O que acontece se eu receber a dose da vacina estando infectado com o vírus (um caso assintomático por exemplo) ou ter me infectado próximo da vacinação?
Pergunta recorrente que discutiremos nesse mini-fio! 🧶👇
Antes de mais nada, é relevante começar esse mini-fio ressaltando uma fala importantíssima da @SBIm_Nacional "em caso de suspeita de contágio e o surgimento de sintomas gripais, deve-se testar e receber a vacina após a recuperação" uol.com.br/vivabem/notici…
Por isso é tão relevante que no menor sinal de sintomas gripais, a pessoa realize a testagem adequada e faça seu isolamento, evitando a disseminação do vírus. Após sua completude, a pessoa pode receber sua dose. A orientação é mencionada abaixo. g1.globo.com/saude/coronavi…
Ainda, segundo Renato Kfouri (@SBIm_Nacional ) "esse período é importante para que a pessoa não confunda as reações e sintomas da vacina com a infecção. Além disso, o sistema imunológico está combatendo a doença e não vai se preparar para receber a vacinação."
Ok, mas e se eu estiver infectado na hora de receber e eu não saber disso? Isso pode acabar ocorrendo, principalmente num cenário de alta transmissão do vírus. Não há indicativos de riscos (por conta de ter recebido a dose) para o indivíduo nesse cenário saude.abril.com.br/medicina/vacin…
Mas muitas pessoas tem medo de "perder" o efeito da vacina. Nesse vídeo, Luiz Rizzo do @hosp_einstein comenta que em quadros sintomáticos é possível que a gente veja um efeito menor da vacina (não sabemos o quão menor), do que se recebesse após a resolução do quadro
Isso porque o quadro da infecção estimula o corpo a liberar uma série de moléculas que irão mobilizar o sistema imunológico no próprio combate à infecção. Isso pode interferir no efeito protetor da vacina. Quadros assintomáticos possivelmente teriam um impacto menor sobre isso
Cabe destacar que esse período de ~4 semanas seria indicado para pessoas com infecção de COVID-19 ou qualquer outra infecção, justamente por mecanismos como o acima citado da resposta imunológica frente a uma infecção.
Portanto, é relevante esperar esse período de resolução da infecção para se vacinar para:
🔹Não termos quaisquer possíveis interferentes na geração do efeito protetor da vacina
🔹Evitar confusões entre sintomas da COVID-19 com possíveis efeitos adversos
Então, é super importante que a gente fique atento caso tenha ocorrido uma exposição (contato recente com alguém que positivou) ou na menor manifestação de sintomas gripais, independente se são leves ou não. Realizar o teste e cumprir o período de isolamento é relevante
Caso você tenha se vacinado estando assintomático é provável que os impactos sobre o efeito da vacina sejam poucos, e não há evidências de quaisquer questões de segurança **em relação a vacinação** nesse caso.
Lembre que a doença traz riscos.
Em casos leves, não sabemos o quanto poderia se impactar a vacinação, mas é plausível considerar que, a medida que os sintomas são mais expressivos, podemos ver impactos maiores. Por isso é extremamente importante, no menor sinal de sintoma gripal, aguardar a recuperação
E lembre-se que, mesmo tendo algum impacto sobre esse efeito vacinal, não significa que tu "perdeu" a dose. As recomendações são um cuidado para nos beneficiarmos ao máximo do efeito protetor da vacinação. Lembre também de buscar seu reforço no período adequado!
E mais um lembrete-extra: se tu se recuperou de COVID-19, é extremamente relevante que tu se vacine! O conteúdo abaixo e outros tu encontra em bit.ly/fiosmell
Em 50 anos, a vida selvagem monitorada na Terra reduziu em média em 73% e se tu acha que isso não tem a ver contigo ou com tua saúde, eu tenho outra notícia ruim...
Há MUITO o que ser feito nos próximos 5 anos para enfrentar as crises climática e de biodiversidade 🔻🧵
O relatório do World Wide Fund for Nature (WWF) se baseia no Índice Planeta Vivo (IPV), fornecido pela SZL (Sociedade Zoológica de Londres) e que inclui quase 35.000 tendências populacionais de 5.495 espécies monitoradas entre 1970-2020. wwflpr.awsassets.panda.org/downloads/rela…
Segundo os dados, o maior declínio foi visto nos ecossistemas de água doce (-85%), seguido pelos terrestres (-69%) e pelos marinhos (-56%). As quedas mais acentuadas aconteceram aqui na América Latina e no Caribe (95%), seguido pela África (-76%) e Ásia-Pacífico (-60%)
Estamos vendo há dias reportagens sobre as queimadas no Brasil, ou observando fenômenos como "sol vermelho" no sul, "céu cinza" na região metropolitana de SP...
Mas temos que falar dos riscos à saúde que a exposição à fumaça das queimadas traz - o fio 🔻
A exposição à fumaça das queimadas traz inúmeros riscos para a saúde humana e animal. Entre os sintomas dessa exposição, a Secretaria de Saúde do Ceará fez um post compilando alguns deles. Reparem que não são só sintomas respiratórios
Além dos efeitos diretos à saúde, a exposição a fumaça também pode indiretamente contribuir para agravo de doenças cardiovasculares e respiratórias (ex.: asma, bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) amazonia.fiocruz.br/?p=47815
Mpox nunca deixou de circular, e até o momento, o vírus detectado no país não é o clado Ib, responsável pelo surto da Rep. Dem. do Congo e países vizinhos e outras regiões, como Suécia, Paquistão.
e por isso é tão importante estar atento aos sintomas e testar. Abaixo, algumas imagens de sinais de alerta e sintomas da doença. Ampliar a testagem e vigilância genômica para identificar clados em circulação é fundamental neste momento. Se tiver sintomas, procure assistência
Mpox é uma doença que pode se transmitir pelo contato sexual e vimos que redes de transmissão dentro desse aspecto tiveram uma participação importante em novos casos na emergência de 2022.
Mas o vírus também se transmite por contato próximo e prolongado
Atualizações sobre #Mpox e dúvidas que surgiram nesse post:
- Há casos no Brasil, mas segundo o @minsaude são causados pelo vírus do clado II (o que circulou na emergência de 2022). Ainda não há casos registrados do clado Ib no país
Mas... (mais no mini fio)🔻
Isso não significa que o vírus do clado Ib não esteja circulando no país, de forma subnotificada. Por isso é importante cuidar os sinais suspeitos: pessoa de qualquer idade que apresente, de modo repentino, lesões nas mucosas/pele, em qualquer parte do corpo
Se tu tiver qualquer um desses sinais suspeitos, ou os sintomas abaixo, procure atendimento médico para realizar exames específicos, e buscar um diagnóstico. Evite compartilhar talheres, objetos, e evite contato próximo, direto e prolongado se suspeito ou diagnosticado
O mundo enfrenta uma ameaça conhecida e negligenciada e que hoje, foi declarada como Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional: #mpox
Nesse fio, falo de sintomas, transmissão, vacinas e por que temos uma 2ª emergência declarada num período de 2 anos 🔻
Mpox é a doença causada por monkeypox virus (MPXV), que pertence ao mesmo gênero que a varíola humana. Ficou conhecido como varíola dos macacos/símia, mas o nome foi mudado para não gerar um entendimento errado que apenas macacos podem transmitir a doença
A transmissão desse vírus se dá pelo contato com animais infectados/reservatórios do vírus, como roedores, por exemplo. Há também a transmissão entre humanos, pelo contato direto, próximo e prolongado (e isso engloba partículas expelidas no ar)
Existe um vírus que se espalha fácil, traz risco tanto durante a infecção (e especialmente com comorbidades, ex: asma), quanto traz risco para sequelas em diferentes tecidos, por tempo indeterminado
O que vimos abaixo é a coroação da banalização da COVID-19.
Se tu achou absurdo um atleta competir nessas condições, te digo que a situação no mundo é muito complicada também.
Não estamos testando adequadamente, não estamos vacinando suficientemente (e não falo só o fato da vacinação não ser universal - o que é uma preocupação)
Não estamos encarando a COVID-19 como ela é: uma pandemia.
Se a situação acima causa revolta e preocupação com a situação do atleta, ela é um produto da banalização de uma doença séria, que segue entre nós e que fingir o contrário não fará ela sumir.