Nazismo com glamour: pouco tempo após o início dos conflitos armados entre ultranacionalistas ucranianos e minorias russas pós-Euromaidan, a revista francesa de moda Elle publicou uma matéria especial sobre Victoria Zaverukha, uma miliciana ucraniana.
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A miliciana de 19 anos foi apresentada pela Elle como a "Joana d'Arc da Ucrânia" e enaltecida como uma guerreira dos "comitês de auto-defesa" contra o "autoritarismo russófilo". Victoria, na verdade, integrava o Batalhão de Aidar.
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O Batalhão de Aidar é uma organização paramilitar neonazista financiada e armada pela CIA e posteriormente integrada ao Ministério da Defesa da Ucrânia. O grupo é acusado de cometer diversas atrocidades e crimes de guerra contra a minoria russa de Donbass.
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São atribuídos ao Batalhão de Adar diversas chacinas e acusações de tortura e estupro contra civis do leste da Ucrânia. Um relatório da inteligência russa publicado ainda em 2014 vinculou o batalhão a um campo de estupro onde foram achados corpos mutilados de 284 meninas.
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As graves acusações sobre o Batalhão de Aidar não impediram que a mídia ocidental glorificasse Victoria Zaverukha como um exemplo de altruísmo, coragem e empoderamento, uma obstinada guerreira ucraniana lutando "pela libertação nacional".
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A "Joana d'Arc da Ucrânia" virou um dos símbolos mais difundidos do conflito entre ultranacionalistas e as minorias russas de Donbass, emprestando ares de inocência, candura e jovialidade aos batalhões neonazistas ucranianos e criando empatia pela causa pró-Euromaidan.
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Bastaria visitar o perfil de Victoria Zaverukha nas redes sociais para verificar que a imprensa ocidental omitia fatos extremamente relevantes para compreender quem era a "Joana d'Arc da Ucrânia". Victoria é uma neonazista assumida e orgulhosa.
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A miliciana ucraniana exibia com orgulho suas suásticas, a insígnia rúnica da SS, o Sol Negro, a saudação romana e todo tipo de símbolo nazista.
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Victoria também compartilhava textos incitando o assassinato de judeus, russos e outras minorias étnicas. Em um post feito em dezembro de 2014, ela chegou a escrever que era "a favor do nazismo, do terror e do genocídio".
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Victoria caiu em desgraça após ser presa por participar de um roubo a um posto de gasolina e Kiev, ocasião em que dois policiais foram assassinados. Foi somente então que alguns veículos de mídia resolveram abordar seus vínculos com o neonazismo.
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O hábito de dissimular os vínculos entre as forças (para)militares da Ucrânia e a ideologia nazista e romantizar psicopatas degenerados como heróis combatentes da liberdade, entretanto, segue em uso, como se vê no atual conflito entre Rússia e Ucrânia.
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ERRATA
No quarto tuíte, leia-se "campo de estupro onde foram achados corpos mutilados de 286 meninas."
Aqui a "Joana d'Arc da Ucrânia" atacando a população civis de Donbass com um lançador de granada, por diversão.
A Milícia Popular Antifascista de Donetsk anunciou que começaria hoje a combater o Batalhão de Aidar, ao qual pertence essa moça. Eles utilizam essa faixa vermelha no braço.
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