1 - Após a partida contra o Grêmio (02/06), onde o Vasco teve uma procura por ingressos em seu site equivalentes à capacidade de 3 São Januários e meio (cerca de 80 mil), o clube decidiu transferir o duelo com o Cruzeiro para o Maracanã, visando comportar a torcida vascaína.
2 - Além do grande apelo do público, a gestão atual do Vasco deixa claro desde o início que utilizar o Maracanã é uma meta, já que há interesse em participar também da licitação. Um jogo grande como contra o Cruzeiro também foi para o Vasco demonstrar sua força e testar +
3 - como está o relacionamento com o consórcio, Flamengo e Fluminense. Em cerca de 48h os ingressos esgotaram e o lastro que o Vasco queria foi demonstrado pela força de sua torcida. Após solicitar data e condições para o jogo, os valores do aluguel e das taxas surpreenderam +
4 - O Maracanã, através do consórcio, cobrou R$ 250 mil de aluguel e mais R$ 130 mil em taxas (basicamente água e luz, segundo uma fonte que participou de toda essa negociação e conversei nesta tarde). Porém, em 2019, quando Fluminense e Flamengo fizeram a proposta para +
5 - administrarem o estádio, ficou acordado que o Vasco teria um aluguel de R$ 90 mil para atuar no estádio, como foi neste ano, contra o Flamengo, pelo Cariocão, mais R$ 75 mil de taxas. Ou seja, o custo total pulou de R$ 165 mil para R$ 380 mil. Mais do que o dobro.
6 - O Vasco, estranhando o valor, prontamente enviou um e-mail contestando esses valores, já que há poucos meses havia pagado o que estava acordado. O Maracanã respondeu, “de forma seca”, alegando que não haveria alteração e que, se quisesse jogar no estádio, seria dessa forma.
7 - Em todas as trocas de e-mail, o Vasco copiou também o Governo do Estado, já que, apesar do consórcio, o Maracanã segue sendo um bem do Estado. Flamengo e Fluminense também foram copiados, mas em momento algum se manifestaram. Deixaram para o consórcio receber.
8 - Apoiado juridicamente, o Vasco enviou outro e-mail dizendo que o que eles estavam fazendo não tinha base. Questionaram os motivos dessa decisão e se Flamengo e Fluminense também teriam seus aluguéis alterados. O consórcio não respondeu, mas os borderôs recentes sim.
10 - Os borderôs (final do fio) mostram aluguéis de R$ 90 mil para Fluminense x Atlético-MG e Flamengo x Fortaleza. Foram os jogos mais recentes da dupla Fla-Flu dentro do Maracanã é que não sofreram alterações nas cobranças feitas pelo consórcio.
11 - O Vasco, se sentindo prejudicado, acionou o Governo que, através da Casa Civil, notificou o consórcio e abriu um processo administrativo para investigar o caso. Internamente, o clube considera uma vitória já que o Governo deu razão à reivindicação do Vasco no caso.
12 - Foi colocado um prazo máximo de pagamento do aluguel pelo consórcio para o Vasco: 72 horas antes da partida. O Vasco tinha algumas opções: pagar integralmente, pagar em juízo, pagar apenas R$ 90 mil ou não pagar e discutir judicialmente depois. Porém, com aparo jurídico +
13 - O Vasco resolveu pagar os R$ 250 mil. Por quê? Além dos torcedores do RJ e do Cruzeiro, vascaínos de 22 estados estão envolvidos nesta partida e virão de outros locais para assistir ao clássico nacional no Maracanã. O Vasco não queria dar margem alguma para o consórcio +
14 - ter algum argumento e dificultar a realização da partida, para que nenhum torcedor fosse prejudicado por conta da briga. Mas outros episódios aconteceram na “guerra”, como minha fonte chamou a briga entre Vasco x Maracanã.
FAIXAS, BARES E TORCIDAS.
15 - O Vasco solicitou ao consórcio a utilização de faixas como “Respeito, igualdade e inclusão”, exatamente como detalhado na primeira imagem. Fluminense e Flamengo, por exemplo, utilizam faixas como essas em seus jogos. Nenhuma irregularidade, provocação ou mensagem ofensiva. +
16 - Mas, após o pedido, o consórcio ainda solicitou o conteúdo das mensagens e, pasmem, proibiu sem nenhuma justificativa plausível. Além disso, no contrato de aluguel enviado, o consórcio tirou a participação do Vasco na porcentagem de lucro dos bares do Maracanã +
17 - Algo normal e que qualquer mandante tem direito como, por exemplo, aconteceu na partida entre Vasco x Flamengo no Cariocão. O Vasco, mesmo assim, assinou o contrato pois, caso não o fizesse, o consórcio poderia dificultar em outras áreas como catraca, funcionários e afins.
18 - Ou seja: o Vasco entende que o consórcio não quer que o clube, de forma alguma, faça parte do Maracanã. Seja por questão de gramado (número de jogos) ou de administração. Dificultou de todas as formas para que o Cruz-Maltino desistisse. Inclusive, o CEO do consórcio +
19 - ligou para o CEO do Vasco e reafirmou que as posições continuam as mesmas (sobre aluguel, bares e afins) e que, se o clube quiser jogar lá, vai ser dessa forma. O Cruz-Maltino, como dito, já tomou as medidas cabíveis, considera a atuação do consórcio “absurda” e seguirá +
20 - lutando pelo direito de mandar alguns jogos no Maracanã.
“O Vasco foi o primeiro campeão da história do Maracanã. O Maracanã não é nosso, o Maracanã é de todos. Esse é o nosso lema”. Finalizou o membro da diretoria vascaína.
Borderôs:
Esse é o número 9 do fio, galera. Só pra não ficar confuso.
resolver*
QUAIS*
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Com o momento do Vasco, Julio Brant e Jorge Salgado se reuniram no último sábado a fim de buscar soluções viáveis, da parte financeira e estrutural do clube, para que o time suba em 2022. Uma mudança geral foi proposta. Siga o fio 🧶:
A reunião aconteceu porque a oposição está preocupada com os rumos que o Vasco está tomando. Para eles, não há perspectiva de resultado com a condução atual.
Líder da oposição no conselho, Julio Brant propôs a injeção de 20 milhões de euros no futebol do clube imediatamente, constituindo uma “pré-SAF”, algo que seria dividido em departamentos específicos visando o investimento no futebol profissional masculino, feminino, base e futsal
Faxina natural do elenco, principalmente pelos jogadores que estão em fim de contrato e não desempenharam o esperado. Vanderlei, Ernando, Zeca, Walber, Michel, Romulo, Morato e Léo Jabá são alguns deles. (+)
Outros como Andrey, Cano, MG, Caio Lopes, João Pedro, Halls e Daniel Amorim têm situações indefinidas. Mas Andrey, com mercado na Série A e o desgaste que já tem no Vasco, deve sair do clube. Cano depende de uma redução salarial, porém também não deve ficar.
TÉCNICO:
Diniz também tem contrato até o final do ano e sua situação está completamente indefinida. Tudo depende dos rumos que a diretoria vai tomar com as mudanças iminentes que vão acontecer no fim da Série B. Já não é mais unanimidade.
O que eu penso: a primeira coisa a ser feita é reformular o elenco. Já citei aqui que ficaria com, no máximo, 10 atletas. O elenco se mostrou incapaz e foi montado com o aval de outro treinador, mas o atual também gosta de peças que não têm mais condições de atuar pelo Vasco.
Salgado pode amar o Pássaro, mas não pode, de forma alguma, largar o futebol do Vasco na mão dele. E essa reformulação depende da humildade de reconhecer que não deu certo e não vejo isso no presidente e muito menos no diretor.
Isso passa por F. Diniz. É um técnico que deu a vida, acertou, fez o Vasco jogar algum tipo de futebol, e depois errou no percurso. Normal. Mas ficar com ele significa o próprio entender que a reformulação é urgente. Sem gostos pessoais. É ceifar 70% do elenco e começar de novo.
Sobre Michel: o volante está fazendo fisioterapia por conta do problema que teve no joelho, mas o tratamento não está sendo suficiente para que ele possa desempenhar o que um atleta de alto nível precisa entregar. Por isso, Vasco e Grêmio já discutem uma artroscopia (+)
, que é um procedimento menor do que uma cirurgia, mas necessário para tentar fazer o jogador voltar a atuar. O fato de Michel não ter conseguido jogar com frequência no Vasco por conta das lesões tem afetado diretamente a vida pessoal do atleta. (+)
Ele tem passado por problemas familiares e busca acompanhamento psicológico para poder superar essa situação. Procurei o Vasco para saber sobre o futuro do atleta e o clube preferiu se reservar quanto ao jogador. (+)
O Vasco é o clube que comemoram a contratação de um goleiro de 37 anos, em clara decadência, em vez de dar oportunidade a um ativo de 20 com passagens pelas divisões de base da seleção. “Ah, mas ele também falha”. Falha e tem margem para crescer em todos os aspectos.
O outro era reserva do contestado - sendo carinhoso - Paulo Victor. A verdade é que, se fizer as contas direitinho, tem, PELO MENOS, 5 pontos perdidos na continha do experiente arqueiro.
E que fique claro: eu falo isso DESDE A CONTRATAÇÃO do goleiro. Há meses. Não tem oportunismo aqui. Erro e acerto. Essa eu fico tranquilo pra dizer que é avisado há tempos.