Estudantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) protestam contra a adesão da instituição ao REUNI — programa de expansão de vagas no ensino superior público. São Paulo, 28 de maio de 2012.
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Em abril de 2007, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI). O programa ampliava substancialmente o volume de recursos a serem aplicados no ensino, pesquisa e extensão.
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Em troca, as federais que aderissem ao programa teriam de se comprometer com a ampliação do número de vagas, com a criação de cursos noturnos, de programas de apoio e de ações direcionadas à redução das desigualdades sociais e à popularização do perfil dos estudantes.
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O objetivo do programa era ampliar a oferta de vagas no ensino superior público, popularizar o ingresso nas universidades e combater as taxas de evasão através da expansão das políticas de inclusão e assistência estudantil. A iniciativa deu certo.
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Por intermédio do REUNI, os governos petistas realizaram a maior expansão do ensino superior público da história do Brasil. Foram criadas 18 novas universidades federais e inaugurados 173 novos campi em universidades pré-existentes.
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As gestões petistas foram responsáveis por inaugurar um quarto de todas as universidades federais existentes no Brasil e expandiram todas as federais pré-existentes. Também inauguraram 360 Institutos Federais e financiaram 7 milhões de cursos técnicos via Pronatec.
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Como resultado da expansão, o número de estudantes de ensino superior na rede federal quase dobrou, saltando de 505 mil para 932 mil. Os recursos para assistência estudantil e para contratação de docentes e técnicos administrativos acompanharam a ampliação.
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A substituição dos vestibulares pelo Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), as políticas de cotas e mecanismos de democratização do acesso ao ensino superior também ajudaram a mudar o perfil elitizado das instituições...
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... ampliando o número de egressos das escolas públicas e de estudantes de baixa renda. Paradoxalmente, a expansão do ensino superior sofreu enorme resistência de professores e estudantes universitários.
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Talvez vislumbrando a necessidade de reserva de mercado em suas áreas de formação ou alarmados com a potencial perda de prestígio que a popularização poderia trazer aos diplomas das federais, os estudantes das federais combateram vigorosamente a implementação do REUNI.
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A resistência ao programa foi capitaneada pelo movimento estudantil e recebeu apoio de partidos como PCB, PSTU, PSOL e até mesmo o PSDB. Os estudantes alegavam que a expansão iria prejudicar a qualidade do ensino e ocasionar maior exploração dos docentes e funcionários.
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Afirmavam ainda que a expansão do ensino superior estava sendo efetuada sem investimentos na infraestrutura das federais — malgrado o fato de que o programa garantiu investimentos superiores à soma da inflação e do aumento dos custos com ampliação da estrutura e pessoal.
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Em 2012, já no primeiro mandato de Dilma Rousseff, o governo brasileiro enfrentou a maior paralisação do ensino superior já registrada na história do Brasil — curiosamente no mesmo ano em que os investimentos suplementares na rede das federais batiam recorde histórico.
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Mais de 95% das universidades federais, em quase todos os estados, aderiram à greve, que se estendeu por quatro meses. Catorze reitorias foram ocupadas, algumas por várias semanas. No Ceará e no Rio de Janeiro, estudantes chegaram a fazer barricadas e enfrentar a polícia.
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O Brasil não voltou a registrar greves dessa magnitude, nem mesmo diante dos grandes cortes orçamentários e do processo de sucateamento do ensino superior e dos órgãos de fomento à pesquisa colocados em prática desde o golpe de 2016 e aprofundados por Bolsonaro.
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Há 66 anos, o general Lott esmagava a Revolta de Aragarças, levante golpista contra o governo de Juscelino Kubitschek. A revolta foi conduzida por militares que já tinham tentado um golpe 3 anos antes, mas receberam anistia. Leia no @operamundi
Candidato à presidência pelo PSD na eleição de 1955, Juscelino Kubitschek (JK) se apresentou ao eleitorado como herdeiro político de Getúlio Vargas, prometendo trazer ao Brasil “50 anos de desenvolvimento em 5 anos de mandato”.
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JK conseguiu herdar os votos de Vargas e foi eleito presidente. O mesmo ocorreu com João Goulart, ex-Ministro do Trabalho de Vargas, que foi eleito como vice em votação separada.
Mas, ao mesmo tempo, JK e Goulart também herdaram a fúria do antigetulismo.
O Ministério Público de Milão anunciou abertura de uma investigação formal contra cidadãos italianos suspeitos de terem participado de "safáris humanos" durante a Guerra da Bósnia. Os turistas europeus pagavam até R$ 600 mil para matar civis por diversão.
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O caso ocorreu durante o Cerco de Sarajevo, episódio dramático da Guerra da Bósnia, que se estendeu de 1992 a 1996. Considerado um dos mais violentos cercos militares do século 20, a ofensiva contra a capital bósnia deixou cerca de 12.000 mortos e 60.000 feridos.
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Conforme a denúncia, o serviço era ofertado pelo exército sérvio-bósnio, chefiado por Radovan Karadzic, preso desde 2008. O Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia o condenou a 40 anos de prisão por genocídio e crimes contra a humanidade.
Está avançando na Assembleia Legislativa de São Paulo o PL 49/2025, oriundo da base de apoio do governador Tarcísio de Freitas, que prevê a extinção da FURP — a Fundação para o Remédio Popular, laboratório público que que produz medicamentos de baixo custo para o SUS.
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O governo Tarcísio alega que os resultados financeiros negativos da fundação justificariam o seu fim. O projeto de lei prevê a autorização para vender os edifícios, terrenos e ativos da FURP nas cidades de Guarulhos e Américo Brasiliense.
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As instalações da FURP — sobretudo a unidade de Guarulhos — são há muito tempo cobiçadas pelo mercado imobiliário. O terreno de Guarulhos tem 192.000 m² e está estrategicamente localizado próximo à Via Dutra e à futura estação do Metrô.
Há 2 anos, a Palestina perdia uma de suas maiores artistas. A pintora Heba Zagout foi assassinada por um bombardeio aéreo israelense que destruiu sua casa em Gaza. 2 de seus 4 filhos pequenos também foram mortos no ataque. Leia mais no @operamundi
Heba Zagout nasceu em 14/02/1984 no campo de refugiados de Al-Bureij, na Faixa de Gaza. Ela descendia de uma milhares de famílias expulsas de suas terras durante a “Nakba” — a operação de limpeza étnica conduzida pelas milícias sionistas após a criação do Estado de Israel.
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A família de Heba era proveniente da cidade palestina de Isdud — um povoado milenar, registrado nos textos bíblicos como uma das 5 cidades-estados da Filisteia. Conforme o próprio plano de partilha da ONU, Isdud deveria pertencer aos domínios do Estado Palestino.
Há 20 anos, Lula lançava programa de renovação da frota de petroleiros. O PROMEF fomentou a recuperação da indústria naval do Brasil, que se tornou uma das maiores do mundo e superou a dos EUA — mas foi destruído pela Lava Jato. Leia no @operamundi
A política de desenvolvimento da indústria naval teve início em 1956, com o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek. O governo criou o Fundo de Marinha Mercante e investiu no parque naval como parte da política de industrialização e de substituição de importações.
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João Goulart ajudou a consolidar o projeto, visando diminuir as despesas com afretamento de embarcações estrangeiras. Os investimentos na indústria naval eram tão estratégicos que foram mantidos pelos militares após o golpe de 1964.
Há 172 anos, nascia José do Patrocínio. Ele se consagrou como um dos grandes jornalistas do século 19 e foi um dos principais comandantes da luta contra o regime escravocrata, recebendo a alcunha de "Tigre da Abolição". Leia mais no @operamundi
José do Patrocínio nasceu em 09/10/1853 em Campos dos Goytacazes. Era filho do vigário João Carlos Monteiro e de Justina do Espírito Santo, uma jovem escravizada. Seu pai, embora fosse padre, era conhecido pela vida desregrada, repleta de bebidas, jogos e aventuras sexuais.
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Era também um homem poderoso, proprietário de terras e deputado. Justina era uma das muitas pessoas escravizadas pelo padre. Foi entregue a ele como presente de uma fiel da paróquia.
O vigário não reconheceu Patrocínio como filho, mas permitiu que crescesse como liberto.