Fico impressionado em como o Excel é poderoso. Com Power Query você consegue até fazer joins entre fontes de dados diferentes e realizar análises complexas!
Olha a consulta legal que fiz usando dados do siscomex, disponibilizados em forma bruta (csv) pelo ministério da economia.
Consegui baixar os dados de vendas do ano passado todo, por mês, além das tabelas de suporte. Importei os dados pro Excel, fiz os Joins usando o Power Query Editor e projetei tudo em uma pivot table com um gráfico. Fiz isso em poucos minutos.
Queria checar a informação de que o Bolsonaro está na Russia para estreitar a relação e compensar a queda da venda de carne pra China vendendo pra Rússia. Acabei descobrindo outra coisa: a venda de carne pra China caiu 1/4 a 1/5 desde Outubro devido ao desastre da diplomacia.
De fato, a venda pra Rússia dobrou, mas já em Novembro. Mas ainda é 1/4 da Chinesa, que estava em quase 1 bi (USD) em Setembro e em Dezembro está em 1/5 disso. A população chinesa é 10x maior que a Russa, e existe um limite de até onde as vendas conseguiriam crescer.
Assumindo que a Russia possa chegar no patamar em que a China estava em Setembro, ela poderia dobrar novamente as compras e ainda seria metade do que a China comprou em Dezembro. No último trimestre, só de carne, perdemos mais de 1 bilhão de dólares de exportação da China.
Houve problema de doença da vaca louca no Brasil, mas pelo que li a Organização Mundial da Saúde Animal já afirmou que não há mais o problema, e a China não retomou a compra. Não sou especialista, mas isso parece retaliação política, resultado da política externa desastrosa.
Ou seja, não procede que a Russia poderia resolver o problema do embargo chinês, poderia no máximo ajudar um pouco, um curativo em uma fratura exposta. Para retomar as exportações precisamos que o governo brasileiro faça uma política externa decente com a China.
Qualquer diferença % nas compras chinesas impacta muito mais que esses movimentos em direção a Rússia. Dez vezes mais populosa, um crescimento de 10% nas compras chinesas é equivalente a Rússia dobrar suas importações.
POR QUE O BOLSONARO ENTÃO ESTÁ NA RÚSSIA E NÃO NA CHINA?
Vou colocar as fontes de dados para vocês consultarem.
Dados do ministério da economia sobre comércio exterior. Tem tudo lá, bem detalhado: gov.br/produtividade-…
Filtrei códigos NCM 02 e 03, que, pelo que entendi, são carne e afins, e filtrei pelos códigos de país 160 e 676 (China e Rússia, respectivamente).
Pra ver como isso é legal de analisar rápido, recomendo baixar e abrir no Excel desktop, não na web. Abre a sheet "Resultado" clica no ribbon "Data", clica em "Queries and Connections", daí uma janela de ferramentas vai aparecer à direita, clica em uma das conexões e em "Edit".
Aí você vai ver o Power Query Editor.
Para trabalhar livremente com os dados você vai ter que alterar o caminho das fontes na sua máquina. Para isso, na janela de Query Settings do lado direito você pode editar a fonte, e alterar o endereço do arquivo.
Não caiam em historinha falsa quando falamos de dados do governo. Com só Excel e uma conexão de internet você consegue validar tudo.
Essa palestra da @KarineLagoDatab mostra bem tudo isso o Power Query. É muito poderoso.
Em tempo: não sou um especialista em Power Query e nem em comércio exterior. Fiquem à vontade para fazer suas próprias análises. Aceito críticas somente com dados, achismos eu dispenso! Notícias de fontes confiáveis ou oficiais que possam explicar tudo também são bem vindas.
Estou testando o #Rancher desktop no Windows. Ele funciona direitinho, mas faltam alguns detalhes ainda, e por isso ainda não vou adotar.
Vou explicar nos tuites seguintes, aqui não vai dar espaço. Mas em resumo, eles parecem estar num bom caminho.
O principal problema que vi é que ele não encaminha portas pro Windows. Um contêiner que exponha uma porta não será acessível pelo navegador do Windows. Isso é fundamental pra desenvolvimento web. Eu poderia usar WSLg e acessar com um navegador do WSL, mas não é legal.
Encontrei alguns issues de cara. Já abri eles lá repo, e tem mais um monte, acho que eles têm muito trabalho de estabilização, ainda. github.com/rancher-sandbo…
Sobre a comparação de segurança *por padrão* em Linux vs Windows, esse artigo linkado nesse comentário da thread que fiz mais cedo tem umas reflexões interessantes dos próximos passos que o Linux poderia dar.
Os pontos mais importantes p/ mim são suporte a full disk encryption usando TPM (sem precisar de uma senha no boot), e o fato de o initrd não ser medido pelo TPM, o que é uma brecha absurda de segurança.
Todas essas funcionalidades de segurança (incluindo secure boot, que já é suportado pela maioria das distros) deveriam vir habilitados *por padrão* se a máquina suportasse. E, não suportando, dar um aviso bem grande de que a máquina, se acessada, pode ser hackeada.
Por um bom tempo, anos atrás, eu preferi ficar no Linux, para desktop de dev.
Hoje, o Windows atingiu um nível de maturidade e conforto pra dev que tenho dúvidas se ainda valeria a pena. Gosto muito do Linux, mas o WSL resolveu todas as minha necessidades, até de apps com GUI.
Ainda curto muito um desktop Linux, é um ambiente que me sinto muito a vontade e me dá prazer de trabalhar. Mas sinto que não consigo fazer tudo que consigo fazer no Windows.
E ainda tenho a conveniência das apps Windows que não existem no Linux.
Outro ponto que tenho gostado muito do investimento do Windows é segurança. O 10 já estava bom, mas o 11 deu um passo importante pra frente. Uma instalação Linux por padrão, hoje em dia, é menos segura que uma do Windows 11. Surreal!
Dica de segurança: se você tiver dinheiro guardado e um smartphone sobrando, abra uma conta em algum banco digital, e use-a no smartphone principal para coisas pequenas do dia a dia. Mantenha a app do banco principal no smartphone antigo que você deixa em casa.
Se seu smartphone principal for roubado ou você cair num sequestro relâmpago o limite do roubo será menor, o do banco digital que você movimenta pouco e mantém pouco dinheiro. Idealmente, nem limite de conta você tem, o máximo que dá para perder é o que tem na conta.
Desse jeito, você ainda tem a comodidade de fazer as coisas na rua, mas não tem o risco. E contas nos bancos digitais não tem custo.
De bônus, as apps dos bancos digitais costumam ser melhores para fazer Pix e outras atividades rápidas.
Esse tuite atraiu comentários legais e me lembrei de um movimento muito interessante de quase dez anos atrás que imagino que muita gente, principalmente quem está na área a menos tempo, não viu: o #noEstimates.
Fica a dica para entenderem o significado de codar sem estimativas.
Já trabalhei em projetos que em algum momento transicionaram para não usar mais estimativas. Não é rápido, demanda maturidade do time e da empresa, mas o resultado é muito bom. É possível ter previsibilidade sem estimativas e o resultado é ainda melhor do que com elas.
E o projeto ainda ganha uma melhoria de produtividade, já que estimar toma tempo (e não é pouco). Além de nenhuma pessoa codificadora gostar de fazer estimativas, eliminar essa atividade aumenta a felicidade do time e consequentemente diminui o turnover do projeto.
O #dotnet 6 saiu com o Nuget 6 embutido, e este tem uma novidade chamada Source Maps, que permite mapear um pacote a um feed e evitar comprometimento de segurança por pacotes falsos. Pra entender como esse ataque funciona: link.medium.com/9EnGTcBT2kb
O que isso significa? Explico...
Até o .NET 5 toda empresa que usa um pacote privado potencialmente pode ter seus servidores de build e ambientes invadidos por alguém que crie um pacote público com o mesmo nome. Desde ontem o 6 isso não é mais verdade.
Em outras palavras: atualize já!