Cenas do Massacre na Casa dos Sindicatos de Odessa, ocorrido na Ucrânia, em 02/05/2014. Sede de organizações sindicais e do Partido Comunista, o edifício foi atacado e incendiado por neonazistas apoiadores do Euromaidan. A chacina resultou na morte de 42 pessoas.
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Euromaidan é o nome dado à revolução colorida que eclodiu na Ucrânia em novembro de 2013, caracterizada por uma onda de protestos massivos que serviram para chancelar um golpe de Estado.
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Os protestos tiveram início após o presidente Viktor Yanukovich, aliado da Rússia, suspender as negociações do Acordo de Associação a ser firmado com a União Europeia. O acordo incluía cláusulas prejudiciais e limitava a soberania econômica da Ucrânia.
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Após rejeitar o acordo, o governo ucraniano tornou-se alvo de uma intensa campanha antigovernamental levada a cabo pela imprensa, ONGs e think tanks, exortando a população do país a demandar o rompimento dos vínculos com a Rússia e uma maior integração com a União Europeia.
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A princípio, os protestos reuniam estudantes universitários, mas logo passaram a atrair os setores médios, partidos de oposição, empresários, organizações do terceiro setor e associações patronais. As reivindicações incluíam abertura política e melhores condições de vida.
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As pautas, entretanto, logo foram subvertidas em favor de um virulento discurso antigovernista, calcado sobretudo em acusações de corrupção dirigidas contra Yanukovich — convenientemente rotulado pela ONG Transparência Internacional como "o líder mais corrupto do mundo".
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O partido ultranacionalista Svoboda ganhou respaldo de uma parcela substancial dos manifestantes e os protestos antigovernamentais logo se converteram em um movimento de cariz neofascista.
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Militantes armados da extrema-direita se agruparam para criar organizações paramilitares neonazistas como o Setor Direito e o Batalhão de Azov, passando a atacar as instalações públicas e a reprimir os apoiadores do governo e os manifestantes pró-Rússia.
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Estátuas de líderes comunistas e monumentos da era soviética foram destruídos, ao passo que colaboracionistas do regime nazista passaram a ser reabilitados como figuras heroicas — nomeadamente Stepan Bandera, líder da Organização dos Nacionalistas Ucranianos…
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…que ajudou a exterminar os judeus durante os Pogroms de Lviv. Em diversas partes do país, extremistas de direita tomaram as sedes executivas e legislativas locais.
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Reagindo à escalada fascista, os habitantes do leste da Ucrânia e da Crimeia, regiões que mantém vínculos históricos com a Rússia, passaram a organizar atos antifascistas e a exigir autonomia política, sendo severamente reprimidos pelas milícias pró-Euromaidan.
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A Rússia respondeu anexando a Crimeia e Sevastopol, baseando-se na realização de referendos que obtiveram aval absoluto à incorporação (mais de 95% de aprovação). Grupos pró e contra a Rússia também travaram violentos combates em Kiev, resultando em dezenas de mortes.
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Em fevereiro de 2014, Viktor Yanukovich foi afastado da presidência e substituído pelo interino Oleksandr Turtchynov. Poucos meses depois, o bilionário Petro Poroshenko, magnata da imprensa ucraniana, assumiu o governo.
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O processo de fascistização se aprofundou sob o governo Poroshenko, que incorporou as milícias neonazistas à estrutura da Guarda Nacional e instituiu a repressão sistemática da minoria pró-Rússia.
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Na região de Donbass, milhares de pessoas foram presas e centenas de manifestantes anti-Euromaidan foram assassinados. Habitantes do leste ucraniano foram submetidos a uma violenta campanha russofóbica. Vilas e aldeias foram bombardeadas e atacadas com armas proibidas.
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Estima-se que a repressão do governo ucraniano já tenha deixado mais de 13.000 mortos desde o golpe de 2014. O governo ucraniano baniu os partidos comunistas e organizações de esquerda e instituiu um processo de revisionismo nos livros didáticos...
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...visando modificar os relatos históricos sobre o nazifascismo e o Terceiro Reich. Também instaurou uma narrativa apologética ao nazifascismo, transformando os colaboracionistas ucranianos em heróis nacionais.
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A revolução colorida na Ucrânia e o governo neofascista pós-Euromaidan foram financiados pelos Estados Unidos e seus aliados europeus. John Brennan, diretor da CIA, e Joe Biden, vice-presidente dos EUA, se reuniram com as lideranças da oposição antes e após o golpe.
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O senador John McCain foi nomeado conselheiro de Poroshenko e auxiliou diretamente na articulação das milícias. Victoria Nuland, subsecretária do Departamento de Estado, chegou a admitir que o governo dos EUA gastou 5 bilhões de dólares financiando o Euromaidan...
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...visando retirar o 2º maior país da Europa da órbita de influência da Rússia e transformá-lo em um Estado-vassalo de Washington. Já Catherine Ashton, responsável pela política externa da União Europeia, notabilizou-se pela indiferença que manifestou...
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...ao ser informada sobre o massacre dos manifestantes pró-Rússia cometido pelos neonazistas ucranianos. O alto investimento de Washington se justifica pelo retorno financeiro proporcionado às corporações europeias e estadunidenses...
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...agraciadas com a política agressiva de privatizações dos setores estratégicos instituída pelo novo governo ucraniano, que abrange da entrega do setor energético ao controle das telecomunicações.
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A incorporação da Ucrânia à esfera de influência da Casa Branca também traz enormes vantagens geopolíticas e fornece a OTAN novas oportunidades de expansão de sua capacidade militar.
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Potencializa, por fim, o plano de obstruir a operação dos gasodutos Turkish Stream e Nordstream 2, que permitirão à Rússia fornecer gás natural para a Europa, enfraquecendo a exportação do gás liquefeito dos Estados Unidos.
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Há 105 anos, em 09/05/1920, nascia a revolucionária cubana Celia Sánchez. Estrategista e coordenadora logística da guerrilha, ela exerceu papel fundamental na viabilização da Revolução Cubana. Contamos sua história hoje, no @operamundi
Celia nasceu em Media Luna, uma cidade na província de Oriente, em uma família de classe média alta. Era filha de Acacia Manduley e do médico Manuel Sánchez. A mãe de Celia faleceu quando ela ainda era pequena, deixando 8 filhos.
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A visão de mundo de Celia foi bastante influenciada por seu pai. Liberal humanista e admirador das ideias de José Martí, Manuel costumava atender gratuitamente os pacientes pobres nos grotões de Cuba e criticava energicamente as injustiças sociais no país.
A União Soviética foi o país que mais contribuiu para a derrota do nazismo. Nenhuma outra nação lutou em tantas frentes e venceu tantas batalhas. E o esforço do Ocidente para apagar esse grandioso legado é descomunal. Leia mais no @operamundi
“Sem os Estados Unidos, a libertação nunca teria acontecido”, disse Donald Trump nesta quarta-feira, na véspera do Dia da Vitória — data em que se celebra a rendição incondicional da Alemanha nazista e o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.
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A frase de Trump é apenas a adição mais recente a um extenso catálogo de declarações revisionistas que buscam, ao mesmo tempo, apagar o papel da União Soviética na luta contra o regime nazista e exagerar a contribuição dos Estados Unidos e de seus aliados no Ocidente.
Há 133 anos, nascia Josip Broz Tito, um dos maiores líderes socialistas do século XX. Marechal Tito comandou a luta contra o regime nazista nos Balcãs e liderou o governo revolucionário da Iugoslávia. Contamos sua história hoje no @operamundi
Josip Tito nasceu em 7 de maio de 1892 em Kumrovec, na Croácia, à época parte do Império Austro-Húngaro. Envolveu-se ainda jovem com o movimento operário, filiando-se ao sindicato dos metalúrgicos e ao Partido Social-Democrata da Croácia.
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Em 1913, ingressou no Exército Austro-Húngaro, onde galgou rápida ascensão. Após a eclosão da Primeira Guerra, combateu as tropas da Rússia na Frente Oriental. Ferido em combate, foi capturado pelos russos e enviado para um campo de trabalhos forçados nos Montes Urais.
O ambiente era tétrico — e não havia como ser diferente, com tantos corpos dissecados à mostra. Mas o que era para ser uma visita a uma exposição sobre anatomia humana se tornaria um pesadelo para Kim Smith. Entre os vários corpos ali expostos, ela reconheceu o seu filho.
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O caso ocorreu em Los Angeles, nos Estados Unidos. Há anos, a exposição "Real Bodies" é uma das principais atrações do hotel e cassino Horseshoe. Um grande sucesso de público e de faturamento — vendida como uma exposição educacional sobre o corpo humano.
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A exposição exibe órgãos e corpos humanos reais, dissecados e embalsamados com uso de uma técnica chamada plastinação. A empresa responsável pela mostra afirma que os corpos são adquiridos legalmente e que são provenientes de pessoas que sofreram mortes naturais.
♫ Não boto bomba em banca de jornal
Nem em colégio de criança
Isso eu não faço não ♪
A música do Legião é bem conhecida. O episódio que ela evoca nem tanto. Entre 1980 e 81, militares brasileiros realizaram dezenas de atentados a bomba contra alvos civis.
Segue a lista🧶⬇️
Os ataques eram parte de uma campanha conduzida pelos militares da chamada "linha dura", incomodados com o processo de abertura política no país. Além de aterrorizar a população, eles pretendiam criar pretextos para restaurar o aparato repressivo dos Anos de Chumbo.
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18 de janeiro de 1980: uma bomba-relógio foi plantada no Hotel Everest, no Rio de Janeiro. O alvo era o líder trabalhista Leonel Brizola, que iria se hospedar no local. O artefato foi descoberto e desarmado antes da explosão.
Segue o fio sobre o que o governo Lula está fazendo para expandir e fortalecer o SUS — e que muita gente, pelo visto, não tá sabendo.
O orçamento da saúde que era de R$ 160 bilhões em 2022, no governo Bolsonaro, saltou para R$ 245 bilhões esse ano — 85 bilhões a mais.
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O orçamento discricionário da saúde — isso é, os gastos não obrigatórios — mais do que dobraram entre 2022 e 2024. Passaram de R$ 23,85 bilhões para R$ 55,39 bilhões.
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O governo Lula mais do que dobrou o número de profissionais contratados pelo programa Mais Médicos (aumento de 105%). São 13 mil médicos a mais no SUS, justamente nas regiões de maior vulnerabilidade social.