Todo mundo deve ter notado que, desde o IPO, a Espaçolaser (ESPA3) não parou mais de apanhar.
Até o momento, ela acumula uma queda de quase 90% , um dos piores resultados no período para todo o Bovespa.
Mas vocês sabem o que está por trás desse movimento?
1) Logo no IPO, os problemas já começaram.
Os fundadores Tito, Paulo e Ygor venderam boa parte das suas ações na oferta.
Esse fator gerou a insegurança do mercado, afinal, caso eles esperassem grande valorização para as ações, obviamente não as teriam vendido naquele momento.
2) Como vocês também podem ver na imagem acima, a maior parte da oferta foi secundária,já que maior parte do dinheiro foi para o fundo de PE da L’Catterton.
O pouco que sobrou em oferta primária foi destinado a:
•Aquisição de sociedades controladas e franquias.
2) Até aí, tudo ok.
Parece que os gestores do negócio realmente estão comprometidos com o crescimento do mesmo, aplicando os recursos em fontes que podem gerar um ótimo retorno futuro.
Entretanto, as coisas são mais bonitas na teoria do que na prática.
3) O grande problema é que quando vamos mais a fundo, descobrimos que a maioria das franquias eram dos fundadores ou de familiares deles.
Pensa só, em meio a centenas de franquia é muito difícil que tantas com melhor custo benefício sejam de partes relacionadas aos gestores.
4) Esse movimento só pode nos levar a uma única conclusão:
Mesmo que o foco tenha sido o crescimento das operações, os principais membros da administração do negócio aproveitaram para colocar uma grana no bolso.
5) Como costumo dizer, o mercado não perdoa.
Após a queda acentuada, parece que Paulo Morais, até então CEO da empresa, não aguentou a pressão e renunciou do cargo de Presidente, evidenciando a crise interna que o negócio vem vivendo.
6) De nada adianta o negócio ter um ótimo projeto e um grande potencial de crescimento se sua gestão está comprometida.
É muito difícil esperar qualquer recuperação sem uma forte mudança interna.
Foi assim com outras empresas e vai ser assim com a #ESPA3.
7) Mas os problemas não se limitam apenas a gestão. O momento econômico também é péssimo para a empresa.
Não vou me aprofundar muito, mas:
•Os serviços da empresa são altamente substituíveis;
•A taxa de juros em alta faz com que ela queime mais caixa;
...
•As subsidiárias da empresa se encontram em países que também passam constantemente por problemas econômicas (ex: Argentina);
•A flexibilidade dos pagamentos gera um risco de iminente inadimplência frente a recessões;
•O mercado consumidor a ser atendido é finito.
E aí, deu pra entender agora o porquê as ações caíram tanto?
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Você sabe qual o método correto de DCF a ser utilizado em cada tipo de empresa (FCFF ou FCFE)?
E o motivo por, ao menos no Brasil, o FCFE ser muito pouco aplicado?
É sobre isso que vamos falar nessa thread. Caso goste, deixa aquele LIKE e RT!!
1)
Primeiramente, qual a diferença entre os dois Fluxos de Caixa?
O FCFF leva em conta o Fluxo de Caixa para a Firma como um todo.
Nele, são considerados tanto o patrimônio dos credores, quanto dos acionistas.
As movimentações nessa duas variáveis ocorrem por meio do WACC.
1)
Ao fim do cálculo, chegamos no Enterprise Value.
Caso seguirmos essa opção, temos que descontar o valor da Dívida Bruta do EV para chegarmos até o Valor de Mercado Justo da companhia, já que o capital de credores e acionistas não foi discriminado anteriormente.
Já vi muita gente falando em comparar o ROIC com o WACC, mas vocês sabiam que isso é totalmente inviável?
No longo prazo, praticamente SEMPRE, o ROIC e o WACC vão ficar em patamares próximos.
Você sabe o porquê isso acontece?
Segue a thread 🧵
Primeiramente, o que é ROIC?
O ROIC é o retorno gerado pelo capital total aplicado em uma empresa.
Ou seja, quanto NOPAT (= EBIT x (1 - IR)) é gerado para o montante total (capital de credores e acionistas) aplicado em um negócio em dado período de tempo.
Já o WACC, remete ao custo de capital de uma empresa.
Ele é o retorno que esses dois grupos que acabamos de falar exigem para emprestar/aplicar seu dinheiro no negócio da empresa.
Como vocês devem saber, a grande maioria dos Ativos Intangíveis presentes em um negócio não são contabilizados nos Balanços.
Mas o que a maioria dos investidores não sabem, é que essa não contabilização pode fazer com que eles tomem decisões erradas e percam $$.
O primeiro passo é entender o que são esses “Intangíveis”.
Como o nome já diz, ao contrário dos “Imobilizados”, esses ativos não são palpáveis, ou seja, não tem uma existência física.
Como exemplos temos os softwares, concessões e até mesmo marcas.
•Curiosidade sobre os softwares:
Aqueles antigos softwares de caixinha que você comprava no mercado são contabilizados como Imobilizado. Já as licenças digitalizadas, mais comuns atualmente, se enquadram como Intangíveis.