1. Um dos pontos que explica a reação do Conselho Nacional de Secretários de Educação em relação a reforma do ensino médio é a sua cooptação pelos atores privados da educação.
Essas entidades se enraizaram nos Estados, independentemente da posição ideológica dos Governos.
2. O grau de presença cresceu a partir da reforma do ensino médio para auxiliar na sua implementação, o que não deu certo, claramente.
A tomada de decisão da política educativa não pertence aos Secretários de Educação, a fragilidade política, técnica e intelectual facilitou a… twitter.com/i/web/status/1…
3. O fato de não se ter feito a revogação da reforma do ensino médio passa por isso também, esses mesmos ex governadores passaram a compor o Governo Lula.
A cuca feita por um discurso sobre evidências educacionais interessado para ser desfeita não é como uma volta no parque.
4. O problema não são as evidências científicas, a Universidade tem centenas delas mostrando os gravíssimos problemas e o equívoco de concepção da reforma do ensino médio.
O problema é que só são aceitas as evidências que encaminham para aquisição de materiais didáticos,… twitter.com/i/web/status/1…
5. Isso se limita ao Brasil? Não. Essa visão de mundo sobre educação e políticas educativas é parte de uma articulação internacional que agora recebeu o nome de Comunidade Araucária.
É a foto que ilustra o primeiro Tweet desse fio em que estão presentes os dirigentes do CONSED.
Comento sobre os resultados preliminares para a Educação no Censo 2022, divulgados hoje pelo IBGE.
Segue o fio 🧶
Os destaques apresentados são os seguintes:
POPULAÇÃO COM NÍVEL SUPERIOR
1. De 2000 a 2022, na população do país com 25 anos ou mais de idade, a proporção dos que tinham nível superior completo cresceu 2,7 vezes: de 6,8% para 18,4%. Nesse período, o percentual de pessoas sem instrução ou sem concluir o ensino fundamental caiu de 63,2% para 35,2%.
2. A proporção da população preta com 25 anos ou mais de idade e nível superior completo cresceu 5,8 vezes no período, saindo de 2,1% em 2000 para 11,7% em 2022. Já a população parda com esse nível de ensino cresceu 5,2 vezes, saindo dos 2,4% em 2000 para 12,3% em 2022.
Hoje foi publicada a Mensagem Presidencial 2025, documento que abre os trabalhos do Congresso Nacional, presta contas e faz sinalizações.
Comento a parte da educação neste fio 🧵
1. O primeiro ponto é o anúncio do novo ciclo do Plano de Ações Articuladas-PAR para 2025, uma atividade de planejamento para Estados e Municípios pactuarem com a União suas prioridades e áreas para investimento.
Isso é feito a partir de um diagnóstico situacional e do recebimento de assistência técnica e financeira do MEC.
2. A vigência da modificação feita no Fundeb para o financiamento do programa de escolas de tempo integral.
A partir de 2025, o Fundeb passará a garantir financiamento de, no mínimo:
➡️50% a mais para matrículas em tempo integral em relação às de tempo parcial;
➡️40% a mais para estudantes indígenas ou quilombolas;
➡️15% para educação do campo, em comparação ao ensino regular.
Mais uma vez se fala da entrada do Brasil na OCDE como membro efetivo, já somos parceiro-chave.
Diferente da UNESCO de governança democrática, a OCDE tem pretensões imperiais na área de educação.
Comento sobre a
entrevista de Andreas Schleicher, o virtual Ministro Mundial da Educação que cuida de toda a área de educação da OCDE.
Quando do lançamento dos estudos dessa organização, Andreas viaja pelo mundo dizendo aquilo que os países devem fazer no seus sistemas educativos nacionais.
Essa entrevista foi dada ao Correio Braziliense em novembro de 2024 e passou batida pelos sócios locais da OCDE como a ONG Todos pela Educação, a Fundação Lemann e a Fundação Cesgranrio.
Já comentei em fio anterior que todo o discurso educacional da OCDE é baseado na educação como serviço e não como direito.
Novo relatório da OXFAM mostra que os super-ricos não venceram na vida por esforço pessoal ou empreededorismo.
60% da riqueza dos bilionários vem de:
- herança
- favoritismo
- obtenção de benefícios pelo poder do monopólio
Reservo este fio para o relatório 🧶
1. O nome do relatório é "As custas de quem? a origem da riqueza e a construção da injustiça no colonialismo".
Há uma nova oligarquia aristocrática no mundo que concentra poder econômico e poder político, enquanto a classe trabalhadora luta para sobreviver.
44% da humanidade, ou seja, 3,6 bilhões de pessoas vivem abaixo da linha de pobreza.
1% mais rico concentra 45% de toda a riqueza. É a riqueza extrema.
2. A tendência é que levemos mais de um século para acabar com a pobreza.
Essa tendência vai se afirmando quando 4 em cada 5 países reduziram os orçamentos públicos destinados à educação, saúde ou proteção social e tributação progressiva.
Os países de baixa e média renda gastam 48% dos seus orçamentos públicos com o pagamento de dívidas, muito mais do que gastam com educação e saúde juntos.
O documento que afirma ser a bússola do futuro governo Trump traz indicativos sobre como a área de educação será abordada.
É importante conhecer seu conteúdo já que a direita brasileira é mera imitadora, serve de correia de transmissão, vamos ao fio
1. Restaurar a família como o centro da vida americana e proteger nossas crianças.
- Devem ser banidos todos os termos sobre orientação sexual e identidade de gênero, diversidade, equidade e inclusão.
- Educadores e bibliotecas públicas que fizeram propaganda ou acolherem livros sobre a ideologia transgênero e sexualização de crianças serão classificados como criminosos sexuais.
- Prevalência da autoridade dos pais na educação dos filhos, subordinando todas as escolas à essa escolha universal.
- Eliminação da teoria crítica da raça e da ideologia de gênero de todos os currículos das escolas públicas.
2. Desmantelar o estado administrativo e devolver a autogovernança ao povo americano.
- O primeiro movimento é a redução do tamanho do Estado, incluindo orçamentos, órgãos e pessoal.
- O segundo movimento é limitar o uso do poder presidencial quando suas ordens executivas ameaçarem comunidades, escolas e famílias americanas.
- Um dos alvos declarados é o Departamento de Estado da Educação pois, segundo o documento, seus burocratas inserem propaganda racista, antiamericana e anti-histórica nas escolas.