🚨Materiais inéditos obtidos pela Pública mostram que Ibaneis Rocha (MDB), candidato à reeleição e líder nas pesquisas para o governo do DF, foi advogado de um dos maiores grileiros do país enquanto governava o estado. agen.pub/ibaneis
Em 2016, como principal sócio de um renomado escritório em Brasília, Rocha tornou-se um dos advogados de três réus acusado de grilar uma porção de terras equivalente ao Rio de Janeiro inteiro, mas disperso pelo extremo sul do Piauí – em plena fronteira agrícola do país.
Segundo ex-juízes e professores em Direito ouvidos pela Pública, o estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) proíbe a advocacia a governadores com mandato em vigor.
Entre os então clientes de Ibaneis e seu escritório constava o suposto mentor do esquema, o falecido empresário Euclides de Carli – “dono de quase o Piauí inteiro”, segundo a justiça estadual –, tido como um dos maiores grileiros do país.
O governador do DF e sua firma representavam legalmente no caso, além de Euclides, os réus Maria Cecília Prata de Carli, esposa do suposto grileiro, e Solo Sagrado Colonização e Negócios Ltda, uma empresa supostamente usada no esquema.
Os três seriam, segundo as investigações, peças-chave na grilagem, por meio da qual teriam sido fraudados registros de mais de 124 mil hectares de terra no sul do Piauí, segundo denúncia do MP consultada pela reportagem.
Em junho de 2021, um desembargador concedeu uma liminar no caso que beneficiou, indiretamente, os três réus. Segundo a justiça, o suposto esquema de grilagem da área já teria movimentado quase R$200 bilhões. agen.pub/ibaneis2
A decisão que anulou todas as medidas já tomadas pelo juizado responsável pelo caso, a Vara Agrária de Bom Jesus (PI), foi motivada após o pedido de um advogado suspeito de ter cometido grilagem na região.
Os materiais obtidos pela Agência Pública mostram que o candidato à reeleição no DF deixou este processo pouco depois da decisão judicial – que segue válida, segundo relatado pelo Ministério Público (MP) à reportagem. Procurado, Ibaneis Rocha alegou não ter atuado no caso.
Menos de três meses após a concessão da controversa liminar já havia registros de desmatamentos ilegais em parte das áreas supostamente griladas.
Organizações sociais como a @Rede_SJDH têm registrado o aumento da violência contra camponeses na região, com ataques e intimidações ligados à disputa por terras no sul do Piauí – supervalorizado por estar em plena fronteira da soja no país.
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🚨#PúblicaNasEleições Rondônia tem sido descrita como “reduto do bolsonarismo na Amazônia”. O governador do estado “passou boiada” com lei que fez desmatamento explodir em parque estadual, reduzindo unidades de conservação e estimulando invasões. 🧶
Ataques se tornaram frequentes para fiscais da Sedam e policiais militares que operam em ações de fiscalização ambiental no Parque Guajará-Mirim, em Porto Velho. A realidade é semelhante para ativistas socioambientais e indígenas da região.
Eles descrevem um recrudescimento no clima de hostilidade embalado pela forte influência política de Jair Bolsonaro no estado.
🚨Quem bancou a ida de tratores no 7 de setembro em Brasília? A Agência Pública identificou proprietários de 24 dos 28 veículos que participaram do evento na Esplanada dos Ministérios. O investimento foi de até R$ 15 mil. 🔗agen.pub/tratores
A lista contém nomes de grandes empresários de implementos e maquinários agrícolas, produtores rurais e representantes de sindicatos regionais do agro.
De acordo com a apuração, foram os produtores que pediram a Bolsonaro para integrar a comemoração e a maioria das colheitadeiras e tratores perfilados na Esplanada veio de Goiás, mas também havia ruralistas gaúchos, donos de concessionárias multados por desmatamento.
Ex porta-voz de Donald Trump e CEO da rede social Gettr esteve no ato bolsonarista de 7 de setembro em Copacabana com totem inflável e distribuição de camisetas. 🧶 agen.pub/gettr7set
“Não tomamos partido. A Gettr é para todos. Nós defendemos o livre discurso, a volta da diversão no uso das redes sociais e adoramos o Brasil, nosso segundo maior mercado”, afirmou o criador da rede Jason Miller, em entrevista à Pública.
Miller estava ao lado de um totem inflável com os dizeres “Gettr – Chegou a hora de dizer o que pensa do jeito que quer!”. Em 2021, ele foi questionado pela PF no aeroporto de Brasília, também no dia 7 de setembro.
Cabo de guerra nas redes: se as ruas no dia 7 foram bolsonaristas, nas redes, o dia foi de uma batalha intensa pelo significado do #7DeSetembro. Segue o fio para conferir a análise. 🧶
A disputa está nesta imagem: de vermelho, tweets contra Bolsonaro e pró-Lula; de amarelo, azul e verde, a rede bolsonarista. A @agenciapublica analisou 84 mil tweets com a hashtag #7desetembro, que foi a que alcançou maior destaque no trending da plataforma.
Os vermelhos largaram na frente. Contas críticas a Bolsonaro começaram a tuitar desde cedo, levantando hashtags contrárias ao presidente pro topo, como mostramos na reportagem: agen.pub/tts7setembro
Pública no 7 de setembro: Nossa equipe está nas ruas em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro acompanhando os atos de hoje. Também estaremos de olho nas movimentações das redes com o Sentinela Eleitoral. Acompanhe aqui nossa cobertura 🧵
Brasília: Operadores dos tratores que irão participar do desfile neste 7 de setembro estão reunidos no Ministério da Justiça. Eles começam a posicionar os veículos para o início do evento.
Fotos: Alice Maciel/Agência Pública
Barreira com blocos de concreto na via de acesso aos fundos do prédio do STF, em Brasília, impede a passagem de veículos. O acesso ao STF é liberado apenas a veículos credenciados.
🚨Membros do chamado Foro Conservador, que puxaram atos em 2021, organizam caravanas com ônibus e alimentos, mobilizam redes e articulam encontros com parlamentares e autoridades do Governo Federal para o 7 de setembro. #PúblicaNasEleiçõesagen.pub/foroconservador
Na época da fundação, em agosto de 2021, eles enviaram um ofício ao gabinete de Bolsonaro solicitando uma reunião com o presidente e se apresentando como uma “coalizão de forças para a construção dos próximos atos em defesa da nação e das eleições transparentes e democráticas”.
O Movimento Brasil Verde e Amarelo também afirmou que irá enviar 28 tratores para desfilar na Esplanada dos Ministérios, junto aos tanques militares. O movimento foi responsável por financiar outdoors espalhados em Brasília convocando a população para as ruas.