4 Ditos populares que falamos que tiveram origem na escravidão - segue o fio🧶
O escravizado passava o dia dentro de minas de ouro, lugares estreitos e consequentemente se ralava todo, daí a expressão:
Tive que ralar muito.
Nas minas os escravizados faziam buracos nas paredes que chamavam de buchos, para esconder o ouro coletado durante a jornada. Quando enchiam os buchos ou estavam satisfeitos com a quantidade, daí a expressão:
Bucho cheio.
Os escravizados eram forçados a cumprir metas diárias de mineração de ouro, muitas vezes impossíveis. Pequenas quantidades de ouro, como dez gramas eram desprezadas e vistas com desdém, resultando em castigos e abusos. Como dez gramas significava um fracasso, daí a expressão:
Numa viagem ao interior de Minas Gerais, o Imperador Dom Pedro II observou, no meio da multidão, uma negra que fazia grande esforço para se aproximar dele, mas as pessoas à sua volta procuravam impedi-la.
Compadecido, ordenou que a deixassem aproximar-se.
“Meu senhor, eu sou Eva, uma escrava fugida, e venho pedir a Vossa Majestade a minha liberdade.”
O Imperador mandou tomar as notas necessárias, e prometeu dar-lhe a liberdade quando regressasse. E efetivamente entregou à cativa o documento de alforria.
Algum tempo depois…
indo a uma das janelas do Palácio se São Cristóvão, no RJ, viu um guarda a tentar impedir que uma negra velha entrasse.
Sua memória prodigiosa reconheceu imediatamente a ex-escrava de Minas Gerais, e ele ordenou: “Entre aqui, Eva!”
ACRE • o nome vem de ‘aquiri’, corruptela de ‘uwákürü’, vocábulo do dialeto Ipurinã que denominava um rio local.
ALAGOAS • deriva dos numerosos lagos e lagoas que banham a região. Só Maceió possui 17 lagoas das mais de 30 no Estado.
AMAPÁ • a origem desse nome é controversa.
Na língua tupi, o nome Amapá significa ‘o lugar da chuva’.
A tradição diz, no entanto, que o nome teria vindo do nheengatu, uma espécie de dialeto tupi jesuítico, que significa ‘terra que acaba’, ou seja: ‘ilha’.
AMAZONAS • o nome, que se transmitiu do rio à região e, depois, ao Estado, deve-se ao explorador espanhol Francisco de Orellana que, em 1541, ao chegar à região, teve de guerrear com uma tribo indígena.
O cronista da expedição relatou que os guerreiros eram, na verdade…
O lendário cão Argos, conhecido pela sua velocidade e inteligência, esperou 20 anos pelo retorno de seu amado dono, Ulisses (Odisseu), a Itaca.
Quando Odisseu se aproximou de sua casa, ele encontrou Argos velho, abandonado e maltratado, vítima de tiranos que tomaram sua terra…
ameaçando e matando quem ousasse enfrentá-los. O único que reconheceu Ulisses disfarçado de mendigo foi Argos, nem seu velho amigo o reconheceu. Ele ainda tinha força para baixar as orelhas e abanar o rabo, como que querendo se despedir, mas não conseguiu se levantar…
Incapaz de cumprimentar seu amado cachorro pois esse gesto revelaria sua verdadeira identidade, Ulisses passou por Argos (com os olhos marejados de lágrimas). Argos morreu abanando o rabo depois de ter reencontrado com Ulisses, após 20 longos anos.