Que tal a gente levantar uma tag aqui também pra lembrar a mobilização estudantil de 2016? #EuOcupeiEscola é uma ótima forma da gente lembrar aos desmemoriados que nós não nos acorvadamos e nem sucumbimos a agenda Golpista de Michel Temer.
E digo mais:
É importante falar AGENDA GOLPISTA e não GOLPE, porque não foi "apenas" o Impeachement da Dilma, mas foi o Teto de Gastos, a Reforma Trabalhista, a Lei da Terceirização, o Novo Ensino Médio, a Base Nacional Comum Curricular, foi a própria eleição de Bolsonaro e o que veio após. +
Tudo isso sendo um "pacotaço" de medidas financiadas e organizadas pelo Mercado Interno com intervenção e orientação do Mercado Externo.
Agenda porque ela ainda está em vigor! Agenda porque não se trata de questionar um elemento e os outros não. Agenda porque responde ao +
avanço do modelo Neoliberal na América-Latina e também pode e deve ser chamado de Neocolonialismo, que em muitos países, não só no Brasil, financia golpes, agendas anti-povo, governos com verniz progressistas e outros abertamente de extrema-direita.
E serve a galera que também ocupou Universidade, afinal também são "Escolas". No meu caso, ocupei universidade e ajudei a ocupar escolas. Foi a última maior assembleia estudantil que vi na universidade. Enfrentamos de tudo à época. Tivemos deslizes? Enormes! Mas ocupamos!
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Nos últimos dias apareceram figuras estranhas tratando aqueles e aquelas que pedem a revogação do Novo Ensino Médio e apontam outros equívocos do MEC como frutos de "briga política". Defendendo um suposto viés "técnico" das políticas em educação. Vamos desconstruir isso aqui 🧶:
Para início queria fazer uso do conceito de "Pós-Política", que a Sabrina Fernandes se apropria no livro "Sintomas Mórbidos" do intelectual Slavoj Žižek e como isso tem relação com o Neoliberalismo e seu avançar na América Latina.
de despolitização que age no campo do senso comum como uma forma de pós-ideologia, na qual assuntos relacionados a status político, social e econômico são efetivamente gerenciados" (p.216-217).
Segue que:
"Esse gerenciamento da a impressão de que não há luta ou disputa +
1. Redução de maioridade penal não é prevenção e sequer é punição. É mais uma medida populista vinda do mercado que lucra com privatização de presídios da mesma forma que lucra com privatização de escolas. Armadilha!;
2. Polícia na escola não é solução nenhuma. Fosse assim, +
escolas militarizadas resolveriam os problemas das violências, mas ao contrário fortalece muitas e cria outras, já que reprime identidades de adolescentes e crianças e constrói um modelo de educação ausente de criticidade, reflexão e humanização do outro;
3. Não se trata de +
criminalizar ou pautar o problema como sendo o "mundo dos games", é preciso pensar quais culturas estão sendo pensadas a partir de quem financia e municia esses adolescentes com discursos de ódio e até mesmo armamentos. O Bolsonarismo é a corrente que se faz presente e deve ser +
1. O NEM não mantém as disciplinas, ele as fazem perder carga horária a ponto de algumas grades sequer ter em algumas séries;
2. Se baseando no fato de que essas "disciplinas tradicionais são construções de uma "ciência colonial", quando foi que superamos a colonialidade pra 👇🏾
que essas novas sejam construções de fora da colonialidade?;
3. Se é fruto de um modelo escolar importando, é importante reforçar que a matriz do NEM também é. Modelos europeus e estadunidenses são a base de construção de proposta do NEM, com problemas lá e ainda mais aq. 👇🏾
Ainda vale fazer uma discussão importante acerca do que tange colonialidade e Descolonização de currículo e modelo educacional. Não de trata de, infelizmente, abrir mão de tudo, mas de disputá-lo. Se pensarmos que de nada adianta ter um modelo escolar "diferente" que seja 👇🏾
O NEM não é Transdisciplinar como alguns tem dito, mas ele é anti-disciplinar e isso não é algo bom, como alguns podem interpretar. Segue o fio 🧶:
Há muito pesquisadoras/es da Educação têm se colocado a defender uma perspectiva de ensino que conecte as aprendizagens à perspectivas relacionais entre aparentes distintos campos de conhecimento, tensionando as fronteiras existentes e, principalmente, fortalecidas a partir do 👇🏾
cartesianismo.
Com isso, abriu-se tanto a interdisciplinaridade quanto ao que se convencionou chamar de transdisciplinaridade a partir de 1994 com a "Carta da Transdisciplinaridade" que possui artigos de orientação à abordagem/método.
Já tem um tempo que tem aparecido propaganda atrás de propaganda de páginas vendendo Planos de Aulas de diferentes disciplinas prontos e adaptados a BNCC. Vamos papear sobre isso? 🧶:
Se tem uma coisa certa com a reforma do ensino médio, com uma Base Nacional Comum Curricular imposta sem terem repensado toda a estrutura de funcionamento da Educação do Brasil é que TEM MUITA GENTE LUCRANDO HORRORES COM TUDO ISSO. Mas esse é um papo que requer mais atenção. 👇🏾
O aumento da quantidade de disciplinas, a criação de muitas que sequer têm ementas e o fato de muitas professoras serem obrigadas a pegar matérias fora de sua área de formação ou sem nenhuma formação pedagógica, aumentou consideravelmente a exploração do trabalho docente. 👇🏾
Minha mãe arrumando coisas da mudança achou três medalhas minhas da época da escola. Fui campeão estadual de baleado nos Jogos Escolares, de dominó nos jogos da escola onde estudava.
Fiquei pensando que nunca fui de praticar esportes em minha adolescência e comecei a jogar +
futebol e gostar de assistir depois dos 16/17. Mas eu desejava. Queria muito ter um skate, queria me sentir parte dos babas, das resenhas, até correr. Mas meus pais nunca foram de incentivar, também por não gostarem muito. Também não tinha grana. Mas o motivo maior era a falta +
socialização. Eu era péssimo nisso. Uma vez minha mãe até me colocou na "escolinha de futebol", mas era como se eu não pertencesse aquilo.
Hoje, aos trinta, fazer musculação e correr tem sido um hobby necessário para lidar com minhas crises de ansiedade. O ruim é ter que fazer +