1. Um dos pontos que explica a reação do Conselho Nacional de Secretários de Educação em relação a reforma do ensino médio é a sua cooptação pelos atores privados da educação.
Essas entidades se enraizaram nos Estados, independentemente da posição ideológica dos Governos.
2. O grau de presença cresceu a partir da reforma do ensino médio para auxiliar na sua implementação, o que não deu certo, claramente.
A tomada de decisão da política educativa não pertence aos Secretários de Educação, a fragilidade política, técnica e intelectual facilitou a… twitter.com/i/web/status/1…
3. O fato de não se ter feito a revogação da reforma do ensino médio passa por isso também, esses mesmos ex governadores passaram a compor o Governo Lula.
A cuca feita por um discurso sobre evidências educacionais interessado para ser desfeita não é como uma volta no parque.
4. O problema não são as evidências científicas, a Universidade tem centenas delas mostrando os gravíssimos problemas e o equívoco de concepção da reforma do ensino médio.
O problema é que só são aceitas as evidências que encaminham para aquisição de materiais didáticos,… twitter.com/i/web/status/1…
5. Isso se limita ao Brasil? Não. Essa visão de mundo sobre educação e políticas educativas é parte de uma articulação internacional que agora recebeu o nome de Comunidade Araucária.
É a foto que ilustra o primeiro Tweet desse fio em que estão presentes os dirigentes do CONSED.
O Relatório "Education and climate change: learning to act for people and planet" da UNESCO aponta que a educação ainda é subestimada quanto ao seu papel no enfrentamento das mudanças climáticas.
As mensagens-chave do Relatório são 🧶
1. Conteúdo desbalanceado
- Análises em 76 países mostram que termos como BIODIVERSIDADE (12%) e MUDANÇA CLIMÁTICA (21%) têm pouca presença nos currículos, especialmente nos anos iniciais e em disciplinas de humanas versus ciências .
2. Foco excessivo em teoria
- Nos relatórios de países à ONU, 67% das referências à educação climática priorizam conhecimento teórico, contra apenas 7% para habilidades socioemocionais e 27% para AÇÕES PRÁTICAS.
Domenico De Masi fez uma pesquisa sociológica sobre o Brasil, publicada em 2015.
A partir de painéis de especialistas e do uso do método Delphi desenhou cenários de futuro para 2025.
Um deles foi:
"Em 2025 o país será menos
tolerante com governos e acontecimentos que dificultem o acesso ao consumo de bens e a melhoria de vida (saúde, transporte e educação). O brasileiro cordial se tornará um ativista muito mais violento em suas reivindicações".
Além disso, situa a Redemocratização:
"Em 2025, a redemocratização brasileira após a ditadura (1964-1985) completará 40 anos e estará em pleno florescimento cultural uma geração nascida e criada sob o regime democrático, com realização regular de eleições.
"Os efeitos principais dessa progressiva mudança serão
Comento sobre os resultados preliminares para a Educação no Censo 2022, divulgados hoje pelo IBGE.
Segue o fio 🧶
Os destaques apresentados são os seguintes:
POPULAÇÃO COM NÍVEL SUPERIOR
1. De 2000 a 2022, na população do país com 25 anos ou mais de idade, a proporção dos que tinham nível superior completo cresceu 2,7 vezes: de 6,8% para 18,4%. Nesse período, o percentual de pessoas sem instrução ou sem concluir o ensino fundamental caiu de 63,2% para 35,2%.
2. A proporção da população preta com 25 anos ou mais de idade e nível superior completo cresceu 5,8 vezes no período, saindo de 2,1% em 2000 para 11,7% em 2022. Já a população parda com esse nível de ensino cresceu 5,2 vezes, saindo dos 2,4% em 2000 para 12,3% em 2022.
Hoje foi publicada a Mensagem Presidencial 2025, documento que abre os trabalhos do Congresso Nacional, presta contas e faz sinalizações.
Comento a parte da educação neste fio 🧵
1. O primeiro ponto é o anúncio do novo ciclo do Plano de Ações Articuladas-PAR para 2025, uma atividade de planejamento para Estados e Municípios pactuarem com a União suas prioridades e áreas para investimento.
Isso é feito a partir de um diagnóstico situacional e do recebimento de assistência técnica e financeira do MEC.
2. A vigência da modificação feita no Fundeb para o financiamento do programa de escolas de tempo integral.
A partir de 2025, o Fundeb passará a garantir financiamento de, no mínimo:
➡️50% a mais para matrículas em tempo integral em relação às de tempo parcial;
➡️40% a mais para estudantes indígenas ou quilombolas;
➡️15% para educação do campo, em comparação ao ensino regular.