"Unmute civil society" (Ligar o microfone da sociedade civil) é a discussão de hoje que a sociedade civil propôs no Fórum Político de Alto Nível da ONU #HLPF2022 . Não poderia haver outro título para discutir a participação das OSC aqui. Explico porquê 👇🧶
É preciso primeiro entender que a participação da sociedade civil em eventos da ONU acontece a partir de uma aplicação da organização para ter status consultivo. É um processo bastante burocrático, que exige série de documentos comprobatórios e demora anos. (1/n) #HLPF2022
Por exemplo, a Campanha Brasileira pelo Direito à Educação aplicou em 2020 e demorou 2 anos para sermos aprovados. Mas não fica por aí. Aqui na sede da ONU em NY, para o Fórum Político, é preciso também integrar 'Major Groups' (Grupos Maiores) organizados por tema. (2/n)#HLPF2022
Já estive aqui neste evento na sessão de 2019 e agora volto em 2022, 'pós pandemia'. Na versão deste ano, para assistir as sessões oficiais das revisões dos ODS, era preciso ainda ter um 'passe especial' para poder acessar as plateias, cuja distribuição é uma incógnita. (3/n)
Afinal que conseguimos passes, pedindo para parceiros, que nos deram alguns e que orientaram onde pegar, uma sala onde eram distribuídos, com limitação. A 'sorte' é que neste ano poucas pessoas vieram presencialmente, então a disputa era menor. (4/n) #HLPF2022
Para podermos falar nas sessões oficiais, o problema é ainda mais complexo. Geralmente não sobra tempo do debate, após os painelistas e os países falarem, para participação da sociedade civil. E, quando sobra, são poucos minutos, para uma pessoa, representando o Grupo Maior.(5/n)
Os grupos enviam nomes indicados para falas nos painéis. Só recebemos as confirmações no dia da sessão e, muitas vezes, somos cortados sem justificativa. É o que aconteceu comigo neste ano, iria falar na sessão sobre financiamento e horas antes soube que não fui confirmada.(6/n)
Podemos propor eventos paralelos (side events), mas dos quais também são selecionados somente alguns, já sendo uma lista imensa, e acontecem antes das sessões (7h30 da madrugada) ou todos ao mesmo tempo. (7/n)
Tudo isso sem contar com os problemas estruturais: o quanto é caro vir para NY; o quanto financiadores muitas vezes não têm dimensão da importância das OSC estarem aqui e não apoiam essas viagens; o quanto restrita a lista de línguas oficiais é, se tornando barreira(8/n)#HLPF2022
E, por fim, todos os eventos paralelos deste ano foram online e, caso não possa vir presencialmente, há transmissao ao vivo das sessoes oficiais, o que não permite que pessoas com precária conectividade ou tecnologias participem. É o que chamam de 'digital divide'. (9/n)#HLPF2022
Há ainda aqueles que acreditam que a sociedade civil não precisa participar, porque suas ações são movidas a partir dos Estados. Como se a sociedade civil não tivesse papel de controle social. É um comentário que foi trazido aqui nesse debate de hoje. (10/n) #HLPF2022
As recomendações trazidas aqui para os Estados agirem pela participação da sociedade civil são: 1. Maximizar as oportunidades e vantagens das TIC e da digitalização em reuniões e processos da ONU; (11/n) #HLPF2022
2. Acabar com a exclusão digital; 3. Garantir uma participação significativa em todas as etapas das reuniões e processos da ONU; 4. Criar um Dia de Ação da Sociedade Civil anual, ou seja, à margem do HLPF ou da Assembleia Geral; (12/n) #HLPF2022
Hoje, aqui no Fórum Político de Alto Nível da ONU #HLPF2022 , vamos avaliar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4, sobre educação. Vamos ver o que a ONU e os Estados têm pensado nesse momento de 3 anos de pandemia... Começa agora a sessão, comento ao vivo aqui. 🧶👇
Leonardo Garnier, assessor especial para a Cúpula de Educação Transformadora, comenta que é preciso garantir educação com tecnologias abertas, melhorar o financiamento com justiça fiscal, superar as barreiras das desigualdades raciais. #HLPF2022 (1/n)
Haoyi Chen, da divisão de estatística da UNDESA, reforça que a educação remota excluiu milhões de crianças durante a pandemia e conflitos. Ela traz luz aos desafios de infraestrutura e de atendimento psicossocial para as crianças nas escolas no retorno às aulas. (2/n) #HLPF2022
Crise econômica diante da necessidade de financiamento global. É o tema debatido agora na ONU, em NY, no Fórum Político de Alto Nível #HLPF2022 . Comento ao vivo aqui 🧶👇
Jeffrey Sachs @JeffDSachs: "Precisamos de um aumento massivo do financiamento oficial, por meio do multilateralismo e de expansão massiva do financiamento estatal, especialmente de países de alta renda para países de baixa renda." (1/n) #HLPF2022
@JeffDSachs "Será por meio dessa expansão que teremos a transformação para ter crianças na escola e outros investimentos prioritários [não por meio de expansão de investimentos de capital]", continua Sachs. (2/n) #HLPF2022
Delegação da sociedade civil brasileira no Fórum Político de Alto Nível 2022 na ONU. Hoje começam os trabalhos de avaliação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e nós estamos aqui nos debates e cobrindo ao vivo. Siga🧶
PR do @UNECOSOC inicia comentando seu entusiasmo com a agenda, a despeito do cenário de crise global, com conflitos e pandemia. Olha para o crescimento da economia, institucionalização de medidas de proteção social pós-pandemia, e fortalecimento do multilateralismo. (1/n)
"Sabemos os desafios e as soluções, precisamos de vontade política e investimentos para implementá-las", afirma o PR do @UNECOSOC . "Viemos aqui com o propósito comum de nos comprometermos novamente com a Agenda 2030", complementa. (2/n)
"muitos eram como ele, não eram pervertidos nem sádicos, eram, e ainda são, terrivelmente normais. Do ponto de vista de nossas instituições jurídicas e de nossos padrões morais, essa normalidade era muito mais aterrorizante que todas as atrocidades juntas." Hannah Arendt (+)
Não tem um dia sequer desde ao menos 2016 que eu não pense sobre a banalidade do mal, da obra Eichman em Jérusalem, de Arendt. (+)
O conceito de "banalidade do mal" trata sobre o que ela chama de "desenraizamento" das experiências humanas em relação à realidade, da amoralidade, da subserviência à ordens, do acriticismo. (+)
“Realizar o Enem nesse momento de emergência sanitária e ignorando toda a exclusão escolar do ano que passou é reiterar uma política educacional excludente, classista e racista”, enfatiza Pellanda. (+) #AdiaEnembrasildefato.com.br/2021/01/06/com…
"Primeiro, a falta de investimento, em um governo marcado por políticas de cortes e austeridade, impediram a garantia de condições de trabalho para profissionais da educação e de estudo para estudantes." E isso já deixa esse Enem ainda mais desigual. (+)
"Em segundo lugar, ela ressalta que as políticas foram elaboradas sem construção democrática com a comunidade escolar, ignorando as realidades e necessidades dos estudantes, pais e trabalhadores da educação." Exclusão digital e das políticas educacionais emergenciais para quem? +
O Fundeb foi regulamentado! E a imprensa segue contando a história que quer. Na @folha: "A ONG Todos pela Educação divulgou um estudo (...). A divulgação do estudo antecedeu o recuo iniciado no Senado e confirmado na Câmara." (+) www1.folha.uol.com.br/educacao/2020/…
Não, querido jornalista. Na segunda, 14/12, a @camp_educacao e a Fineduca lançaram um estudo que calculava R$ 16 bi de perdas, considerando não só a perda para as filantrópicas. Só metade da imprensa noticiou, porque o TPE lançou um estudo, dias depois, com metade do dado. (+)
E além do nosso estudo, teve uma mobilização imensa de educadoras e educadores, parte da rede e liderados pela @camp_educacao e @CNTE_oficial, que levantou as redes sociais e conversou com todos os senadores pedindo pela responsabilidade com a CF 88. (+)