O Dólar fechou a semana com alta de +3,33% em relação ao Real, em R$ 5,15/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou quera de -0.2 bps na semana, atingindo 12,69%.
O que esperar para semana que vem?
No cenário internacional, os destaques serão os discursos de dirigentes do Fed, decisão de juros da China, inflação ao produtor da Alemanha e prévia de PMIs.
No Brasil, ata do Copom, IPCA-15 e a arrecadação federal.
Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira
Nessa semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de -R$ 200 milhões, até o dia 15/06.
A Bolsa no Brasil segue atrativa em diferentes métricas.
Siga o fio 🧶
1. O Brasil está barato quando comparamos com sua própria média histórica:
Atualmente, o Preço/Lucro do índice Ibovespa negocia a 6,8x – um desconto de -40% em relação à média histórica dos últimos 15 anos em 11,3x.
2. A bolsa está barata mesmo quando removemos as commodities da conta.
Quando removemos as empresas ligadas aos setores de Materiais e Energia, o P/L vai para 10,6x, que continua abaixo dessa média histórica de 12,0x.
📉 -10% em 3 dias 📉 Isso foi o que o Nasdaq caiu em apenas 3 sessões
O tamanho e rapidez da queda chamam muito a atenção, e muitos investidores se perguntam se a Bolsa americana já marcou fundo?
Alguns motivos que merecem atenção, no curto e médio prazo:
1) Preço: o tamanho do estrago em preços foi grande, principalmente dentro dos índices.
Muitos de vocês já viram esse gráfico, com o % alto de ações no Nasdaq que já caíram mais de 50-70% do pico.
2) Valuation, apesar da bolsa americana ainda não estar “barata”, o ajuste de múltiplos já foi grande, com uma queda do P/E de 22x para próximo de 17-18x, mais próximo das médias históricas.
Dia de reunião do Fed e Copom, um fio sobre o novo paradigma.
Mudança de regime: desde a crise de 2008, quase todos os problemas que o mundo enfrentou foram combatidos da mesma forma: com mais estímulos monetários e fiscais, mais endividamento e mais impressão de moeda.
🧶 1/n
Vivemos em um cenário onde os Bancos Centrais se tornaram os “super-heróis” dos mercados, prontos para salvar a todos quando um vilão se aproximasse.
A pandemia marcou o auge dessa política - mais de US$25 trilhões em estímulos no mundo e expansão do balanço dos BCs em $10tri.
Daqui adiante, porém, os Bancos Centrais podem se tornar mais vilões do que super-heróis, pois terão que deflacionar a economia global, após anos de políticas que visavam retomar a inflação.
Choque de oferta, e por que você tem que se preocupar com isso?
No dia 06 de outubro de 1973, o Egito e a Síria iniciaram um ataque à Israel, durante as celebrações do feriado judaico de Yom Kippur.
1/n… 🧶
Como retaliação ao apoio americano e da Europa ocidental à Israel durante a guerra, que ficou conhecida como “a guerra do Yom Kippur”, os países do Oriente Médio interromperam o fornecimento de petróleo para os EUA e para vários países europeus.
Como consequência, o preço do petróleo subiu de US$3,56/barril em julho de 1973 para US$11,16/barril em 1975, mais do que triplicando de preço em um curto período de tempo.
Alguns gráficos 📊 do Financial Times sobre os mercados em 2020/21:
1/8: Os Bancos Centrais expandiram seus balanços em U$8 trilhões em 2020, e 2021 o JPM espera mais US$5 trilhões- ou seja, as impressoras seguirão ligadas. 💰💰
2/8: o rali desde os lows no fim de Março foi muito forte em todas classes de ativos. Liderança para Small Caps americanas e Tech, >80% de alta desde que o Fed fez o anuncio da bazooka em 23-Março.
3/8: Apesar da pandemia, 2020 foi o 2o ano consecutivo de altas de dois dígitos nas Bolsas mundiais, lideradas pelos EUA.
Três anos seguidos de altas fortes é difícil, mas não é impossível.
A VOLTA DA INFLACAO? QUAL DELAS?
A roda dos mercados desde o início da Pandemia. BCs imprimem dinheiro novo e governos aumentam estímulos: US$18tri desde Março, 21% do PIB global. Aumento da oferta de $ nos EUA subindo +23% vs. 2019, o maior aumento desde os anos 60... (segue)
Onde vai parar esse $ novo? Nos títulos de Renda Fixa dos governos. O rendimento dos títulos de 10 anos de vários países está em: EUA 0,65%aa (era c2% em Jan), Suiça (-0,47%), Alemanha (-0,45%), França (-0,13%), Japão 0,01% etc...
Hoje já existem US$13 Trilhões em dívida com juros negativos no mundo. Caso os Treasuries americanos virassem pra juros negativos (ainda improvável), esse número iria pra uns $40 trilhões. Os alocadores de capital que tem esses títulos são empurrados para ativos de risco.