Muitas pessoas têm perdido muito dinheiro em roubos de iPhones. Aqui vai uma série de dicas para ajudar a reduzir os possíveis danos:
1. Deixe o seu iCloud inacessível - assim o marginal não conseguirá mudar a sua senha e acessar seu FaceID/TouchID
Antes de começarmos, vamos entender como se dá o golpe:
- Após roubar o celular, o bandido altera sua senha do iCloud seguindo esse passos simples.
- Se ele não tem a senha do seu celular, nessa seção há diversas brechas para que ele consiga mudar a senha.
Mesmo que ele não tenha sua senha (o furto foi rápido e ele não pediu), ainda assim há diversas brechas onde ele pode atuar nessa mesma seção "senha e segurança".
Ao alterar sua senha de iCloud e do iPhone, o pilantra pode:
- Alterar o faceID para a cara dele, conseguindo abrir seus apps de banco
- Remover o iPhone da lista de "buscar meu iPhone"
- Abrir as senhas salvas em seu Safari/iCloud
- Ver quais e-mails você usa e acessá-los.
Agora tudo se transformou em uma bola de neve.
O bandido pode acessar os serviços e mudar suas senhas, não deixando você recuperá-las.
Também pode entrar em lojas onde você salvou seu cartão (Amazon, por exemplo) e efetuar compras.
Para reduzir a chance de tudo isso, como disse, o primeiro passo é deixar o iCloud inacessível.
Como fazer isso?
Entre em "Tempo de uso" e crie uma senha diferente da senha do seu celular. E, obviamente, recorde sempre essa senha.
Depois, nesta mesma seção, clique em "Conteúdo e privacidade" e clique em "Não permitir" nos seguintes tópicos:
Na mesma página, mas mais em cima, clique em "Compras no iTunes e App Store" e proíba tudo.
Deste modo, o ladrão não conseguirá acessar:
- O seu iCloud
- A seção de mudança de código e de FaceID
- A loja de Apps
Por que é importante bloquear a loja de Apps?
Porque, por uma falha de segurança, o app "Suporte" da Apple tem sido usado por meliantes.
2o passo: na seção "Senha e Segurança" do iCloud, mude o "número de confiança" para o número de alguém de sua confiança e que não está com você o tempo todo: um irmão que mora longe, por exemplo.
3o passo. Caso toda essa camada de proteção falhe, proteja pelo menos seus apps de Banco.
Como?
Passo 1: baixe um app gerenciador de senhas. Meu favorito é o BitWarden, gratuito e extremamente seguro
Mr. Uzendu estava jogando basquete quando caiu no chão. Os amigos achavam que ele estava fingindo de desacordado. Mas ele acabara de ter uma morte súbita.
Esta é a forma com que morrem 13% das pessoas do planeta.
Eu sou cardiologista e vou ensinar a reconhecer uma morte súbita.
Talvez por vermos tantas mortes na ficção, tendemos a pensar que a morte súbita é o simples e abrupto fechar dos olhos e perda do tônus muscular.
Mas, na vida real não é nada parecido com isso.
Primeiro, pode parecer com uma convulsão.
Muitos casos de parada cardíaca se iniciam com uma fase de elevado tônus muscular. A pessoa fica dura.
Isso ocorre em mais de 60% dos eventos de cessação da irrigação cerebral por causa definitivamente cardíaca registrados ao vivo em Tilt Tests.
O médico pede troponina, exame cardíaco que detecta infarto, e dá positivo.
Diagnóstico: Infarto.
Na verdade, Ednaldo tinha embolia pulmonar.
Os médicos nunca descobrirão este erro. Segue o fio para entender “a armadilha da troponina”.
Quando digo que “os médicos nunca descobrirão”, eu não estou falando dos médicos que o atenderam, mas me refiro a qualquer médico. O erro não é apenas diagnóstico, mas COGNITIVO.
A gênese do problema está em um viés chamado “viés da incorporação”.
Este viés existe quando o resultado de um exame dá nome a uma doença.
Lembra que falei que troponina aumentada aponta para infarto? "Infarto” é definido pelo aumento da troponina associado a clínica compatível.
Perceba que a troponina é o teste e é a definição da doença.
You've likely seen the term "slow R wave progression" in an ECG report.
But, is there a link to prior infarction? Our team conducted a Scoping Review to explore this.
Here's what we found in our study at @JElectrocardiol 🧵
Regarding accuracy, there are 4 studies (the most "modern" from 1981). After that, no further studies.
The main researcher, Zema, showed Sensitivity of 85-90% and Specificity of 56-75%. But don’t celebrate yet. We found a major issue in this analysis.
Zema's studies have a severe research bias: a selection bias where only people with slow progression were included. None of Zema’s studies is suitable for testing exam accuracy, which would compare people with the test versus those without.
Você certamente já viu o termo “progressão lenta de onda R” em um laudo de ECG.
Mas, existe relação disso com infarto prévio?
Nosso time conduziu uma Revisão de Escopo (Scoping Review) para revisar exatamente isso.
Eis o que descobrimos em nosso estudo na @JElectrocardiol 🧵
Pra termos mais robustez na análise dos estudos, sistematizamos a pesquisa da seguinte maneira: um dos pesquisadores (Eduardo Amorim) fez o que chamamos de title + abstract screening. Ele selecionou artigos que falavam sobre progressão lenta de R em doença coronária.
Depois, todos os pesquisadores avaliaram os estudos selecionados por Eduardo, determinando seus desfechos (acurácia, prevalência ou prognóstico), suas populações, vieses, etc.
Esta Scoping Review seguiu o Protocolo Prisma-ScR, uma diretriz para estudos com esta metodologia.
É a queridinha da alta classe. É quase um símbolo de status. É também símbolo da perda de dignidade profissional.
Eu estou falando de uma grande picaretagem, um golpe tão bem aplicado que tem paciente que jura que melhorou com isso.
Entenda TUDO sobre “SOROTERAPIA” neste fio.
A reposição/aplicação de micronutrientes por via endovenosa não possui nenhuma boa evidência clínica de benefício.
Quando eu falo em “evidência clínica”, quero dizer algum estudo que se prestou a observar melhora do sintoma ou da doença dos pacientes.
Todas as afirmações dos defensores da soroterapia são baseada em ciência pré-clínica, que são estudos básicos de fisiologia e farmacologia, mas que não se prestam a observar melhora real em humanos.
No campo pre-clínico, o estudo de micronutrientes é promissor. Apenas promissor.