A novela #pantanal é a cara do Brasil. De um lado um fazendeiro bom/virtuoso/rico (principalmente rico) segue a vida sem sentido pq o pai abandonou (Dom João e Dom Pedro I mandam lembranças). 1/n
Sem saber o que fazer da vida e da imensa riqueza sai fazendo filhos por aí. Não reconhece os filhos que amam ele pq fez com amantes e idealiza uma mulher “fina” do Rio de Janeiro, uma tentativa de superar sua “pobreza” emocional.
Do outro lado temos uma elite carioca quebrada e histérica que vive do dinheiro do fazendeiro mas finge ser sofisticada. Todos os personagens São emocionalmente quebrados pq não se bancam (em n sentidos).
O filho dessa elite tão pouco sabe o que fazer da vida e foge para o meo do mato em busca de férias escolares eternas. Finge que acha que esse é o sentido da vida pq na cidade não há sentido algum.
Tem o fazendeiro mal que vive de trambique de terra e mineração e trai a mulher que chifra ele com o funcionário da fazenda que sendo mal tratado vê nisso uma espécie de vingança pessoal.
E por fim tem os paulistas que organizam a papelada toda…
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Sobre o post que diz à pouco sobre Rosa Luxemburgo, Metaverso e queda da taxa de lucro disse que via isso como problema grave. Segue o gráfico da Utilização da Capacidade instalada nos EUA desde 1967.
Os saltos tecnológicos forçam muito capital para a fora do sistema, isso para não falar mão de obra, criando uma tendência de queda das taxas de lucro.
A solução liberal para isso é deixar a mão de obra o mais flexível possível para se rearranjar em cada crise, capital humano não é tão flexível assim é isto se torna um problema político importante.
Pensando aqui sobre o Metaverso e Blockchain e juntando com uma mensagem que recebi citando a economista Rosa Luxemburgo, me veio o seguinte raciocínio. (Segue o fio).
Pelo que lembro das minhas leituras de Rosa na faculdade ela tinha elaborado uma categoria chamada terceiro setor que não tem nada a ver com o que se conhece usualmente.
Para ela o terceiro setor seria uma resposta sistêmica à tendência geral do sistema capitalista em diminuir as taxas de lucro ao aumentar a quantidade de capital na produção diminuindo a margem de lucro geral ao aumentar a eficiência diminuindo o emprego de mão de obra.
Momento zen-budista no mercado financeiro. Durante algum tempo pratiquei arco e flecha (cheguei a ficar bom nisso) e hoje durante uma live que fiz com educador financeiro me veio essa imagem de novo. (Segue o fio)
Quando vc pratica arco e flecha vc no início quer acertar é o alvo. É um esporte absolutamente obsessivo: você repete o movimento à exaustão todo o movimento inúmeras vezes.
De tanto atirar flechas você “se liga” que no limite o alvo não é o alvo, é vc mesmo. Você tem que ter uma consciência absoluta do seu próprio movimento. Como você segura o arco, a posição da mão e como soltar a flecha deslisando pelo rosto o punho.
O mal estar econômico se revela como degenerescência da moeda. A inflação é uma das possibilidades, mas o descolamento entre o presente e o futuro da tx de juros também é rigorosamente o mesmo fenômeno.
A inflação, como eu vejo, é o efeito visível da luta pelo bolo econômico. Uma inflação sem controle quer dizer que um grupo está ganhando sobre o outro. Isto mostra a disputa social em ação.
Juros em altos é a mesma coisa, especialmente se a curva inclina. Mais uma vez um grupo se apodera de uma parte da renda social.
Sobre a polêmica envolvendo o tweet da @lauraabcarvalho alguns comentários. O primeiro é que não é uma polêmica, quem criticou a Laura não tem a menor idéia do conceito por ela usado de "banalidade do mal". Reduzir isso a nazismo é não entender do que se trata o termo.
Se entendi bem o diz-que-me-diz teve gente que achou que ela chamou o Mansueto de nazista. Nitidamente não é disso que se trata. Se ela chamou ele de algo, e não estou dizendo que tenha, foi de burocrata, o que no sentido original de Hannah Arendt é bem pior e mais sutil.
A banlidade do mal é um estado de mal perpetuado de maneira impensada por seus participantes que dentro de uma máquina nao ponderam suas ações. Se repete de maneira automática padrões de ação.
O problema é estruturalmente simples e o aumento da ociosidade revela por si a queda das margens de lucro totais. Isso ocorre por dois motivos: i- aumento da velocidade da tecnologia e ii- acúmulo de capital.
Segue o fio.
Capacity Utilization: Total Industry
Vemos claramente no gráfico que desde a década de 60 há aumento sistemático da ociosidade a cada nova crise. E pq isso ocorre? Em primeiro lugar a disputa entre os capitalistas por mais lucro força que haja avanço tecnológico fazendo obsoleta as tecnologias anteriores.
Isto implica dizer que quem financiou o "antigo" perdeu dinheiro uma vez que não se realizou na realidade a produção projetada, logo o fluxo financeiro esperado se rompeu.