mas outros grupos étnicos e religiosos também contribuíram na revolta, nomeadamente os praticantes do candomblé.
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A revolta foi combinada com muita antecedência e marcada para o mês sagrado do Ramadã, quando os muçulmanos fazem jejum. O objetivo do levante era criar uma rebelião generalizada que permitisse a tomada do governo e, em seguida, a libertação dos cativos.
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Planejou-se o início do levante para o dia 25, quando a população iria para Igreja de Nosso Senhor do Bonfim celebrar o dia de N. Sra. da Guia, deixando o centro da cidade vazio. Após tomar o centro, se dirigiriam para os bairros do entorno até conseguirem dominar a cidade.
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Os malês partiram para a batalha usando abadás brancos e amuletos. Iniciaram o levante com uma série de incêndios em pontos diferentes da cidade, para distrair a atenção da polícia enquanto um grupo de algumas dezenas de homens atacava a Câmara Municipal.
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A invasão objetivava libertar Pacífico Licutan, um dos líderes malês, preso para ser leiloado e quitar uma dívida de seu senhor. Em pouco tempo a cidade mergulhou no caos, com batalhas generalizadas por todas as partes.
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A batalha principal ocorreu quanto os malês se depararam com o quartel da cavalaria, na região de Água dos Meninos. Melhor equipadas e mais numerosas, as forças policiais levavam vantagem e debelaram o levante em menos de 24 horas.
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A repressão foi brutal. Os libertos que haviam se juntado à revolta foram condenados à deportação forçada para a África. Os escravos revoltosos foram condenados à pena de açoites, que poderia ser de 300 a 1200 chibatadas.
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As 16 lideranças identificadas pelas forças policiais foram condenadas à morte - quatro dos quais fuzilados no Campo da Pólvora em 14 de maio de 1835.
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O líder malê, Pacífico Licutan, foi condenado a 1.200 chibatadas - que não eram dadas de uma única vez, para que os condenados não morressem rapidamente.
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Embora derrotada, a Revolta dos Malês teve um importante papel na luta pela emancipação, insuflando novos levantes antiescravagistas e denunciando a insatisfação generalizada dos negros oprimidos pelo regime escravocrata.
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Há 66 anos, o general Lott esmagava a Revolta de Aragarças, levante golpista contra o governo de Juscelino Kubitschek. A revolta foi conduzida por militares que já tinham tentado um golpe 3 anos antes, mas receberam anistia. Leia no @operamundi
Candidato à presidência pelo PSD na eleição de 1955, Juscelino Kubitschek (JK) se apresentou ao eleitorado como herdeiro político de Getúlio Vargas, prometendo trazer ao Brasil “50 anos de desenvolvimento em 5 anos de mandato”.
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JK conseguiu herdar os votos de Vargas e foi eleito presidente. O mesmo ocorreu com João Goulart, ex-Ministro do Trabalho de Vargas, que foi eleito como vice em votação separada.
Mas, ao mesmo tempo, JK e Goulart também herdaram a fúria do antigetulismo.
O Ministério Público de Milão anunciou abertura de uma investigação formal contra cidadãos italianos suspeitos de terem participado de "safáris humanos" durante a Guerra da Bósnia. Os turistas europeus pagavam até R$ 600 mil para matar civis por diversão.
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O caso ocorreu durante o Cerco de Sarajevo, episódio dramático da Guerra da Bósnia, que se estendeu de 1992 a 1996. Considerado um dos mais violentos cercos militares do século 20, a ofensiva contra a capital bósnia deixou cerca de 12.000 mortos e 60.000 feridos.
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Conforme a denúncia, o serviço era ofertado pelo exército sérvio-bósnio, chefiado por Radovan Karadzic, preso desde 2008. O Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia o condenou a 40 anos de prisão por genocídio e crimes contra a humanidade.
Está avançando na Assembleia Legislativa de São Paulo o PL 49/2025, oriundo da base de apoio do governador Tarcísio de Freitas, que prevê a extinção da FURP — a Fundação para o Remédio Popular, laboratório público que que produz medicamentos de baixo custo para o SUS.
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O governo Tarcísio alega que os resultados financeiros negativos da fundação justificariam o seu fim. O projeto de lei prevê a autorização para vender os edifícios, terrenos e ativos da FURP nas cidades de Guarulhos e Américo Brasiliense.
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As instalações da FURP — sobretudo a unidade de Guarulhos — são há muito tempo cobiçadas pelo mercado imobiliário. O terreno de Guarulhos tem 192.000 m² e está estrategicamente localizado próximo à Via Dutra e à futura estação do Metrô.
Há 2 anos, a Palestina perdia uma de suas maiores artistas. A pintora Heba Zagout foi assassinada por um bombardeio aéreo israelense que destruiu sua casa em Gaza. 2 de seus 4 filhos pequenos também foram mortos no ataque. Leia mais no @operamundi
Heba Zagout nasceu em 14/02/1984 no campo de refugiados de Al-Bureij, na Faixa de Gaza. Ela descendia de uma milhares de famílias expulsas de suas terras durante a “Nakba” — a operação de limpeza étnica conduzida pelas milícias sionistas após a criação do Estado de Israel.
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A família de Heba era proveniente da cidade palestina de Isdud — um povoado milenar, registrado nos textos bíblicos como uma das 5 cidades-estados da Filisteia. Conforme o próprio plano de partilha da ONU, Isdud deveria pertencer aos domínios do Estado Palestino.
Há 20 anos, Lula lançava programa de renovação da frota de petroleiros. O PROMEF fomentou a recuperação da indústria naval do Brasil, que se tornou uma das maiores do mundo e superou a dos EUA — mas foi destruído pela Lava Jato. Leia no @operamundi
A política de desenvolvimento da indústria naval teve início em 1956, com o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek. O governo criou o Fundo de Marinha Mercante e investiu no parque naval como parte da política de industrialização e de substituição de importações.
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João Goulart ajudou a consolidar o projeto, visando diminuir as despesas com afretamento de embarcações estrangeiras. Os investimentos na indústria naval eram tão estratégicos que foram mantidos pelos militares após o golpe de 1964.
Há 172 anos, nascia José do Patrocínio. Ele se consagrou como um dos grandes jornalistas do século 19 e foi um dos principais comandantes da luta contra o regime escravocrata, recebendo a alcunha de "Tigre da Abolição". Leia mais no @operamundi
José do Patrocínio nasceu em 09/10/1853 em Campos dos Goytacazes. Era filho do vigário João Carlos Monteiro e de Justina do Espírito Santo, uma jovem escravizada. Seu pai, embora fosse padre, era conhecido pela vida desregrada, repleta de bebidas, jogos e aventuras sexuais.
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Era também um homem poderoso, proprietário de terras e deputado. Justina era uma das muitas pessoas escravizadas pelo padre. Foi entregue a ele como presente de uma fiel da paróquia.
O vigário não reconheceu Patrocínio como filho, mas permitiu que crescesse como liberto.