Hoje faz uma semana do #DiaDaAmazonia; a gente resolveu fazer uma provocação: e se a AMAZÔNIA FOSSE UMA EMPRESA, TIPO A AMAZON?
Afinal, ela é a maior produtora de água doce do mundo, e tem a maior rede de distribuição de chuva do Brasil. Bem vindo ao power point da Amazon(ia)
Mêo, veste o coletinho e vem aqui que a Amazônia é um puta case study! Pra começar: é a primeira multinacional ever. Ela está presente em seis países: Brasil, Peru, Bolívia, Equador, Colômbia e Venezuela. Em termos de market share, representa 67% das florestas tropicais do mundo.
No mercado interno brasileiro ela tem uma marca fortíssima. É top of mind e líder de segmento em dez estados: Amazonas, Acre, Pará, Amapá, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Maranhão, Goiás e Tocantins.
Não é à toa que a Amazon(ia) é team leader. Ela tem assets valiosíssimos que valorizam e trazem dividendos aos shareholders. Por exemplo: a captura de gás carbônico. As árvores da Amazon(ia) capturam 2 bilhões de toneladas de CO2 toneladas de oxigênio, por ano, da atmosfera.
(Agora, o último CEO da empresa tem sido tão nefasto que a Amazon(ia) passou a produzir mais CO2 do que capturar, em função das queimadas. Mas esperamos que os mais de 100 milhões de acionistas com poder de voto mudem logo essa administração 😉)
E a água, mêo, já parou pra pensar na importância da água? Então, 45% da água potável subterrânea do Brasil e 20% da água doce do mundo tá lá. Imagina se a Amazon(ia) não existisse o perrengue que ia ser depois daquele beach tennis? Cê é loko…
E aí vem a dica de ouro: sabe o que a Amazon(ia) também é? Um banco. Melhor, uma fintech. É isso mesmo, a região é o maior banco genético do mundo, concentra uma variedade absurda de plantas e animais. É tipo um MIT, um laboratório avançadíssimo, só que outdoor!
É na Amazon(ia) que fica um terço das árvores do planeta - esse é o core business de lá. Por isso que combatemos madeireiro disfarçado de Faria Limer que só vê riqueza em árvore serrada. Árvore de pé é muito mais que um pedaço de madeira, é o seguro para a nossa sobrevivência.
Além disso, sabe o que tem na Amazon(ia)? Gente. Muita gente. São mais de 20 milhões de habitantes, 12% da população do Brasil. Ribeirinhos, quilombolas, indígenas, imigrantes. Gente que vive da floresta e defende a floresta.
Mas tem gente que não vê esse potencial de growth orgânico, que prefere a Amazon(ia) grilada, queimada ou destruída pelo garimpo. No way! A riqueza da floresta está em mantê-la de pé. É isso que vai determinar o lugar do Brasil - e do planeta - no futuro. We have a deal?
OBRIGADO, BOLSONARO - um 🧵 para agradecer pelas coisas boas que Jair Bolsonaro proporcionou ao Brasil nos últimos anos.
Jair Bolsonaro foi o pior presidente desde a redemocratização. Saiu do poder numa fuga patética, à altura da figura minúscula que é. Deixa um legado de destruição, mas é preciso reconhecer o seguinte:
Jair também deixa ganhos. Se liga:
1. Fortalecimento da sociedade civil.
Bolsonaro foi um câncer administrativo que precisou ser combatido diariamente para que a Democracia não caísse morta.
E na falta de um governo, muito do combate coube à sociedade civil. ONGs se uniram, o terceiro setor se fortaleceu.
A lógica Dilma ou lógica Marina, eis a questão - um fio para explicar por que Lula não pode repetir decisões antigas no quesito ambiental.
Em um ponto do seu segundo mandato, Lula esteve em uma encruzilhada entre o ambientalismo de Marina Silva e o desenvolvimentismo de Dilma Rousseff, e escolheu a segunda opção.
Era 2008, e Lula tirou do Meio Ambiente a coordenação do Plano Amazônia Sustentável (PAS). Foi um golpe em Marina, que já acumulava desgastes desde que Lula passara a endossar Reinhold Stephanes, ligado ao agronegócio, nomeado um ano antes para a Agricultura.
Imagina uma árvore de 88,5 metros de altura. Uma árvore mais alta que o Cristo Redentor. Que a Torre de Pisa. Que um prédio de 30 andares. Ou que a tumba do Olavo de Carvalho. Pois ela existe, tem pelo menos 400 anos, e vive no norte do Pará, na Amazônia. Mas corre perigo.
O angelim-vermelho foi encontrado em setembro (o que dá uma ideia de como ainda há diversidade e desconhecimento na Amazônia), por uma equipe de pesquisadores chefiados pelo professor Eric Gorgens, que levou 4 anos para fazer 5 expedições na Flota do Paru uol.com.br/ecoa/ultimas-n…
A árvore é a maior da América Latina e a quarta maior do mundo. Ao seu redor foram localizadas outras árvores de 70 ou 80 metros, o que fez com que o lugar fosse chamado de Santuário das árvores gigantes.
Saiu hoje na Folha. Joaquim Leite, o obscuro emissário do agro que substituiu Ricardo Salles no Ministério do Meio Ambiente, foi sondado por Tarcísio para chefiar a Secretaria de Agricultura em São Paulo. Pq será? Qual é o legado de Leite no MMA?
Spoiler: PIOR DO QUE SALLES.
Quando Ricardo Salles deixou o Ministério do Meio Ambiente, nós comemoramos. Mas sabe aquela frase do Ulysses Guimarães de que a pior legislatura é sempre a próxima? Aplica-se ao bolsonarismo também: trocou-se um destruidor espalhafatoso por um mais discreto.
Leite era titular da Secretaria da Amazônia e Serviços Ambientais do MM. Antes disso, atuara como conselheiro da Sociedade Rural Brasileira, uma das organizações que representam o agro, de 1996 a 2019. congressoemfoco.uol.com.br/temas/meio-amb…
Bolsonarista adora falar que uma vitória do PT transformaria o Brasil numa Venezuela zzzzz…
Agora, o que ninguém fala é que uma vitória de Bolsonaro transformaria o Brasil num… Irã.
É sério. Cola aí nessa mini aula de história.
Nesses últimos meses o Irã tem sido notícia por causa do assassinato de uma jovem moça pela POLÍCIA DE COSTUMES (sim, o nome é exatamente esse). De tão revoltante, o caso gerou algo raro no país: grupos de mulheres organizando revoltas populares.
O que pouca gente sabe é que o Irã era um oásis progressista no Oriente Médio. De 1941 a 1979 o país foi governado pelo xá Reza Pahlavi. Havia universidades reputadas, e uma certa liberdade feminina.
Isso aqui, por exemplo, eram revistas iranianas na década de 1960: