Thread by @lukissima

🧶4 anos que milhares de mulheres ocuparam as ruas do Brasil pra dizer #EleNão no que foi o maior ato público do Brasil desde as Diretas.

É bom lembrar que no dia 29 de setembro de 2018 a direita já vinha desembarcando de suas candidaturas oficiais para apoiar Bolsonaro👇🏾

Começo dizendo isso pq sempre aparece engraçadinho pra dizer que o #EleNão ajudou a eleger Bolsonaro. Naquela altura já havia a dobrada informal BolsoDoria, o PTB já sinalizava o desembarque da campanha Alckmin e Bolsonaro se reunia naquele dia com lideranças evangélicas. 👇🏾

A criação do grupo de FaceBook "Mulheres Unidas contra Bolsonaro" pela ativista Ludimila Teixeira e que reuniu mais de 2 milhões de mulheres naquela rede social. O grupo sofreu ataque, inclusive, de bolsonaristas que hackearam a conta de diversas administradoras.👇🏾

É nesse cenário da direita migrando seu voto para Bolsonaro e assim tentar acabar com a disputa eleitoral de 2018 no 1° turno que inicia a convocação de manifestações feministas em diversos estados do Brasil.👇🏾

Estive na articulação do ato aqui de São Paulo desde a primeira reunião. Não sabíamos qual tamanho seria, mas sabíamos que era importante estabelecer parâmetros mínimos sobre o que nos unificava e nos fazia ir pra rua.👇🏾

Disso surgiu um manifesto político que foi lido em diversas manifestações e que demarcava qual o compromisso que tinham as mulheres que ali estavam organizando aquele momento.👇🏾

Dá pra ler o manifesto do #EleNão nessa matéria do Brasil de Fato da época. 👇🏾 brasildefato.com.br/2018/09/27/mul…

Havia muita tensão, os ataques virtuais sofridos pelo grupo de FaceBook, os relatos de agressões na rua durante as campanhas, especialmente de mulheres. Tudo isso deixava a todas que estavam na organização receosas, mas sabíamos que era necessário estarmos nas ruas.👇🏾

Garantimos a participação aqui em São Paulo de todas as mulheres progressistas de chapas presidenciais como a @ManuelaDavila, @MarinaSilva e @GuajajaraSonia. Mas além delas outras figuras públicas femininas também compareceram.👇🏾

A organização era composta por mulheres de movimentos feministas, partidos políticos, coletivos autônomos, movimentos sindicais, movimentos negros e indígenas. Somando uma força não apenas representativa, mas também programática.👇🏾

Ouso dizer que com toda a movimentação da direita pra se perfilar junto a Bolsonaro o #Elenão ajudou para que houvesse o 2° turno em 2018.👇🏾

Mas pra além das disputas eleitorais, o #EleNão ajudou a consolidar uma resistência importante contra Bolsonaro que significou a presença massiva de mulheres nas ruas não apenas no atos de 8 de março que se seguiriam, mas em diversas outras mobilizações.👇🏾

Não a toa Bolsonaro tem grande rejeição entre mulheres e isso não é qualquer coisa pq somos a maioria do eleitorado brasileiro. Suas demonstrações cotidianas de misoginia desde antes de 2018 ajudaram a fortalecer essa resistência que hoje é demonstrada nas pesquisas eleitorais.👇🏾

Relembrar o que foi o #EleNão há 4 anos e às vésperas do 1° turno dessas eleições é também lembrar da importância que as mulheres organizadas ou não tiveram no duro combate contra Bolsonaro ao longo desses anos. Uma vanguarda diversa politicamente e aguerrida.👇🏾

*PRB

No dia 2 de outubro iremos não apenas defenestrar Bolsonaro, mas demonstrar que @LulaOficial
terá junto de si mulheres dispostas a lutarem pelos seus direitos e suas vidas em qualquer adversidades.

DIAS MULHERES VIRÃO!