RIGOBERTA E A TRANSFOBIA ⬇️
Eu nom acuso a Rigoberta Bandini de t3rf. Só sinalo que a sua mensagem parte do cissexismo¹. Falar de tetas, maternidade e a regra nom é "fazer um hino à feminidade" como ela di. Esses elementos nem definem nem som exclusivos das mulheres.
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É certo que tradicionalmente som considerados femininos. Por isso existe tanto tabú com as tetas/regra e tanta imposiçom da maternidade. Por certo, dita imposiçom também se dá nas mulheres trans, mas isso é outro tema.
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A reivindicaçom, polo tanto, é necessária. Mas essa denominaçom de "hino à feminidade" continua a reivindicar SÓ uma feminidade cis chamando-lhe "A feminidade". E isto sem questionar o que é "a feminidade" ou se existe tal cousa.
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Quando às persoas com regra/tetas se nos impom sermos mulheres, e às persoas sem elas se lhes nega sê-lo... a mensagem de "Ay mamá" pode ser questionável. Imaginai uma cançom que falasse dum pénis e se chamasse um "hino à feminidade".
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Há mulheres que o tenhem, sim. Mas poderia ser chamada hino se nom tem em conta todas as feminidades? Por pôr outro exemplo: pode uma cançom que só fale de persoas gays ser um hino de todo o coletivo LGBTIQA?
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Por resumir um pouco: quer dizer isto que Rigoberta Bandini e/ou a sua cançom som transfóbicas? Nom é odio, ela dixo que apoiava as persoas trans. Mas é reproduzir um estereótipo polos esquemas mentais (cissexismo¹) que temos na cabeça.
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De todos os jeitos, também gostaria de escuitar o que pensades. Porque a minha perspetiva como persoa nom-binária AFAB² pode ser diferente da duma mulher cis, ou trans (e se quadra elas tenhem mais que dizer nisto da "feminidade").
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1- CISSEXISMO: estrutura social que leva a considerar as persoas cis (é dizer, aquelas que nom som trans) como "o normal" e as persoas trans como "a outridade".
2- AFAB: persoa à que lhe atribuírom o género mulher ao nascer.
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+ ACLARAÇOM:
O único do que falava no fio era do facto da cançom ser nomeada "hino da feminidade", nom falei da letra. Também penso que é importante deixar isto por escrito ⬇️
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Este ano as @tanxugueiras nom vam a Eurovisom (#tongazo). Mas na Galiza temos muita outra música atual da que podedes gostar. Abro fio para ajudar-vos a descobrir cousinhas! ⬇️
1️⃣ Baiuca (@baiucamusic)
Folktrónica em galego, mistura da tradiçom galega (mesmo em gravaçons de campo) com electrónica. Se gostades das tanxus, seguramente gostedes também de Baiuca: open.spotify.com/artist/2GSXsSy…
2️⃣ O Rabelo (@iarnaldhu)
Rap combativo em galego com bases que incluem elementos tradicionais. Está a piques de publicar um novo disco: open.spotify.com/artist/521Cf7G…
Ontem estivem em urgências (tranquiles, já estou bem). A minha nai avisou de que eu era "um rapaz trans" e TODO O MUNDO me tratou em feminino constantemente. Eu também lhes pedim que nom me tratassem em feminino, mas nada. Depois que se isto já está normalizado. (1/4 🧶)
Nom explicamos que sou uma persoa de género nom-binário e emprego o pronome neutro ELU porque pensamos que seria mais fácil assim. Como nom me molesta que me tratem em masculino, era menos lio. Mas nom foi. (2/4 🧶)
Que pode que fosse porque o papelinho punha SEXO: M? Pode. Mas é que a mim nom me derom nunca a oportunidade de eliminar o "mulher" de aí. Estivem um ano e médio tentando-o e nom me deixarom. (3/4 🧶)