Vem de fio! 🧵 Investigações procuram confirmar uma denúncia de estupro e assassinato de uma criança e verificar as motivações da queima das casas da comunidade Aracaçá, uma das mais impactadas pelo garimpo na TI Yanomami. A Hutukara Associação Yanomami (HAY) acompanha o caso.
Mas não é de hoje que a Terra Yanomami está sendo violentada pelo garimpo ilegal! Imagens aéreas, novos dados e relatos de violência mostram que as ações do Estado têm sido insuficientes para conter a ofensiva do garimpo ilegal contra os indígenas.
A Terra Yanomami sofre a pior onda de invasão garimpeira em 30 anos. Segundo o @mapbiomas, de 2016 a 2020 a área de floresta destruída pelo garimpo cresceu 3.350%. De acordo com mapeamento da Hutukara, o desmatamento causado pela atividade aumentou 46% em 2021, em relação a 2020.
É uma crise humanitária!
❌ Na região de Palimiú, os casos de malária saltaram de 100 para mais de 1.800 por ano!
❌ Em algumas regiões, os índices de desnutrição infantil superam 70%.
❌ Em 2022, crianças morreram com sintomas de Covid-19 por não receberem socorro a tempo.
Mais da metade da população Yanomami, aproximadamente 16.000 pessoas, sofre com os impactos do garimpo, como o desmatamento e a contaminação do solo e dos rios!
Mulheres e crianças estão particularmente vulneráveis a estupros, prostituição, e exploração sexual pelos garimpeiros. Registros organizados por pesquisadores indígenas contam que os invasores oferecem comida, bebida e até ouro em troca de sexo.
Em 2021, uma comitiva de lideranças de Apiaú compartilhou a situação difícil que estão vivendo com o crescimento do garimpo na região. Entre as queixas, o estupro de uma criança por um garimpeiro após ter oferecido bebida e drogas para toda a comunidade em Serrinha.
A escalada de violência contra os Yanomami é crescente! Em 2021, homens encapuzados atiraram contra a comunidade do Palimiú, em retaliação às tentativas de bloqueio do garimpo. Segundo os indígenas, duas crianças morreram afogadas tentando escapar. socioambiental.org/pt-br/noticias…
Em abril deste ano, no Xitei, onde a atividade cresceu 1000% de 2020 a 2021, pelo menos três Yanomami morreram em um conflito, fomentado pela entrada ilegal de armas levadas para a região por garimpeiros.
Em meados de 2020, um ancião denunciou os assédios sofridos para que os Yanomami aceitassem o garimpo em suas terras, o aliciamento de jovens por garimpeiros na cidade e o aumento de armas de fogo. Nada foi feito para conter a escalada de violência na região!
Como se não bastasse a escalada de violência, pode ser aprovado a qualquer momento no Congresso o Projeto de Lei 191, que regulamenta a atividade garimpeira em terras indígenas. Os Yanomami não querem o garimpo em suas terras e gritam: #PL191Não! socioambiental.org/pt-br/noticias…
Ações isoladas não vão resolver!
🏹 A proteção territorial deve ser permanente, com manutenção de Bases de Proteção Etnoambientais, controle do espaço aéreo e mais
📃 A cadeia do ouro deve ser melhor regulamentada e fiscalizada, com transparência e controle da origem do minério
Tem solução! Com vontade política, é possível acabar com o assédio ao povo Yanomami. A completa retirada de invasores da Terra Yanomami e a proteção constante do território contra garimpeiros são o primeiro passo.
📸 Divulgação
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#DitaduraNuncaMais! Amanhã (2/4), os pedidos de anistia política do povo Guarani Kaiowá, em Mato Grosso do Sul, e do povo Krenak, em Minas Gerais, vão a julgamento na Comissão de Anistia.
🧶 Entenda no fio.
#MarcoTemporalNão
A Comissão Nacional da Verdade, que investigou os crimes da Ditadura Militar, estima que 8.350 indígenas foram mortos por ação do Estado ou por sua omissão. Mas esse número pode ser ainda maior.
📸 Guarda Rural Indígena: treinados para realizar repressão nas aldeias | Funai
Foram vitimados pelo menos 1.180 Tapayuna, 118 Parakanã, 72 Araweté, mais de 14 Arara, 176 Panará, 2.650 Waimiri Atroari, 3.500 Cinta Larga, 192 Xetá, mais de 354 Yanomami, 85 Xavante de Marãiwatsédé.
Os maracás dos xamãs Yanomami inspiraram o @Salgueirooficial!
🧵 Vem de fio! O enredo “Hutukara” homenageou a beleza e a luta dos Yanomami.
Imagens: Thomas Mendel e Felipe Hutter/Hutukara/ISA
Edição: Cama Leão
“A luta é para proteger a alma da floresta amazônica, junto com o povo negro e indígena. Isso é muito importante para o Brasil e para o mundo, para continuarmos vivendo em paz”, disse o xamã e liderança Davi Kopenawa, grande homenageado da noite.
📸 Lucas Landau/Hutukara/ISA
🏹 Os cantos e a “yãkõana” embalaram a preparação das 13 lideranças da Terra Indígena Yanomami, que se pintaram com urucum e jenipapo e se enfeitaram com adereços feitos de sementes, penas e lascas de flechas.
Pesquisa da CNT mostrou que a pauta mais popular do governo Lula é a demarcação de terras indígenas: 65% aprovam a medida! Vote #PL2903NAO @davialcolumbre @eduardobraga_am @renancalheiros @jader_barbalho @wevertonrocha @omarazizsenador @angelocoronel_ @sen_oriovisto @efraimfilho
🏹 #MarcoTemporalNão! Na semana em que a tese do marco temporal volta a ser julgada no STF, o Brasil enfrenta as consequências do aquecimento global, com temperaturas extremas.
🧶 Os povos indígenas fazem um apelo pelo futuro das florestas e do planeta. Entenda no fio! 👇🏾
🚨A semana começou com o alerta da @metsul sobre uma onda de calor que atingirá grande parte do país.
Estudos indicam que eventos climáticos extremos como este serão cada vez mais frequentes no Brasil e no mundo.
🌳 As Terras Indígenas cumprem um papel importante na regulação climática.
Segundo estudo do @IPAM_Amazonia, a temperatura média anual em Terras Indígenas é menor do que a média em seu entorno. No Território Indígena do Xingu a diferença chega a 5ºC!
Querem expulsar os povos indígenas de suas terras! O plenário da Câmara pauta HOJE uma lei que vai destruir o processo de demarcação de terras indígenas. Precisamos reagir. Junte-se a nós no tuitaço contra o PL 490 e diga: #PL490NÃO
O Projeto de Lei 490/2007 permite que o governo tire de povos indígenas áreas oficializadas há décadas, escancara as Terras Indígenas a empreendimentos predatórios e inviabiliza as demarcações. #PL490NÃO
O Congresso Nacional vai votar hoje o PL 490. Ele ataca diretamente os direitos e a vida dos povos indígenas. Ele ataca o meio ambiente, invade territórios. É preciso dizer não.
Pedimos ao STF que diga NÃO de uma vez por todas a essa ameaça, uma proposta inconstitucional defendida pelos ruralistas segundo a qual indígenas só teriam direito às terras que estivessem sob sua posse na data de promulgação Constituição.
Os ruralistas criaram a tese do marco temporal como estratégia para barrar as demarcações. A manobra jurídica restringe o direito à terra apenas aos povos que estivessem sob o território no dia 5 de outubro de 1988, ou sob disputa física ou judicial comprovada. #MarcoTemporalNão