Luiz Inácio Lula da Silva e Marisa Letícia caminham sobre as capas dos estudantes da Universidade de Coimbra, em meio à cerimônia de outorga do título de doutor "honoris causa", concedido ao ex-presidente pela instituição portuguesa em março de 2011.
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O título "honoris causa" é o grau honorário de doutor concedido por instituições de ensino superior a pessoas eminentes que se destacaram em uma determinada área por suas ações, virtude ou mérito.
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Lula é segundo brasileiro com mais títulos de doutor "honoris causa", atrás apenas do pedagogo pernambucano Paulo Freire. O ex-presidente acumula 36 condecorações — a maioria títulos concedidos por universidades públicas do Brasil.
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Entre as instituições estrangeiras que lhe outorgaram a honraria estão, além da Universidade de Coimbra, a Universidade de Salamanca (Espanha), a Escola Politécnica de Lausanne (Suíça), o Instituto de Estudos Políticos de Paris (França),...
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... a Universidade Nacional de Rosário (Argentina), a Universidade de Aquino (Bolívia), a Universidade Andina Simón Bolívar (Equador) e a Universidade de San Marcos (Peru), entre outras.
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Primeiro mandatário brasileiro oriundo da classe operária, Lula não possui formação universitária. Retirante nordestino radicado em SP, o ex-presidente começou a trabalhar aos 7 anos, engraxando sapatos e vendendo tapioca para ajudar a complementar a renda da família.
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Aos 14 anos, teve seu 1º emprego com carteira assinada em um entreposto de algodão. Após concluir o ensino básico, ingressou no curso de torneiro mecânico do SENAI e começou a trabalhar como metalúrgico nas indústrias do ABC Paulista.
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Ingressou então com o movimento sindical, iniciando sua trajetória política como líder do movimento grevista no fim da década de setenta.
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Ao contrário de tantas narrativas pretensamente meritocráticas de herdeiros que tentam justificar fortunas perfumando o passado, Lula tem uma trajetória verdadeiramente calcada na superação das vicissitudes e dificuldades.
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A história de um retirante nordestino nascido na miséria, que vendia tapiocas, engraxava sapatos e ascendeu à condição de um dos homens mais poderosos do Brasil encantaria as plateias do empreendorismo de palco.
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No caso de Lula, entretanto, a sua própria biografia desmonta o cinismo de tais narrativas. A veneração do establishment à origem humilde só é justificável enquanto ela serve para aplacar o incômodo com a injustiça social...
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...reforçando o mito meritocrático de que o Sol nasce para todos e que basta esforço, trabalho e força de vontade para qualquer um "vencer na vida".
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Quando "vencer na vida" significa tornar-se presidente e empreender um mínimo de esforço para garantir algum grau de autonomia e dignidade à população mais necessitada, a origem humilde vira demérito e incita a plutocracia a lembrar aos pobres "qual é o seu lugar".
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Não por acaso, é justamente a origem humilde de Lula que foi agressivamente atacada pela imprensa. Durante seu governo, o ex-presidente recebeu os epítetos de "apedeuta", "ignorante", "analfabeto", "brega", "cachaceiro", "vagabundo", "sem classe".
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Criticaram sua falta de formação e o fato de não saber falar inglês. Acusaram-no de cultuar a ignorância e incentivar o povo a não ler. E atribuíram o apoio ao seu governo a uma suposta "parvoíce" de um "povo iletrado" que "vendia o voto" em troca de esmolas.
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Por ironia do destino, o presidente tão atacado por não ter graduação tornou-se o mandatário mais homenageado com títulos de doutor. Além dos 36 "honoris causa", Lula acumula outras 300 condecorações
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- do Prêmio da Paz da Unesco ao título de Campeão Mundial da Luta Contra a Fome da ONU, passando pelo galardão de Cidadão Honorário de Paris.
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E enquanto era apontado como incentivador da ignorância, tornou-se o presidente que mais investiu em educação, criando 14 novas universidades públicas, inaugurando 202 escolas técnicas e dobrando o número de estudantes no ensino superior.
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Há 82 anos, em 16 de maio de 1943, as tropas alemãs esmagavam o Levante do Gueto de Varsóvia — a maior insurreição judaica contra as forças nazistas ocorrida durante a Segunda Guerra Mundial. Contamos essa história hoje, no @operamundi
Até o início do século 20, a Polônia abrigava a maior comunidade judaica da Europa. Comparado às outras nações do continente, o país tinha um histórico de relativa tolerância em relação aos judeus, o que estimulou a imigração das populações perseguidas no Leste Europeu.
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Na capital, Varsóvia, a população judaica era estimada em mais de 400 mil pessoas — quase um terço dos habitantes da cidade.
A invasão da Polônia pela Alemanha nazista em setembro de 1939 trouxe enorme apreensão para a comunidade judaica. O medo era plenamente justificado.
15 de maio é o Dia da Nakba, data em que se rememora o processo de limpeza étnica instaurado na Palestina após a criação de Israel — e que resultou na expulsão de 800 mil palestinos e inúmeros massacres. Contamos essa história hoje no @operamundi
A identidade palestina foi moldada ao longo de milhares de anos e reflete a multiculturalidade da região do Levante. Os palestinos descendem de povos que habitavam o Crescente Fértil desde a Idade do Bronze — incluindo os cananeus, que já viviam nessa área há 4.000 anos.
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Ao longo dos séculos, o povo palestino sofreu influência das ondas migratórias e das mudanças políticas no Levante. Inúmeras culturas semitas, nômades e indo-europeias também se estabeleceram na região e vários impérios dominaram a Palestina — dos egípcios aos romanos.
Há 40 anos, a polícia dos EUA bombardeava o bairro afro-americano de Cobbs Creek, na Filadélfia, visando destruir a sede do movimento negro MOVE. A ação resultou na morte de 11 pessoas, incluindo 5 crianças. Contamos essa história no @operamundi
O MOVE é um movimento negro de inspiração anarcoprimitivista, fundado na Filadélfia em 1972 por John Africa (Vincent Leaphart). O grupo combina ideário revolucionário (inspirado nos Panteras Negras e no movimento Black Power), ativismo ambiental e defesa dos animais.
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O MOVE defende um estilo de vida comunitário, critica o capitalismo e a revolução tecnológica e prega a ideia de "regresso à natureza". A exemplo do fundador, os membros do grupo adotam o sobrenome "Africa", em alusão às raízes ancestrais.
Há 105 anos, em 09/05/1920, nascia a revolucionária cubana Celia Sánchez. Estrategista e coordenadora logística da guerrilha, ela exerceu papel fundamental na viabilização da Revolução Cubana. Contamos sua história hoje, no @operamundi
Celia nasceu em Media Luna, uma cidade na província de Oriente, em uma família de classe média alta. Era filha de Acacia Manduley e do médico Manuel Sánchez. A mãe de Celia faleceu quando ela ainda era pequena, deixando 8 filhos.
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A visão de mundo de Celia foi bastante influenciada por seu pai. Liberal humanista e admirador das ideias de José Martí, Manuel costumava atender gratuitamente os pacientes pobres nos grotões de Cuba e criticava energicamente as injustiças sociais no país.
A União Soviética foi o país que mais contribuiu para a derrota do nazismo. Nenhuma outra nação lutou em tantas frentes e venceu tantas batalhas. E o esforço do Ocidente para apagar esse grandioso legado é descomunal. Leia mais no @operamundi
“Sem os Estados Unidos, a libertação nunca teria acontecido”, disse Donald Trump nesta quarta-feira, na véspera do Dia da Vitória — data em que se celebra a rendição incondicional da Alemanha nazista e o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.
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A frase de Trump é apenas a adição mais recente a um extenso catálogo de declarações revisionistas que buscam, ao mesmo tempo, apagar o papel da União Soviética na luta contra o regime nazista e exagerar a contribuição dos Estados Unidos e de seus aliados no Ocidente.
Há 133 anos, nascia Josip Broz Tito, um dos maiores líderes socialistas do século XX. Marechal Tito comandou a luta contra o regime nazista nos Balcãs e liderou o governo revolucionário da Iugoslávia. Contamos sua história hoje no @operamundi
Josip Tito nasceu em 7 de maio de 1892 em Kumrovec, na Croácia, à época parte do Império Austro-Húngaro. Envolveu-se ainda jovem com o movimento operário, filiando-se ao sindicato dos metalúrgicos e ao Partido Social-Democrata da Croácia.
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Em 1913, ingressou no Exército Austro-Húngaro, onde galgou rápida ascensão. Após a eclosão da Primeira Guerra, combateu as tropas da Rússia na Frente Oriental. Ferido em combate, foi capturado pelos russos e enviado para um campo de trabalhos forçados nos Montes Urais.