“COTAS SIM, NEGROS NEM PENSAR!”
Lançamos hoje o Boletim ”Quem são os anticotas no Brasil?”. Nele, mapeamos os que querem acabar com a política que colocou milhares de negros nas universidades. Segue o #fio para entender
“É um processo de atualização do mito da democracia racial”, aponta a pesquisadora Carol Canegal, “Uma gramática da branquitude que é monocular, fragmentada e que acaba por focalizar em favor pela perpetuação de privilégios e interesses próprios.” cartacapital.com.br/politica/novat…
De todas as proposições em curso na câmara e no senado sobre a Lei de Cotas, cerca de 40% sugerem a extinção ou mudanças estruturais na política que facilita a inclusão – sobretudo da população negra brasileira– ao Ensino Superior.
O Boletim chamado Quem são os anticotas do Brasil analisou qual a visão do Brasil sobre a política pública em três setores: intelectuais, imprensa e no Poder Legislativo. correiobraziliense.com.br/euestudante/en…
Segundo @thalesmvieira, o resultado mostra que os dois primeiros setores, em parte mudaram a percepção sobre as cotas após os resultados da política, porém, argumentos contrários usados por esses setores há mais de dez anos são utilizados até hoje pelo para ameaçar a lei.
"É o que a gente chama de síndrome de Curupira. O corpo avança para o sucesso, mas os pés continuam apontando para trás” @thalesmvieira
Homens brancos do 1% mais rico têm mais renda que todas as mulheres negras do país. Quer entender onde a branquitude entra nisso? Segue o #fio:
"O pensamento da política econômica é branca e é masculina...É dever do Estado pensar em políticas que atendam todas as demandas sem discriminação de raça, classe e gênero." @waleska_miguel
O racismo é um sistema complexo de dominação que, por um lado, confere aos brancos a posição de privilégio das estruturas políticas, econômicas, sociais e jurídicas, e por outro, aos negros os lugares de menor estima social.
Das 304 universidades públicas do Brasil, 295 têm reitores brancos. Esse é um problema causado pela branquitude. Segue o #fio para entender:
"Isso não é por acaso, é uma marca do racismo estrutural. Não podemos naturalizar isso. O fato de hoje eu estar como reitora da Uezo não pode ser colocado como “um esforço meu” no sentido de insinuar que quem não conseguiu é porque não se esforçou."
Luanda Moraes
A sobrerrepresentação, ou seja, a representação excessiva de pessoas brancas em espaços de poder exemplifica e gera desigualdades raciais. Racializar a discussão sobre poder no Brasil é um caminho importante para decifrarmos a permanência da branquitude nesses espaços.