Quem nunca ficou com a pessoa errada numa festa? ☝️
Com os sapos é pior ainda! Volta e meia eles se confundem e acabam amplexando com outros machos, outras espécies, predadores, girinos, humanos, frutas, animais mortos e por aí vai. Quer saber por quê? Se liga nessa #BioThreadBR
Antes de tudo, é legal explicar como funciona a reprodução deles. De maneira geral, os machos vocalizam pra atrair as fêmeas, aí depois eles fazem o amplexo, que é esse abraço, que as estimula a liberar os ovos, que são fertilizados com ele jogando o esperma por cima.
Inclusive existe bastante variação do tipo de amplexo entre as espécies, já até criaram um kama sutra pra exemplificar!
Mas além do amplexo, existem dois tipos de reprodução em relação ao tempo: a prolongada e a explosiva. A prolongada é quando ela dura bastante tempo, com os indivíduos chegando aos poucos e na tranquilidade. Mas a explosiva não, dura poucos dias e chega todo mundo ao mesmo tempo.
E vamos pensar aqui, se o período reprodutivo é curto, então não tem muito tempo e a competição é enorme. Por conta disso, os machos não tem muito tempo pra checar se é realmente uma fêmea e não uma manga podre, por exemplo. Então eles vão na sorte!
Mas alguns machos, que às vezes também estão na procura de uma fêmea, podem acabar sendo amplexados e isso os impede de ir atrás delas. Pra evitar isso, eles desenvolveram o canto de soltura, que alerta o macho confuso de que ele também é macho.
Mas nem sempre funciona muito bem, como no caso desses dois machos de perereca-macaco (Pithecopus hypochondrialis) que foram flagrados fazendo um "69" por meia hora.
Aí vocês me perguntam, pode acontecer de nascer algo desses amplexos acidentais com outras espécies? Sim! Mas é bem raro e só acontece ser for entre espécies bem próximas, surgindo assim híbridos que podem até se tornar novas espécies com o passar do tempo.
E com indivíduos da mesma espécie, só que mortos? Sim, também dá! O sapo-de-crista (Rhinella margaritifera) desenvolveu uma necrofilia funcional, já que acidentalmente as fêmeas podem morrer afogadas durante o amplexo.
Aí pra isso, os machos apertam a barriga delas pra expelir os ovos, que depois são fertilizados. E isso é possível por conta da fecundação deles ser externa, como mencionei acima. E na foto ali ambos estão vivos, só pra avisar, é que eu não achei foto do ato em si.
E com predador? Também temos! Essa foto volta e meia viraliza com as pessoas achando que eles estão pegando carona, mas não só confundiram a cobra com uma fêmea mesmo.
Inclusive sempre que virem um sapo agarrado em algo como se estivesse pegando carona em algum bicho aleatório, não sejam inocentes, é sexo mesmo!
E nem os girinos escapam dessa, aqui vemos um sapinho-da-areia (Rhinella granulosa) mandando a ver num sapo-intanha (Ceratophrys joazeirensis) que estava terminando a metamorfose.
Também existem suspeitas de que ações humanas podem estar aumentando essas confusões, já que estamos introduzindo espécies exóticas, descartando objetos que podem ser confundidos e alterando o ambiente, podendo ser prejudicial pra eles. Mas isso requer mais estudos.
E é isso, hoje aprendemos que quem ignora buraco é prefeitura! Espero que tenham gostado e em breve novas threads!
Ontem eu fiz uma trilha e encontrei vários bichos e outros seres muito legais. Segue o fio e vem ver o que eu achei! 🧶
Logo na entrada eu já me deparei com algo muito interessante: pode parecer um fungo, mas não é! Por mais incrível que pareça, se trata de uma ameba e essas coisas são uma única célula.
O bicho-piroca (Atretochoana eiselti) é um anfíbio impressionante. Não possui pulmões, pode medir mais de 1 metro, é cheio de dentes, vive na água e raramente é encontrado. Será sobre essa espécie de cecília que falarei na #BioThreadBR de hoje! Segue o fio:
A A. eiselti é uma espécie de cecília da família Typhlonectidae, cujos integrantes são aquáticos e vivíparos, ou seja, dão a luz a filhotes já formados. Foi descrita por Edward Taylor em 1968 e é a única do gênero Atretochoana. Apesar da semelhança, não são cobras, e sim anfíbios
Pouco se sabe a respeito de sua distribuição, mas sabe-se que ela pode ser encontrada na Amazônia e em águas quentes. Por essa razão, não podemos saber se ela está em extinção ou não, com ela sendo marcada como dados deficientes (DD) pela IUCN. Sua alimentação é desconhecida.
Muitas pessoas quando ouvem a palavra anfíbio pensam que ela é sinônimo de sapo, porém essa classe também abriga outros animais, muitas vezes pouco conhecidos, e é sobre isso que irei tratar na thread de hoje. Segue o fio: commons.wikimedia.org/wiki/File:Hyno…
Atualmente existem 8125 espécies de anfíbios vivas no mundo, divididas em 3 ordens: Anura, que são os sapos, com 7172 espécies, Caudata, que são as salamandras, com 739 espécies, e Gymnophiona, os gimnofionos, com 214 espécies. amphibiaweb.org/taxonomy/AWtax…
Os anuros todo mundo conhece, são os sapos, pererecas e rãs, e são animais com 4 membros, sem cauda e com o corpo curto. São divididos em 54 famílias, cada uma com características únicas commons.wikimedia.org/wiki/File:R%C3…