O que Damares está fazendo não é uma "tradução" do QAnon, ela está usando a mesma tática que usou para infiltrar sua ong (e aliados) em terras indígenas. Inventa uma falácia que mobiliza que revolta a população e a partir dela começa a construir suas relações de poder.
Ela fez isso com a falácia de que o infanticídio é uma prática comum entre os povos indígenas. Por meio dessa falácia, que até hoje muita gente acredita, ganhou poder político e chegou onde chegou. Agora que o projeto se esgotou, ela desenha uma nova estratégia de poder.
Não é de agora que Damares vem tentando se embrenhar pelo Marajó, uma região geografica e culturalmente muito importante no Pará.
Dito de outra forma, o que está acontecendo é muito mais grave do uma simples (e simplória) importação do QAnon, é a nova etapa de um projeto de poder que desenha há, pelo menos, duas décadas.
Que Bolsonaro não vai aceitar a sua provável derrota nas urnas é óbvio, a censura do relatório da Defesa indicando que não houve fraude no primeiro turno é um indicativo claro. Outro indicativo claro é uma operação de FALSEAMENTO, PRESENÇA e ISOLAMENTO que está em curso.
Bolsonaro está se utilizando do "ultraempirismo" para garantir o apoio popular a um eventual autogolpe. Basicamente, o presidente quer mostrar que a sociedade brasileira, a imensa maioria, o apoia de maneira inequívoca, que o apoio ao PT é artificial, simulado.
FALSEAMENTO: aumentou consideravelmente o número de notícias falsas que afirmam que as pessoas que participam dos protestos do PT ou estão sendo obrigadas (pelo tráfico, por patrões) ou sendo financiadas. Há, inclusive, vídeos com "atores" espalhando esse tipo de mentira.
Bolsonaro é cristão? Que cristão é esse que persegue seus irmãos de fé? Nesse vídeo, a @MarcelleBolive1 e sua mãe, Dona Márcia, cristãs, nos falam sobre como ele e seus aliados perseguem e atacam os cristãos que não o idolatram! Fala mesmo, Marcelle!!!
Bolsonaro é cristão? Como um homem que debocha do sofrimento das pessoas, que faz piada com quem morreu sem ar por conta do seu próprio descaso, pode se dizer um discípulo de Cristo?
Compartilhe, baixe os vídeos e distribua em suas redes, mande no WhatsApp, telegram. Se preferir, aqui tem a versão completa para baixar! Vamos fazer isso chegar em quem precisa ouvir essas verdades!
Numa campanha política, tão importante quanto o "vira voto" é a "remissão do voto", isto é, estratégias que visam diminuir o número de votos disponíveis para um determinado candidato. Por exemplo, aumentando a sua rejeição em setores que talvez pudessem se interessar por ele.
A direita, especialmente a extrema direita, vem se especializando nesse tipo de estratégia. Fomentando a rejeição de pautas e de candidatos à esquerda e/ou progressistas entre setores da sociedade que poderiam ser interessar por eles.
Em larga medida, nos EUA, a estratégia da Cambridge Analytica consistia em identificar eventuais eleitores da Hillary Clinton e, por meio de propagandas específicas, demovê-los do voto.
Tem anos que eu monitoro grupos evangélicos nas redes sociais, basicamente, eles se tornaram a minha maior fonte de informações sobre as ações da direita depois que os grupos intervencionistas foram "fechados". E digo: eu nunca vi algo semelhante ao que está acontecendo agora.
Não é "apenas" fake news. É coerção explícita, é ameaça de expulsão, de maldição, é assédio moral, perseguição aberta por parte das lideranças. Do outro lado, muitos fieis assustados, com medo de manifestar qualquer descontentamento com medo de serem descobertos.
E vejam bem, não estou falando de pessoas com medo de dizer que vão votar em Lula, estou falando de pessoas que tem medo - a palavra é essa - de simplesmente dizer que estão incomodadas com a forma como as igrejas (isto é, as lideranças) estão abraçando Bolsonaro.
A tática do Bolsonarismo, até para contestar a provável derrota, é parecer maior do que de fato é. Criar a imagem de que os insatisfeitos são uma minoria. As atuais inserções midiáticas do Bolsonaro mostram bem isso. Enquanto isso, o tuiteiro segue desmobilizando baseado em nada.
Fontes ligadas ao governo afirmaram que a ordem do recuo veio de cima, do próprio Bolsonaro e seus estrategistas, que temiam que as ruas ficassem lotadas de opositores às vésperas da eleição. E isso não é um bastidor exclusivo, isso chegou a ser reportado em vários veículos.
O governo teme que o corte em uma área sensível, especialmente por afetar os hospitais universitários, reúna, nas ruas, diferentes setores da oposição. Mas nada disso impede o tuiteiro de emitir a sua opinião baseado em absolutamente nenhuma evidência.
Perdi completamente a minha paciência com essa esquerda de internet que não faz nada além de reclamar e desmobilizar. Essa semana foi o auge, o governo morrendo de medo das pessoas irem para as ruas para protestar contra os cortes na educação e eles desmobilizando protestos.
"Ah, mas é só um um pessoal no twitter". Sim, a rede onde a esquerda está agregada, a rede que pauta a ação de políticos (de esquerda), a rede que ainda forma muita militância.