Desejo sorte ao novo governo, mas não espero paz. Os próximos anos serão como sempre: cheio de fanáticos incapazes de conviver com a pluralidade assediando críticos, tratados como inimigos do país e defensores da volta do governo anterior.
A cada 4 anos o ciclo reinicia.
O assédio permanecerá vivo. Mas com novas cores, slogans e bandeiras.
A imprensa comunista virará ultraliberal.
A #globolixo será golpista.
A Falha de SP abrigará o esgoto do fascismo.
Quem atacava Bolsonaro, será acusado de bolsonarista na primeira crítica, culpado de espalhar ódio. Aqui mesmo, nas replies, você verá isso.
O governo, aliás, não terá oposição. Terá "odiadores". Odiar o governo, a partir de agora, será sinal de intolerância, não de democracia.
E não se engane: como o bolsonarismo provou, nada disso será monopólio petista.
Esse é o nosso status quo.
Sem diálogo, enfrentando moinhos de vento, tratando a pluralidade democrática como um fardo, nós estamos condenados a sermos um país mais surdo a cada ano que se inicia.
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O pau está pegando na China. Mais uma vez. Aqui embaixo conto como isso está acontecendo.
Mas atenção: alguns vídeos podem gerar desconforto pelo grau de violência. Se você é sensível a esse tipo de conteúdo, não abra essa thread.
Aos demais, boa leitura!
Desde a admissão do surto em 2020, a China adota uma política de tolerância zero com o vírus, uma estratégia duramente criticada pela OMS e epidemiologistas do mundo inteiro.
A promessa é de gerar estabilidade. Só tem um problema: provoca o exato oposto.
A estratégia se baseia em testes em massa e restrições draconianas para conter surtos, criando bolhas anti-covid que condenam milhões de chineses ao isolamento absoluto, afetando a vida diária de inúmeras maneiras.
E quem é responsável por essa imposição? Adivinha só: a polícia.
Xi Jinping está provando no Congresso do Partido Comunista que trabalha para se tornar o Imperador Palpatine da China.
Isso pode levar caos e instabilidade para o país mais populoso do mundo, capaz de impactar todo o planeta.
Quer entender como isso acontece? Eu explico:
Crises de sucessão são comuns na História. Mesmo democracias consolidadas podem encontrar desafios imensos nas trocas dos chefes de Estado - de questionamentos sobre a lisura do processo eleitoral a golpes políticos.
A história chinesa é repleta desses acontecimentos.
Na China Imperial, dos 282 imperadores à frente de 49 dinastias, quase a metade foi deposto por ser assassinado, derrubado, forçado a abdicar do trono ou a cometer suicídio.
Foi o caso deste sujeito aqui, o Imperador Guangxu, envenenado por arsênico em 1908.