Em nota, o MEC disse ter a "convicção de subsidiar qualquer tomada de decisão e reavaliação quanto ao Novo Ensino Médio com base em diálogo amplo e democrático", por isso, decidiu implementar uma consulta pública com audiências, oficinas de trabalho, seminários e pesquisas… twitter.com/i/web/status/1…
Além do grande número de disciplinas em oferta em todo o país, o levantamento identificou como o novo ensino médio foi implementado de forma diversa em cada estado. Enquanto o Piauí, por exemplo, oferece sete disciplinas diferentes aos seus estudantes, o Distrito Federal dispõe… twitter.com/i/web/status/1…
Com alto índice de abandono escolar e baixo nível de aprendizado, o ensino médio é considerado há anos um dos gargalos da educação básica do país. Com o objetivo de reverter os resultados negativos, o governo Michel Temer (MDB) aprovou em 2017 a reforma dessa etapa.
O novo modelo estabeleceu que as redes de ensino têm autonomia para definir quais itinerários ofertam, assim como as disciplinas que os compõem, considerando os interesses da comunidade escolar.
Estudantes e professores reclamam que os itinerários formativos foram implementados… twitter.com/i/web/status/1…
Kaick Pereira da Silva, 18, terminou os estudos em uma escola estadual em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, no ano passado, e avalia que parte da carga horária foi perdida com essas novas disciplinas.
"Tinha que usar um programa chamado Canvas [plataforma de design gráfico] para criar os rótulos, mas nem o professor tinha sido ensinado como usá-lo. Ele pedia que a gente buscasse explicações no YouTube para conseguir fazer as atividades."
"É uma grande falácia dizer que os alunos estão escolhendo estudar o que os interessa. Eles estão tendo que aceitar o que as escolas conseguem oferecer. A reforma esvaziou o aprendizado do ensino médio", diz @DanielCara, professor da USP e dirigente da Campanha Nacional pelo… twitter.com/i/web/status/1…
Já Kátia Smole, diretora do Instituto Reúna (organização associada à Fundação Lemann, uma das entidades que ajudou a formular o novo ensino médio) e secretária de Educação Básica do MEC durante o governo Temer, opõe-se à revogação.
Para Carlos Artexes, que foi coordenador-geral do ensino médio e diretor de orientações curriculares do MEC, a nova lei do ensino médio, em vez de dar mais liberdade para os sistemas de ensino, impôs a criação dos itinerários formativos e de disciplinas variadas.
Como o ministro Camilo Santana já descartou a possibilidade de revogar o novo ensino médio e citou a necessidade de "rever falhas", Artexes defende que o governo Lula reconsidere a obrigatoriedade da oferta de itinerários.
VEJA ALGUMAS DAS DISCIPLINAS QUE SÃO OFERTADAS NO NOVO ENSINO MÉDIO
O que rola por aí?
Ofertada na rede estadual do Rio de Janeiro, com a proposta de "explorar as diversas formas de expressão utilizadas no universo digital"
A Câmara votou o PL 4188, que permite aos bancos TOMAR a ÚNICA CASA de famílias vulneráveis e endividadas. Sabem aquelas cenas de filmes dos EUA? Vai ser pior aqui. Tábata Amaral votou a favor. Mas não foi a única. Ninguém que ajudou a aprovar essa matéria merece seu voto.
A matéria segue para o Senado, onde será apreciada. A aprovação do PL 4188 foi silenciosa. Vamos lutar contra ele, cuja crueldade demonstra que vencer Jair Bolsonaro é apenas o primeiro, ainda que decisivo, passo. O mais difícil será vencer o neoliberalismo e o bolsonarismo.
Para mais informações sobre o PL, recomendo seguir o David:
“Washington, como causador da tensão na Ucrânia, não está em posição de pedir a outros países que sigam sua posição para condenar ou sancionar a Rússia. Não pode pedir ao mundo inteiro que pague pelo caos que criou.” +
Título: “The US tries hard to hijack world's view on Russia, but more countries not buying it” globaltimes.cn/page/202203/12…
Na charge que ilustra o texto, o peão tem as cores da bandeira da Ucrânia:
A Estratégia da Ferradura
A coluna russa de tanques, parada a 30km acima de Kiev, é intrigante. A dúvida: é estratégia ou é erro de logística? Enquanto isso, as forças russas atacam o Sul e o Oeste ucraniano.
A ferradura de Putin vai se formando.
Aqui um mapa que sugere qual seria o avanço e o limite possível para as tropas russas, feita pelo analista @KofmanMichael.
Nesse outro mapa, do @TheStudyofWar, o cenário atual da Guerra, em termos de territórios ocupados pelos russos. Odessa já está sob forte ataque. Se for tomada, a Ucrânia perde o acesso ao mar.
Dias atrás escrevi que estávamos assistindo ao "alvorecer de uma nova História". Foi em um fio que viralizou. Como no mesmo tuíte - de um extenso fio - eu afirmei (como todos os analistas militares também fizeram) que Kiev cairia rápido, uma horda de militantes do MBL +
que praticam oportunismo com a bandeira da Ucrânia, jornalistas lava-jatistas, alguns bolsonaristas, poucos petistas, militantes do PSOL (que se pautam exclusivamente por redes sociais) e até pesquisadores ressentidos com os fatos, participaram de um ataque tosco. +
Vi pessoas de esquerda e colegas da Universidade, que conheço e convivo, comemorando o "erro de análise", em postagens sexistas que afirmavam que sou "mamador de ditador". Moristas (do MBL) comemorando a vitória ocidental e postando, em seguida, a foto do Vampeta nú.+
Desde janeiro tenho mantido uma rotina diária de leitura das análises de guerra do Ocidente - tanto de militares quanto de civis. (Infelizmente, poucos russos e chineses expõem suas visões). Leio excelentes analistas, mas a torcida ocidental contra V. Putin sempre escapa. +
Mesmo criticando (com excessos) a atuação militar, já reconhecem que a principal característica russa apareceu: a capacidade de aprender com os erros e com o contexto. Contudo, já é tarde para as forças de V. Putin cumprirem missões sem escalar a violência. +
A Ucrânia luta legitimamente por sua liberdade e soberania, mas os riscos para sua resistência e, principalmente, para seu povo, já podem ser compreendidos como uma irresponsabilidade do Ocidente - que usa V. Zelensky como mártir de seu combate contra a Rússia (e a China).+
Após analistas militares e civis dos EUA, Reino Unido e OTAN reiterarem erros logísticos da Rússia - o que encontra amparo na expectativa frustrada de uma ocupação rápida de Kiev -, fica evidente que a atual estratégia russa é de cerco, Boa parte do arsenal russo ainda não foi +
empregado, especialmente o aéreo (caças, helicópteros e drones). Há duas possibilidades, não excludentes: 1) pressionar por uma rendição da Ucrânia, reduzindo o derramamento de sangue; 2) obstáculos causados por problemas logísticos e de coordenação. +
A esperança agora é por uma possível retomada das negociações entre os lados. Nesse momento, China e França colaboram para a paz. EUA, Reino Unido e OTAN pressionam o lado ucraniano a resistir: querem evitar, principalmente, uma possível mediação chinesa, amparada pela França.