Na cidade do Rio de Janeiro, só 48% da população é negra, mas 63% das abordagens policiais têm como alvo pessoas negras. Bigodim finim, cabelim na régua e blusa do Flamengo são as justificativas dadas por policiais para escolher quem vai ser parado. Segue o 🧶do #ElementoSuspeito
Negros são os mais abordados pela polícia em todas as situações: andando a pé na rua e na praia, no uber, no ônibus, em festas. Atividades comuns para pessoas brancas são vistas como suspeitas para pessoas negras.
A pesquisa, coordenada pelo @CESeCSeguranca, traça o perfil de quem é visto pela polícia como #ElementoSuspeito: homens negros, de até 40 anos, moradores de periferia e favelas, com renda até três salários.
As abordagens policiais implicam em situações de humilhação e constrangimento, que foram as palavras mais ouvidas nos grupos focais com jovens negros. A experiência violenta mais comum é ter uma arma diretamente apontada para si.
Também são pessoas negras as que mais têm a casa invadida por agentes de segurança (79%), que presenciam outras pessoas sofrendo agressão (70%) e quem tem parentes mortos pela polícia (74%).
A pesquisa #ElementoSuspeito voltou às ruas 20 anos depois da primeira edição. Os resultados mostram que de maneira geral houve uma radicalização do foco dos agentes de segurança em relação às pessoas negras. Leia o boletim #NegroTrauma: bit.ly/3oOJdCe
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Bahia tem taxa de letalidade policial maior que a do RJ: O número mortes pela polícia em 2020 aumentou em comparação a 2013, segundo o @forumseguranca. 76% das mortes foram cometidas por PMs, no serviço ou em folga. Entenda 👇🏾
Foram registradas 6.416 mortos pelas polícias Civil e Militar, por agentes de folga ou em serviço. Houve aumento de 1% na comparação com 2019. (+)
Só em 2020, a policia matou 1.137 pessoas na Bahia. Um aumento de 47% em relação a 2019. (+)
Keron Ravach, Pietra Valentina, Luana e outras jovens foram vítimas de transfeminicídio no Ceará. A @rede_seguranca vem acompanhando como a violência transfóbica tem alcançado a vida de jovens trans cada vez mais cedo no estado. Segue o fio 🧵
No dia 08 de agosto de 2020, uma jovem travesti foi assassinada a tiros, no bairro Granja Lisboa, em Fortaleza. Ela teria cerca de 15 anos de idade. Sua identidade não foi revelada +
A adolescente trans Keron Ravach, de 13 anos, foi brutalmente assassinada em Camocim, Região Norte do Ceará, na madrugada do dia 4 de janeiro de 2021 +
O caso dos “80 tiros” completa dois anos hoje. No total, o músico Evaldo dos Santos Rosa, 51 anos, e sua família foram alvo de 257 disparos dos militares. 👇🏾
O crime aconteceu em um domingo à tarde, na Avenida Brasil, nas proximidades da favela do Muquiço, em Guadalupe. A família ia para um chá de bebê quando, segundo a perícia, 62 tiros atingiram o carro em que estavam. (+)
A esposa, o filho, uma amiga e o sogro de Evaldo sobreviveram. Mas, o catador de material reciclado Luciano Macedo foi atingido enquanto ao socorrer a família do músico. (+)
🚨 RJ: nove chacinas policiais em dois meses. @claudiocastroRJ, governador em exercício, é mais letal que @wilsonwitzel - que falava para acertar na cabecinha. As mortes em ações policiais aumentaram 161% no primeiro bimestre de 2021. Segue o fio 👇🏾
A lógica de aprisionamento em massa, que no dia-a-dia vai ser verificada pela pressa em prender pessoas, tem como consequência prisões injustas e o elevado número de presos. Esses são apenas alguns casos acompanhados pelo Observatório da Segurança SP:
SEGUE O FIO👇
Somos o 3º país com a maior população carcerária do mundo, que segundo o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), quase metade desses privados de liberdade não foram julgados ainda. Vale ressaltar que, cada preso custa aproximadamente 5 mil reais mensais para o Estado. (+)
Esses esforços de controle social baseados no punitivismo, além de custosos, acabam penalizando inocentes como Felipe, Gilmar, Jonathas e Kaique. Os efeitos da prisão nesses jovens – todos periféricos e em sua maioria pardos e negros – são devastadores (+)
A divulgação dos dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) de junho, esta semana, mostrou que a política de segurança praticada no RJ, cada vez mais baseada em operações policiais em favelas, deixa mortos e afeta a vida das comunidades – mas não tem impacto na criminalidade.
Em 5 de junho, o ministro Edson Facchin, do STF, concedeu uma liminar, no processo conhecido como ADPF das Favelas pela Vida, que determinou a suspensão de operações policiais em favelas durante a pandemia, a não em circunstâncias especiais.
Resultado: o número de mortos por intervenção policial caiu de 129, em maio de 2020, para 34, em junho. Uma redução de 74%. Os defensores da política de confronto poderiam imaginar que a violência iria aumentar. Mas não foi o que aconteceu.