Apesar da origem bem documentada do futebol na Inglaterra contemporânea, é inegável que diversos povos tinham jogos que envolviam uma bola, duas equipes jogando com os pés e até além dentro de um campo. Vou fazer alguns fios ao longo desta copa sobre estes jogos! #BrasilNaCopa
O antigo esporte grego, Episkyros (do grego Ἐπίσκυρος - “bola comum”) era jogado entre duas equipes e uma bola, dentro de um campo delimitado. Duas equipes teriam um número igual de 12 a 14 participantes.
As regras do jogo permitiam que usassem as mãos e os pés. O campo retangular tinha três retas que o atravessavam. Uma linha posicionada no centro do campo, entre as duas equipes e as outras duas linhas atrás de cada equipe.
Parecia uma queimada sem o objetivo de atingir alguém com a bola. A bola era grande e leve, feita de couro e recheada com plumas bem macias. Imagine uma bola de plástico macia com a qual você vê as crianças brincarem na praia. Isto tornava o jogo dinâmico.
O objetivo do jogo grego era ter a posse da bola, e passá-la para um colega de equipe que se posicionasse atrás da linha após a equipe adversária. Portanto o time tinha que prestar atenção na bola e evitar que o time adversário atravessasse o próprio campo. Um jogo de estratégia!
A equipe no controle poderia chutar ou lançar a bola entre ou por cima da cabeça de seus oponentes, mas se deixassem cair a bola ou ser interceptada pelo adversário, o outro time toma posse e tem como objetivo levar a bola para o outro lado do campo.
Não existe registro de quanto tempo durava o jogo e apesar de não fazer parte dos esportes disputados nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, é possível dizer pelas menções em diversas fontes que era um esporte popular, sendo muito praticado antes do controle romano da Grécia.
A melhor evidência do jogo está exposta no Museu Arqueológico Nacional de Atenas. Um baixo relevo de mármore onde um jovem equilibra a bola com a coxa. Os arqueólogos estimam que este vaso foi fabricado entre 400 e 375 aC. É a mesma imagem do atual troféu da Eurocopa da UEFA.
Como a Grécia foi fortemente militarizada durante esse período, não é de surpreender que o antigo jogo de bola grego fosse baseado na organização da equipe e na formação defensiva. Em Esparta, jogar episkyros fazia parte do treinamento militar inicial de um menino.
Aliás, todos os anos, em Esparta, durante o festival anual da cidade, era realizado um torneio, onde as equipes disputavam este jogo de uma forma mais brutal, tendo sido relatados diversos casos de morte de praticantes da modalidade durante os jogos.
Em outros fios a gente vai para a China, Roma, Europa Medieval e até mesmo para a Mesoamérica!
Minha fonte para este vídeo foi um livro que eu adorava ler, o “História dos esportes” de Orlando Duarte.
Entrevistador: Gostei muito de Ensaio sobre a Cegueira, mas não é uma leitura fácil. É um livro difícil. A tradução é muito boa.
Saramago: Você sabia que Giovanni Portiero, meu antigo tradutor de inglês, morreu?
Entrevistador: Quando?
Saramago: Em fevereiro. Ele morreu de AIDS. Ele estava traduzindo Ensaio sobre a Cegueira, que terminou quando morreu. Perto do fim, ele próprio começou a ficar cego por causa da medicação que seus médicos lhe deram.
A melhor parte da abertura dos Jogos Olímpicos de 2024 é que ela rompeu quase que definitivamente com a estética de parada militar, criada por um sujeito chamado Joseph Goebbels.
Sim, os n4z1stas criaram aquele modelo de desfile para a abertura das Olimpíadas de Berlim em 1936.
A começar pela ideia de trazer a chama olímpica da Grécia até Berlim em uma tocha carregada por diversos atletas em revezamento.
A ideia de Hitler era demonstrar que a Grécia era uma das origens da raça ariana e que o Reich seria uma continuação desta tradição.
Hitler incumbiu o arquiteto Werner Marchde construir o Olympiastadion, maior estádio olímpico construído até então, para sediar a abertura dos Jogos, a disputa de várias modalidades e a cerimônia de encerramento.
Há 65 anos, a Bélgica organizou uma exibição ao vivo de pessoas do Congo como 'Zoológico Humano' para a Exposição Mundial de 1958: como parte da comemoração de avanços sociais, culturais e tecnológicos do pós-guerra.
Um dos principais monumentos da cidade de Bruxelas, o Atomium, foi construído especialmente para a Exposição. Tal qual a torre Eiffel ,deveria ser desmontado ao fim do evento, mas foi mantido e passou por uma recente restauração.
Mas além deste março futurista, esta Exposição em particular ficou marcada por hospedar o último zoológico humano. Sim, seres humanos expostos como animais em 1958.
Uma galera fala que professores que defendem a revogação do Novo Ensino Médio simplesmente querem o retorno ao modelo anterior. Também falam que é uma intransigência pedir a revogação, sendo que com alguns ajustes o NEM funcionaria. Estas duas premissas estão muito erradas. 🧵
Alguém viu a @KellVila , a @sofiabhlisboa , o @profinfluencer , @andressapelland , @paoladcs e tantos outros professores defenderem apenas revogar o NEM? Todos, repito: TODOS defendem que o Ensino Médio seja um reflexo de Educação Pública de Qualidade para todos os estudantes.🧵
E para isto acontecer não basta mudar o currículo, não basta melhorar salários, não basta melhorar a infraestrutura e os recursos físicos das escolas, não basta investir na formação. Temos que haver um esforço de toda a sociedade pela escola.🧵
Ouvi o último episódio do @medoedeliriobr . Também fiquei, para dizer o mínimo, incomodado com o Aparte que defende o Novo Ensino Médio e "puxa a orelha do campo progressista", taxando de conservadores os que defendem a revogação do NEM. Vai um fio sobre o que penso:
A grande verdade é que boa parte da sociedade ignora, algumas vezes propositadamente, o que acontece nas escolas. A discussão sobre o Novo Ensino Médio vem de longe, com tentativas de reforma desde a década de 1990, sempre à margem da cobertura da grande mídia.
A maioria das pessoas não têm uma opinião sobre ser contra ou favorável ao NEM por simplesmente ignorar do que se trata e o que está reforma defende. E as Fundações aproveitam este vácuo para benefício próprio.