O Brasil registrou oito mortes e 47.281 casos prováveis de chikungunya, uma alta de 40% em relação ao mesmo período de 2021. Os dados são do Ministério da Saúde e foram divulgados no boletim epidemiológico 16, que reúne informações de 2 de janeiro a 23 de abril de 2022. 🧶👉
No país foram registrados 22,2 casos por 100 mil habitantes. A maior taxa foi observada na região Nordeste (65,9 casos por 100 mil), seguida pelo Centro-Oeste (15,6) e Norte (8,4).
Em relação às mortes, seis foram no Ceará, uma no Maranhão e outra no Mato Grosso do Sul. Há 12 óbitos em investigação, no Ceará (2), na Bahia (2), em São Paulo (2), na Paraíba (1), em Pernambuco (1), em Minas Gerais (1), em Mato Grosso do Sul (1), em Mato Grosso (1) e Goiás (1).
A chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que dissemina os vírus da dengue e da zika. Não há vacina para evitar a doença.
Os principais sintomas são febre superior a 39ºC, dores nas articulações, nos músculos e de cabeça e manchas vermelhas na pele. As manifestações são semelhantes às da dengue e da zika e, por isso, é importante procurar um atendimento de saúde no caso de infecção.
Para evitar a doença é preciso conter a proliferação do mosquito e adotar estratégias que evitem a picada. Moradores de áreas onde há circulação do mosquito e do vírus devem colocar areia em vasos para evitar água parada, tampar caixas d'água e usar repelente. #chikungunya
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O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) analisou dados de 195.123 testes realizados por Dasa, DB Molecular e HLAGyn, entre 1/2/22 e 30/4/22, para diagnóstico de infecções causadas por SARS-CoV-2, Influenza A/B ou Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
Os testes moleculares (RT-PCR e Flowchip) detectam partes específicas de genomas virais. Eles provêm principalmente das regiões Sudeste e Centro-Oeste (~95%). Nas últimas três semanas, os dados gerais mostram proporções maiores de testes com resultado positivo (em vermelho).
Na última semana (23 a 30/4), entre os testes positivos, 94,7% revelaram infecções por SARS-CoV-2 (covid-19) e 4,6% apontaram o VSR (Vírus Sincicial Respiratório). Entre os 1.665 testes positivos naquela semana, apenas 8 (0,5%) indicaram infecções por Influenza.
Entre 1/12/21 e 22/1/22, os laboratórios DB Molecular, Dasa e CDL realizaram 89.050 testes de covid-19. Entre 15 e 22/1, 6.199 amostras foram positivas, sendo 6.117 (98,7%) casos prováveis da Ômicron, detectados em 299 municípios de 22 UFs.
Dados de RT-PCR (Thermo Fisher) apontam que atualmente no Brasil quase todos os casos de covid-19 são causados pela sublinhagem BA.1 da Ômicron. A introdução da sublinhagem BA.2 é provável, o que levará à redução da frequência de casos com perfil SGTF (curva verde abaixo, BA.1).
Até o fim da semana 2 (15/1), nenhum caso da sublinhagem BA.2 havia sido detectado nos estados brasileiros. Essa forma da variante Ômicron é mais transmissível que a BA.1 e segue se disseminando no mundo, já sendo observada em ao menos 57 países.
A variante Ômicron do SARS-CoV-2 é altamente transmissível e fez aumentar novamente os números de casos positivos e de mortos no Brasil, assim como em outros países.
As vacinas que foram desenvolvidas nos últimos dois anos reduzem muito a chance de ocorrência de casos graves e de mortes, mas não impedem a infecção. E precisamos lembrar que as crianças mais novas estão começando a ser vacinadas agora.
Monitoramento de Ômicron
Com dados dos laboratórios DB Molecular e Dasa, 32.946 amostras foram testadas para covid-19 de 1/12/21 a 1/1/22. Na última semana do período, 337 amostras foram positivas, sendo 312 casos prováveis de Ômicron (92,6%), detectados em 80 municípios (9 UFs).
Os dados que apresentamos aqui foram obtidos por meio de um teste RT-PCR Especial (Thermo Fisher), disponível principalmente na rede privada. Apesar dos vieses inerentes à amostragem, a Ômicron pode ter alcançado prevalência acima de 60% já na última semana de 2021.
Em comparação com nosso último relatório, observa-se um aumento no número de casos prováveis, bem como de estados e municípios com detecção da variante Ômicron.
A obesidade aumenta em até 4,4 vezes o risco de morte em adultos jovens, de 20 a 39 anos, hospitalizados com covid-19 grave. Já em pacientes de 40 a 59 anos e idosos, a influência da doença é menor: aumenta o risco de morte em até 2,7 vezes e em até 1,6 vez, respectivamente.🧶
A descoberta, feita por pesquisadores brasileiros e publicada nesta semana na revista científica The Lancet Regional Health, pode influenciar futuras políticas públicas de vacinação.
"Há importante associação entre obesidade e idade no agravamento e óbito da covid-19. Isso deve ser considerado pelo poder público na definição dos grupos prioritários nas futuras campanhas de vacinação", diz Helder Nakaya, do @hosp_einstein e do ITpS, um dos autores do estudo.
Vigilância genômica no Brasil: semanas 43 a 48
Variantes detectadas de 24/10 a 4/12, com 4.152 genomas sequenciados por laboratórios independentes:
🔹Delta = 4.130 (99,47%)
🔹Gama = 11 (0,26%)
🔹Ômicron = 5 (0,12%)
🔹Outras = 6 (0,14%)
Análise: @AndersonBrito_, do @todospelasaude
Até 11/12, cinco casos da variante Ômicron foram detectados no Brasil e confirmados por sequenciamento. Até então, todos são casos importados:
🔹 SP: 3 casos
🔹 DF: 1 caso
🔹 RS: 1 caso
Variantes Ômicron BA.1 têm uma deleção no gene da proteína spike. Com testes RT-PCR especiais é possível identificar amostras com essa deleção e rapidamente confirmar casos da Ômicron por sequenciamento. Isso é positivo por um lado, mas por outro leva a vieses de amostragem.