Em 2012, a revista alemã Spiegel International publicou uma longa matéria denunciando como as ações da ONG conservacionista WWF serviam mais aos interesses financeiros do grande capital do que ao meio ambiente.
Sediada na Suíça, a WWF é a maior ONG ligada a causas ambientais do mundo, possuindo mais de 5 milhões de associados e atuando em mais de 100 países - incluindo no Brasil. É também a mais rica, possuindo um faturamento de c. de 500 milhões de euros anuais.
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A WWF foi fundada em 1961. Seu idealizador e fundador foi o inglês Julian Huxley, presidente da Sociedade Eugênica Britânica, infame defensor de teorias de superioridade racial e aperfeiçoamento genético por meio da esterilização e eliminação das classes marginalizadas.
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Cavaleiro da Coroa Britânica e 1º diretor-geral da Unesco, Huxley era bem relacionado com as elites europeias e não teve dificuldades em obter financiamento para impulsionar a ONG, a primeira a se adequar a um modelo de ativismo empresarial.
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Parte substancial da receita da ONG vem de financiamento governamental. Um dos apoiadores históricos da WWF é a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que repassou mais de 120 milhões de dólares para ONG nos últimos anos.
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A USAID é o órgão do governo dos EUA responsável por promover ações de "ajuda internacional" que servem de fachada para promoção dos interesses econômicos e políticos do país. A cooptação de ONGs é o meio preferencial da agência para explorar recursos naturais no 3º mundo.
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Além da Casa Branca, a WWF recebe doações regulares do governo britânico e do Banco Mundial. Também é financiada por grandes corporações, mantendo parcerias com empresas como Coca-Cola, Monsanto, Nestlé, Lafarge e IKEA, responsáveis por produzir grandes danos ambientais.
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Na prática, a WWF age como uma agência de "greenwashing", usando de sua imagem de ONG conservacionista para emprestar um verniz de "sustentabilidade" às corporações que agridem o meio ambiente. Em troca, a ONG recebe apoio financeiro e doações generosas.
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O mesmo método é aplicado nas ações da WWF na Amazônia, onde a ONG obtém contratos de supervisão e manejo de atividades extrativistas e passa a emitir selos de "sustentabilidade" em favor de madeireiras e empresas que exploram os recursos naturais da floresta.
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A colaboração da WWF com o grande capital foi tema do documentário "O Pacto com o Panda", do jornalista alemão Wilfried Huismann. O filme detalha como a ONG ajuda corporações a destruírem o meio ambiente usando, paradoxalmente, do discurso da preservação ambiental.
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Há aspectos ainda mais sombrios na atuação corporativa da WWF. Na Índia, nos anos 70, a ONG foi responsável por expulsar mais de 300.000 famílias de suas casas para criar uma reserva ambiental para "salvar os tigres".
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Algumas décadas depois, a ONG faturou rios de dinheiro com contratos de manejo, "exploração sustentável" e administração da reserva que visava "proteger os tigres". Mas a população de tigres no local caiu de 4.000 em 1970 para 1.700 nos dias de hoje.
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Em Sumatra, o Parque Nacional Tesso Nilo, cuja gestão havia sido confiada à WWF, foi quase totalmente desmatado por uma corporação parceira. A WWF também contratou milícias para expulsar a tiros os povos nativos que atrapalhavam a produção do óleo de palma.
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Não é apenas em Sumatra que a WWF emprega paramilitares. Milicianos financiados pela ONG também são acusados de cometer graves crimes nas reservas que administra na República Democrática do Congo, incluindo tortura e estupro de crianças e execuções sumárias de nativos.
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A empresa também financiou paramilitares que estupraram, torturaram e mataram civis na República Centro-Africana e no Nepal. Funcionários da ONG na República Centro-Africana foram flagrados traficando um grande número de fuzis Kalashnikov e munição.
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No Brasil, a WWF atua sobretudo na Amazônia, no Pantanal e no Cerrado, mantendo parceria com empresas como Ambev, Suzano e Unilever e administrando contratos de gestão ambiental com órgãos públicos.
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Até bem recentemente, a WWF era bem conhecida pelo seu ativismo político e seu forte engajamento na oposição a projetos de desenvolvimento tocados pelo governos petistas, como a Transposição do São Francisco e a Usina de Belo Monte.
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A ONG chegou a realizar protestos reunindo milhares de pessoas para manifestar oposição à política ambiental do governo Dilma Rousseff. Há quem acredite que a ONG que devasta reservas ambientais em Sumatra e mate nativos na África esteja preocupada com indígenas.
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A WWF também manifestou forte oposição à exploração do pré-sal, quando se previa o uso dos royalties para financiar educação, saúde e infraestrutura. Não obstante, desde que a exploração foi entregue às corporações americanas, o incômodo parece ter desaparecido.
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Há 66 anos, o general Lott esmagava a Revolta de Aragarças, levante golpista contra o governo de Juscelino Kubitschek. A revolta foi conduzida por militares que já tinham tentado um golpe 3 anos antes, mas receberam anistia. Leia no @operamundi
Candidato à presidência pelo PSD na eleição de 1955, Juscelino Kubitschek (JK) se apresentou ao eleitorado como herdeiro político de Getúlio Vargas, prometendo trazer ao Brasil “50 anos de desenvolvimento em 5 anos de mandato”.
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JK conseguiu herdar os votos de Vargas e foi eleito presidente. O mesmo ocorreu com João Goulart, ex-Ministro do Trabalho de Vargas, que foi eleito como vice em votação separada.
Mas, ao mesmo tempo, JK e Goulart também herdaram a fúria do antigetulismo.
O Ministério Público de Milão anunciou abertura de uma investigação formal contra cidadãos italianos suspeitos de terem participado de "safáris humanos" durante a Guerra da Bósnia. Os turistas europeus pagavam até R$ 600 mil para matar civis por diversão.
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O caso ocorreu durante o Cerco de Sarajevo, episódio dramático da Guerra da Bósnia, que se estendeu de 1992 a 1996. Considerado um dos mais violentos cercos militares do século 20, a ofensiva contra a capital bósnia deixou cerca de 12.000 mortos e 60.000 feridos.
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Conforme a denúncia, o serviço era ofertado pelo exército sérvio-bósnio, chefiado por Radovan Karadzic, preso desde 2008. O Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia o condenou a 40 anos de prisão por genocídio e crimes contra a humanidade.
Está avançando na Assembleia Legislativa de São Paulo o PL 49/2025, oriundo da base de apoio do governador Tarcísio de Freitas, que prevê a extinção da FURP — a Fundação para o Remédio Popular, laboratório público que que produz medicamentos de baixo custo para o SUS.
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O governo Tarcísio alega que os resultados financeiros negativos da fundação justificariam o seu fim. O projeto de lei prevê a autorização para vender os edifícios, terrenos e ativos da FURP nas cidades de Guarulhos e Américo Brasiliense.
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As instalações da FURP — sobretudo a unidade de Guarulhos — são há muito tempo cobiçadas pelo mercado imobiliário. O terreno de Guarulhos tem 192.000 m² e está estrategicamente localizado próximo à Via Dutra e à futura estação do Metrô.
Há 2 anos, a Palestina perdia uma de suas maiores artistas. A pintora Heba Zagout foi assassinada por um bombardeio aéreo israelense que destruiu sua casa em Gaza. 2 de seus 4 filhos pequenos também foram mortos no ataque. Leia mais no @operamundi
Heba Zagout nasceu em 14/02/1984 no campo de refugiados de Al-Bureij, na Faixa de Gaza. Ela descendia de uma milhares de famílias expulsas de suas terras durante a “Nakba” — a operação de limpeza étnica conduzida pelas milícias sionistas após a criação do Estado de Israel.
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A família de Heba era proveniente da cidade palestina de Isdud — um povoado milenar, registrado nos textos bíblicos como uma das 5 cidades-estados da Filisteia. Conforme o próprio plano de partilha da ONU, Isdud deveria pertencer aos domínios do Estado Palestino.
Há 20 anos, Lula lançava programa de renovação da frota de petroleiros. O PROMEF fomentou a recuperação da indústria naval do Brasil, que se tornou uma das maiores do mundo e superou a dos EUA — mas foi destruído pela Lava Jato. Leia no @operamundi
A política de desenvolvimento da indústria naval teve início em 1956, com o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek. O governo criou o Fundo de Marinha Mercante e investiu no parque naval como parte da política de industrialização e de substituição de importações.
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João Goulart ajudou a consolidar o projeto, visando diminuir as despesas com afretamento de embarcações estrangeiras. Os investimentos na indústria naval eram tão estratégicos que foram mantidos pelos militares após o golpe de 1964.
Há 172 anos, nascia José do Patrocínio. Ele se consagrou como um dos grandes jornalistas do século 19 e foi um dos principais comandantes da luta contra o regime escravocrata, recebendo a alcunha de "Tigre da Abolição". Leia mais no @operamundi
José do Patrocínio nasceu em 09/10/1853 em Campos dos Goytacazes. Era filho do vigário João Carlos Monteiro e de Justina do Espírito Santo, uma jovem escravizada. Seu pai, embora fosse padre, era conhecido pela vida desregrada, repleta de bebidas, jogos e aventuras sexuais.
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Era também um homem poderoso, proprietário de terras e deputado. Justina era uma das muitas pessoas escravizadas pelo padre. Foi entregue a ele como presente de uma fiel da paróquia.
O vigário não reconheceu Patrocínio como filho, mas permitiu que crescesse como liberto.