Sabe o que a maior chacina da história de SP e o assassinato de Marielle e Anderson têm em comum? Uma munição 9mm. Não uma qualquer. Uma munição desviada da @gov_pf, que foi usada em pelo menos 19 mortes. Veja no #fio como o dinheiro público foi usado em crimes emblemáticos ⬇️
Poucos dias após a execução brutal da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, a polícia descobriu que a munição 9mm usada no crime havia sido comprada pela Polícia Federal, com recursos públicos e depois desviada.
O lote de munições usado nas mortes de Marielle e Anderson já era conhecido pela polícia por ter relação com outros crimes. Entre eles, a maior chacina de São Paulo (Osasco e Barueri, em 2015), que contou com atuação de policiais militares e guardas municipais.
O desvio das munições usadas nas 19 mortes já estava comprovado pela polícia, mas um problema tornou a identificação dos responsáveis impossível: falha na marcação. As munições saíram de um lote irregular, com inúmeras munições marcadas com o mesmo código, apontou @renatamariz.
Como é feita a marcação de munições? Um lote deve ter 10 mil munições distribuídas em apenas 1 ou 2 unidades policiais, o que facilita a identificação. O lote UZZ18 usado na morte de Marielle tinha 1,8 milhão de munições (quase 200 vezes mais do que o permitido).
Vários fatores contribuíram para a falha na marcação da munição: A @gov_pf que aceitou lote irregular; o @ExercitoOficial, que autorizou compra sem exigir o cumprimento da Portaria; e a Companhia Brasileira de Cartuchos, que marcou quase 2 milhões de munições com o mesmo código
4 anos depois da morte de Marielle e Anderson, e da comprovação das falhas na marcação das munições usadas no crime, o Ministério Público Federal vai começar uma uma investigação para apurar problemas na rastreabilidade de armas e munições.
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As armas de fogo mataram mais crianças e adolescentes do que os acidentes de carro em 2020, nos EUA Em um país onde é fácil adquirir armas, muitas tragédias acontecem em ambientes supostamente seguros. Hoje, Dia Mundial do Desarmamento, veja esse experimento assustador. #fio ⬇️
A TV @abcnews escondeu armas verdadeiras e descarregadas na sala de uma escola infantil com 44 crianças. As crianças eram instruídas a não encostar nas armas. O objetivo era testar se a curiosidade das crianças ia se sobrepor ao pedido de não tocá-las.
O experimento foi feito porque grupos pró-armas dizem que se as crianças tiverem contato cedo com elas, aprenderão sobre seus riscos e estarão mais protegidas. Mas o resultado é desesperador. Meninos apontam a arma para o próprio rosto, miram no colega, apontam pro alto...
É muito ruim ser assaltado. E talvez você já tenha pensado: "se tivesse uma arma a situação poderia ter sido diferente". Sim, poderia! Mas provavelmente não do jeito que você imagina. Segue o #fio para saber porquê.
A dona Elvira Matos, 61 anos, foi vítima de um assalto a ônibus que terminou em tiroteio. Ela estava a caminho da ginástica, quando um policial à paisana reagiu ao assalto atirando dentro do ônibus LOTADO. Dona Elvira morreu e outras 3 pessoas ficaram feridas.
🔎 Jacqueline Sinhoreto e @RenatoSdeLima realizaram uma pesquisa analisando casos de roubos em uma época em que civis podiam andar armados. Descobriram que 7 em cada 10 pessoas armadas que reagiram a assaltos tomaram tiro. Andar armado aumentou a chance de morte da vítima em 56%.
Um pai matou o filho de 11 anos com tiro acidental em Formosa (GO) no último sábado. No mesmo fim de semana, um menino de 11 anos foi morto no Pará durante uma brincadeira com a espingarda do pai. Por que cada vez mais crianças são vítimas de acidentes com arma de fogo? #fio ⬇️
O tiro que matou o menino de 11 anos em Goiás veio de uma das 4 armas guardadas em casa. O pai é atirador esportivo e estava fotografando uma das armas para vender quando acionou o gatilho e disparou contra o filho. Ao ver o filho morto, ele tentou tirar sua própria vida.
No Pará, Pedro Henrique, de 11 anos, estava brincando com um amigo de 9 anos quando foi atingido e morto por um disparo acidental de espingarda. O caso aconteceu em maio. A espingarda pertence à família da vítima, que a usava para caça. Elas não sabiam que a arma estava carregada
4 anos da morte de Marielle e Anderson, #4anosSemRespostas. A arma do crime nunca foi encontrada, mas através do rastreamento da munição foi possível saber quem deu os tiros. E se não pudéssemos saber de onde vieram as munições? É isso que está pra acontecer! Entenda🧶
Ainda não se sabe quem mandou matar Marielle e Anderson, ainda não há #JustiçaPorMarielleEAnderson.. A investigação já passou por 5 delegados e nenhum deles concluiu o inquérito. A submetralhadora HK MP5 utilizada no crime nunca foi encontrada.
Apesar da arma que matou Marielle e Anderson não ter sido encontrada até hoje, com rastreio da munição descobriu-se que a bala era de um lote vendido para a Polícia Federal, em 2006. As munições foram desviadas e pararam nas mãos de Ronnie Lessa, ex-PM acusado pelo assassinato.
Sabia que a maioria das Polícias do país não tem controle eficaz de seu estoque de armas e munições? Esse arsenal, com armas mais potentes, de calibre restrito, tem pouco ou nenhum controle. Isso facilita desvios e depois estas armas são usadas contra a população. Siga o #fio ⬇️
Quase a totalidade (85%) das das instituições policiais não tem um bom sistema de controle de armas em seus paióis, como mostra o levantamento do @MPF_PB. Apenas 5 estados têm controle eletrônico de munição nas polícias. oglobo.globo.com/politica/orgao…
Sem sistemas eficientes de controle fica fácil para agentes corruptos lucrarem desviando armas e munições. Em agosto, PMs e civis foram presos em PE sob a suspeita desvio de mais de 300 armas. Não havia monitoramento na sala onde elas estavam armazenadas. jc.ne10.uol.com.br/pernambuco/202…
Quem está por trás do assalto em #Araçatuba, que deixou 3 mortos e 4 feridos? Hoje é mais difícil saber, já que insumos usados nas bombas, armas e munições são mais difíceis de ser rastreadas desde a revogação de portarias de fiscalização, em 2020 #Fio do @blangeani do @isoudapaz
As bombas usadas pelos assaltantes em #Araçatuba são parecidas com as usadas por grupos terroristas. Os explosivos são conhecidos como IED - Improvised Explosive Device, em português "artefato explosivo improvisado” (+)
Em março de 2020 foi publicada nova regulamentação prevendo que vários insumos usados nos explosivos em #Araçatuba, como emulsão, espoleta e cordéis detonantes, tivessem marcação em QR Code e dispositivos que permitissem identificação (+)