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Apr 6, 2023 53 tweets 12 min read Read on X
Thread sobre Pólio:

1. A história da poliomielite que você aprendeu está errada.
É uma das sequências de eventos mais incompreendidas nos últimos duzentos anos.
Quero explicar algo sobre a doença para ajudar as pessoas a entender o q aconteceu.
👇🏻 Image
2. O primeiro relato moderno de algo parecido com a poliomielite foi em 1789.
Um médico chamado Michael Underwood descreveu uma doença em crianças q chamou de “Debilidade das extremidades inferiores”.
Ele atribuiu isso à dentição e intestinos fétidos.

archive.org/details/b28771…
3. Uma das próximas menções foi da Louisiana em 1841.
Algumas crianças ficaram paralisadas.
A suposta causa: dentição.
Por que a dentição estaria associada à paralisia?

books.google.es/books?id=yzlmy…
4. Várias histórias surgiram ao longo de 1800 de crianças com paralisia, quase sempre nas pernas.
Muitas pessoas a chamavam de “paralisia da dentição”, mas outras se fixavam em “paralisia infantil”.
5. Este era um fenômeno novo: os médicos nunca o tinham visto antes e não sabiam por que estava acontecendo.
A pesquisa começou a revelar que a causa da paralisia eram lesões na parte cinzenta da medula espinhal.
6. Se você desenvolvesse uma lesão na medula espinhal, eles chamavam isso de “poliomielite”.
Pólio = cinza.
Mielite = inflamação da medula espinhal.
7. A poliomielite era uma lesão na medula espinhal.
É possível de que mais de uma pessoa desenvolva isso, porém, eles não sabiam por que as crianças começaram a desenvolver, aparentemente do nada.
8. Os cientistas realizaram pesquisas em animais envenenando-os propositalmente com arsênico, um ingrediente de remédios populares da época.
O resultado?
Paralisia nas patas traseiras.

collections.nlm.nih.gov/ext/dw/1015021…
9. Ao fazerem as autópsias dos animais, descobriram lesões na medula espinhal.
Os animais tinham o que chamavam de “poliomielite”.
10. Durante o século XIX, os tratamentos médicos mais comuns para qualquer doença continham mercúrio – para limpar os intestinos.
Os bebês receberam pó de dentição contendo mercúrio. Image
11. Este não era um tratamento marginal, mas algo tão comum quanto o Tylenol pode ser considerado hoje.
Se o metal arsênico era conhecido por causar poliomielite, então talvez o mercúrio também pudesse.
12. Ao longo do século XIX, houve alguns casos de paralisia infantil que apareceram aqui e ali.
Na verdade, não há epidemias.
Na década de 1890, algo mudou.
13. Um novo pesticida foi inventado em 1892, chamado arseniato de chumbo, perto de Boston, Massachusetts, para combater a disseminação de um invasor estrangeiro — a mariposa cigana.
Combinava chumbo e arsênico porque não podia ser facilmente lavado.
14. O pesticida começou a ser pulverizado de forma agressiva e, em dois anos, as primeiras epidemias reais de poliomielite (paralisia infantil) começaram a aparecer no nordeste dos Estados Unidos.
15. Essas epidemias afetaram as crianças mais do que ninguém, mas tiveram outro estranho conjunto de vítimas: os animais.
Cavalos, cachorros, galinhas, porcos. Todos mortos de poliomielite - lesões na medula espinhal que causaram paralisia e morte.

archive.org/details/infant…
16. Estranho porque o poliovírus não afeta animais (exceto Macacos do Velho Mundo).
Esses primeiros surtos são referidos como os primeiros surtos de poliomielite nos EUA, mas sabemos que não poderia ter sido devido ao poliovírus se os animais estivessem sendo atingidos.
17. Outro evento confundiria os cientistas da época - um efeito que é a principal razão pela qual as pessoas interpretam a história da poliomielite de forma tão errada até hoje: os Postulados de Koch.

medicinenet.com/kochs_postulat…
18. Os Postulados de Koch eram algumas diretrizes de pesquisa que basicamente estipulavam que havia um único micróbio causador de cada doença.
ERA verdade para todas as outras doenças: cólera, febre tifóide, difteria.
19. Nos anos seguintes, os cientistas descobriram que muitas coisas poderiam causar a poliomielite – não era apenas o arsênico.
Havia vários outros vírus e bactérias que, se injetados diretamente no sistema nervoso, poderiam causar lesões que desencadeariam paralisia.
20. Mas a nuvem dos Postulados de Koch pairava sobre suas pesquisas, e muitos cientistas achavam que — como todas as outras doenças — a poliomielite TINHA de ser devida a UMA coisa: uma bactéria ou um vírus.
Eles só tinham que encontrá-lo.
21. Pode-se ver a mudança no pensamento deles nessa época.
Passam a referir-se à doença como um nome próprio:
Poliomielite, ao invés de usá-la como sintoma:
O paciente tem poliomielite.
22. Nessa época, ainda era muito difícil trabalhar com vírus.
Eles não podiam vê-los, apenas deduzir sua presença pelos sintomas que poderiam causar.
Em 1908, descobriu-se que um vírus era capaz de causar paralisia em macacos.
23. Deram-lhe o nome de “poliovírus”, porque poderia causar poliomielite nos macacos.
Outros vírus e bactérias podem causar a mesma coisa: coxsackievirus, echovirus, D68, etc.
24. Com os Postulados de Koch guiando sua busca, eles começaram a focar neste vírus como a causa da poliomielite, apesar de saberem que havia muitas outras causas.
Esse erro criaria sofrimento para milhões de pessoas nas próximas décadas.
25. A questão é se vírus e bactérias PODEM causar poliomielite, por que somente então, e não antes?
Por que as epidemias de poliomielite apareceram repentinamente nos anos 1900, quando não existiam antes?
26. Alguns sugeriram melhorias no saneamento como a causa.
Eles sugerem que um melhor saneamento impediu que as pessoas pegassem as infecções quando crianças, quando eram protegidas pelos anticorpos do leite materno de suas mães.
27. Essa hipótese é fraca.
A doença foi chamada de paralisia infantil por muitos, mesmo na década de 1940, porque parecia sempre atingir bebês.
Se o melhor saneamento fosse a causa, adolescentes ou adultos deveriam ser os únicos com problemas.
28. Além disso, os primeiros surtos ocorreram sempre em áreas rurais, onde houve pouca mudança nas práticas de saneamento.
Não por acaso, essas áreas rurais foram submetidas a pesadas pulverizações de agrotóxicos.
29. A verdadeira questão é se a medula espinhal estava bem protegida dessas infecções paralíticas, por que de repente ela pareceu ficar vulnerável a partir dessa época?
30. Alguns creem que os pesticidas ingeridos, conhecidos por causar disfunção da membrana celular, criaram um caminho direto dos intestinos para a parte inferior da medula espinhal, localizada logo atrás, para os vírus e bactérias se instalarem.
31. É por isso que vários vírus (poliovírus, coxsackievírus, echovírus, etc.) começaram a paralisar as crianças nessa época.
Não foi uma mutação genética.
Não foram melhorias sanitárias.
Foi uma alteração física da integridade do intestino por pesticidas.
32. Os cientistas modernos dirão que o vírus entra no sangue e atinge a medula espinhal dessa maneira.
Mas por que a infecção quase sempre afetou a parte inferior da medula espinhal, quando o suprimento de sangue chega uniformemente a toda a medula?
33. É por isso que bebês e crianças foram os mais afetados.
A parte inferior da medula espinhal infantil (a parte que controla as pernas) fica diretamente atrás dos intestinos. Image
34. À medida que você cresce, a medula espinhal não cresce tanto quanto as vértebras e, nos adultos, a parte inferior da medula espinhal acaba sendo muito mais alta em relação aos intestinos – bem fora do alcance da maioria das agressões tóxicas ou microbianas. Image
35. É por isso que a vacina injetável Salk contra a poliomielite funcionou tão mal.
Criou anticorpos para apenas um dos muitos vírus que podem paralisar e criou anticorpos no sangue - uma defesa inútil contra uma infecção intestinal.
36. Como o arseniato de chumbo caiu em desuso devido à sua toxicidade, um novo conjunto de pesticidas sintéticos entrou em ação e tornou esse problema muito pior.
37. Após a Segunda Guerra Mundial, o DDT começou a ser aplicado em todos os lugares, pulverizado diretamente na comida das crianças, em suas roupas, roupas de cama, etc.
Isso deixou as pessoas muito doentes e a paralisia da poliomielite explodiu.
Foi horrível.

Image
Image
Image
38.Em 1952, ficou claro que muitos dos insetos estavam se tornando resistentes ao DDT, e sua toxicidade começou a preocupar as pessoas.
Eles começaram a usar pesticidas mais seguros e,com o arsenato d chumbo também desaparecendo de cena,a paralisia infantil começou a desaparecer. Image
39. Mesmo o Steedman's Teething Powder, o produto contendo mercúrio administrado por tanto tempo a bebês em fase de dentição, mudou sua fórmula.

trove.nla.gov.au/newspaper/arti…
40. Em 1960, a ineficácia da vacina Salk preocupou os cientistas e eles se reuniram em Chicago para discutir o problema.
As pessoas ficavam paralisadas mesmo depois de 4 ou mais doses.

manmadedisease.s3.amazonaws.com/ThePresentStat…
41. Eles tb estavam preocupados com o estudo em Detroit,onde coletaram amostras d fezes d quase 1.000 pessoas diagnosticadas com poliomielite.
Apenas 1/3 das pessoas testadas realmente tinha poliomielite.
Os outros tinham algum outro vírus paralisante.
jamanetwork.com/journals/jama/…
42. Isso representa um problema pq muitas pessoas foram informadas de que tiveram “poliomielite” quando foram afetadas quando crianças.
A realidade é q os médicos não poderiam saber o q causou a paralisia.
Pode ter sido um dos muitos vírus, pesticidas ou até bactérias diferentes Image
43. A vacina Sabin oral contra a poliomielite logo começou a ser usada e pode realmente controlar a infecção pelo poliovírus no intestino - onde realmente fez a diferença.
Mas isso não importava.
Afetava apenas o poliovírus — nenhum dos outros micróbios paralisantes.
44. Nessa época (1963), a poliomielite (também conhecida como “pólio”) havia praticamente desaparecido.
Acontece que nenhuma das vacinas era realmente necessária.
A vacina Salk foi horrível na prevenção da paralisia, e a vacina Sabin chegou tarde demais para fazer a diferença.
45. Hoje, os países que usam pesticidas tóxicos ainda lutam contra a paralisia infantil, também conhecida como poliomielite.
O uso de vacina oral extremamente agressiva contra a poliomielite pode ajudar a controlar infecções por poliovírus...

publications.aap.org/pediatrics/art…
46. ...mas com vários outros vírus paralisantes existentes, não é a panacéia que as pessoas acreditam que seja.
Para complicar as coisas, a própria vacina oral contra o poliovírus ocasionalmente cria paralisia.

npr.org/sections/goats…
47. Então, o que se pode tirar de tudo isso?
A “pólio” é um problema criado pelo homem.
A paralisia causada pela exposição direta a pesticidas OU pela entrada de vírus na medula espinhal pode ser atribuída diretamente a uma causa provocada pelo homem.
48. Apareceu de forma epidêmica na década de 1890 com a introdução do arseniato de chumbo e desapareceu na década de 1950 quando o uso do DDT caiu.
Como sabemos que foi causado por muitas coisas diferentes, o efeito de uma vacina de vírus único em seu declínio é mínimo.
49. Você pode ler mais a respeito deste assunto neste livro, escrito por @forrestmaready

amazon.com/Moth-Iron-Lung…
@forrestmaready Ainda há mais escândalos sobre a pólio vindo a tona.
Sigam o fio 🧵 👇🏻
@forrestmaready “Algumas vacinas orais contra o poliovírus foram contaminadas com o SV40 infeccioso depois de 1961 | Pesquisa sobre câncer | Associação Americana para Pesquisa do Câncer”

Via @kacdnp91

aacrjournals.org/cancerres/arti…
@forrestmaready @kacdnp91 CDC admite que 98 milhões de americanos receberam vacina contra poliomielite em um período de 8 anos, quando ela foi contaminada pelo vírus do câncer

wakingtimes.com/cdc-admits-98-…

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May 2
SINUSITE

O que é?

Sinusite é um termo geral vulgarmente utilizado para descrever inflamação e/ou infeção - que pode ser originada por vírus, bactérias ou fungos - de um ou mais seios perinasais, que são cavidades arejadas, revestidas por uma membrana mucosa idêntica à das fossas nasais, que existem nos ossos que rodeiam o nariz e que comunicam através de pequenos orifícios com as fossas nasais.

Essas cavidades produzem muco que é drenado pelo nariz e que tem uma função protetora das vias respiratórias.

Quando ocorre inflamação, como é o caso da sinusite, esses seios ficam bloqueados, com acumulação de mucosidades que provocam infeção e dor.

É uma doença muito comum que interfere de modo significativo na qualidade de vida e no desempenho profissional e social das pessoas afetadas.

A relação de contiguidade e continuidade anatómica e funcional entre as fossas nasais e os referidos seios perinasais faz com que a sinusite aguda raramente ocorra sem rinite associada, sendo geralmente precedida por essa mesma rinite.

Este quadro associa-se com frequência à rinite alérgica, verificando-se que 53% a 70% dos doentes com rinite tem sinusite e 56% dos pacientes com sinusite sofrem de sintomas de rinite.

Muitos médicos defendem que esta patologia é uma complicação da rinite, pois a alergia leva a uma inflamação da mucosa nasal, com obstrução dos seios perinasais e com compromisso da sua oxigenação e drenagem.Image
Sintomas

A sinusite pode ser aguda, quando dura menos de quatro semanas, ou crónica quando ultrapassa essa duração.

A crónica pode apresentar menos sintomas do que a forma aguda; contudo, o seu tratamento é importante para que não ocorra lesão dos seios nasais que possa implicar uma reparação cirúrgica.

Os sintomas da sinusite são diversos e podem incluir:

•febre
•fraqueza
•fadiga
•tosse
•congestão nasal
•rinorreia (saída de secreções pelo nariz)

É comum a sensação de drenagem de muco ao longo da garganta.

Muitos pacientes referem dor ou sensação de pressão na face, nos malares, no nariz ou entre os olhos.

As cefaleias são habituais e pode ocorrer ainda uma redução do paladar, uma alteração do olfato, mau hálito e tosse.

Embora os seios nasais não estejam completamente desenvolvidos antes dos 20 anos, as crianças podem apresentar infeção dessas estruturas.

O diagnóstico é mais difícil nestes casos, dada a elevada frequência de infeções respiratórias.Image
Causas

Como regra, qualquer fator que impeça uma deficiente drenagem das secreções nasais permite a sua acumulação com consequente infeção e obstrução.

As alergias respiratórias são uma causa frequente da sinusite, desempenhando um papel importante substâncias como o pó doméstico, os pólens e os pelos dos animais.

Existem diversas outras causas, destacando-se:

•infeções que afetam as vias aéreas, como a gripe

•condições climáticas adversas com frio e humidade

•traumatismos do nariz

•mudanças bruscas de pressão associadas ao voo ou ao mergulho

•poluição atmosférica (poluição automóvel e tabagismo)

•má higiene nasal

•desvios do septo nasal

•doenças concumitantes com perturbações da imunidade e consequente diminuição das resistências do organismo

•o uso excessivo de descongestionantes nasais, o tabaco e a natação podem também aumentar o risco de desenvolvimento de sinusiteImage
Read 29 tweets
May 1
MASTRUZ

Mastruz ou erva-de-santa-maria: para que serve e como consumir

O mastruz, também conhecido como “erva-de-santa-maria”, é uma das plantas mais utilizadas como remédio em todo mundo.

Em função de seus diversos efeitos terapêuticos, foi recentemente incluída na Relação de Plantas Medicinais de Interesse do Sistema Único de Saúde (SUS), o que estimulou pesquisas com o objetivo de demonstrar a sua eficácia no tratamento de doenças e reforço imunológico.

Devido à tradição popular das receitas caseiras, é bastante usado, especialmente no Nordeste.

Embora o mastruz tenha sido historicamente servido como erva medicinal e tempero em algumas cozinhas, é importante lembrar que, em grandes quantidades, ele pode ser tóxico.

É fundamental fazer uso dele com moderação.Image
O QUE É MASTRUZ?

Nome comum de várias plantas herbáceas do gênero Chenopodium, que são encontradas em várias partes do mundo e têm uma variedade de usos, incluindo culinário e medicinal.

A espécie que possui o nome científico de Chenopodium ambrosioides possui várias denominações populares, como “mastruz”, “mentrus”, “mastruço”, “erva-de-santa-maria”, epazote, lombrigueira, chá-do-méxico ou ambrósia-do-méxico.

É uma planta que pode chegar até 1 metro de altura, dotada de arbustos com folhas alongadas de tamanhos diferentes, flores e sementes muito pequenas com óleo essencial de cheiro forte e pouco agradável.Image
PROPRIEDADES

•Indicado para combater parasitoses e vermes intestinais, parasitas da pele, escabiose e nematoides.

•Anti-helmíntico, especialmente eficaz contra áscaris, ancilóstomos e amebas intestinais;

•Tônico, regulador e fortalecedor do fígado, estômago e intestinos, sendo utilizado também em casos de refluxo gastresofágico, gases, cólicas, constipação crônica e hemorroidas;

•Usado também como analgésico, anti-inflamatório e antimicrobiano.

É empregado, na medicina popular, como peitoral, principalmente nas bronquites catarrais.

Externamente, é usado como vulnerário em contusões;

O mastruz é rico em compostos antioxidantes, como flavonóides e polifenóis.

Os antioxidantes ajudam a combater o estresse oxidativo no corpo, que está associado a processos inflamatórios.

A planta também possui óleos essenciais, como o ascaridol.

Esses óleos essenciais podem reduzir a produção de substâncias inflamatórias no corpo.

Além do ascaridol, outros terpenoides (vasto grupo de metabólitos secundários com ações sobre o Sistema Nervoso Central) podem estar presentes no mastruz, contribuindo para suas propriedades medicinais.

O mastruz é uma planta que contém diversas vitaminas e minerais em sua composição, embora as concentrações possam variar.

As vitaminas encontradas no mastruz incluem: A, C, E, K, Complexo B, além de ácido fólico e B12.

A planta também é rica em minerais como cálcio, magnésio, potássio, cobre, ferro, manganês, fósforo, sódio, selênio e zinco.Image
Read 9 tweets
Apr 30
PRÓPOLIS

Própolis: benefícios, o que é e para que serve?

A própolis é um componente produzido pelas abelhas a partir de resinas coletadas em diferentes partes das plantas como as flores, folhas, cascas e caule de plantas aos quais as abelhas adicionam suas enzimas salivares, cera e pólen dando origem ao produto.

Tem como característica um aspecto pegajoso, verde mais escura.

Utilizada pelas abelhas para montar suas colméias na vedação, forro, impermeabilização de água ou proteção contra crescimento microbiano e fúngico.

Essa substância tem sido muito estudada por apresentar propriedades biológicas aplicáveis na medicina, indústria alimentícia e cosmética.Image
Composição da Própolis

A sua composição pode variar de acordo com a espécie das plantas, altitude, iluminação, campos de alimentação das abelhas que se desenvolvem ao redor das colméias onde as abelhas coletam as substâncias necessárias.

Em sua forma bruta, a própolis é composta de:
resinas (50–60%),
cera (30–40%),
óleos essenciais (5–10%),
pólen (5%) e
outras substâncias como as vitaminas e os minerais.Image
Para que serve a Própolis

A própolis é utilizada como um agente curador de lesões, sozinha ou misturada a outras substâncias,
atua na eliminação de radicais livres,
possui atividade antimicrobiana,
antiviral,
antiinflamatório,
antibacteriano,
anestésico,
antioxidante,
antitumoral,
anticâncer,
antifúngico,
anti-protozoário,
anti-hepatotóxico,
anti-mutagênico,
anti-séptico.

Todas essas ações da própolis podem ser explicadas pela variedade dos compostos bioativos encontrados na própolis, incluindo os flavonóides, ácidos fenólicos, terpenos, ácidos aromáticos e outros.Image
Read 14 tweets
Apr 30
UNHA-DE-GATO

Você talvez já tenha visto essa planta cobrindo muros e portões de casas, sobrados e até pequenos edifícios.

Ela forma uma espécie de manta verde, bem densa e fechada, e seus galhos possuem pequenos espinhos com as pontas curvadas, que lembram as unhas dos felinos.

É isso mesmo: estou falando da unha-de-gato, uma trepadeira nativa da Floresta Amazônia, que pode ser encontrada em regiões de clima tropical da América do Sul e Central.

Apesar de estarmos acostumados a pensar na unha-de-gato apenas como uma trepadeira comum, ela tem propriedades medicinais que realmente impressionam.

Para se ter uma ideia, os indígenas já faziam uso dessa planta, em países como o Peru, Colômbia e Equador, há pelo menos 2 mil anos.

Inclusive, a unha-de-gato é uma das ervas medicinais mais tradicionais do Peru, sendo utilizada para tratar e aliviar diferentes sintomas.

No passado, tribos indígenas faziam uso da planta para tratar doenças inflamatórias, artrite, dores ósseas, diabetes, cicatrização de cortes profundos, problemas digestivos e até como método contraceptivo.

Atualmente ela é reconhecida como um fitoterápico pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), indicada por suas propriedades anti-inflamatórias.

A possibilidade de atuar em tantas frentes de combate deve-se ao fato de que a unha-de-gato é um potente imunoestimulante, ou seja, reforça as nossas defesas naturais.Image
Um estudo da Universidade de Lund, na Suécia, publicado no periódico Phytotherapy, descobriu que o consumo de 700 mg de extrato de unha-de-gato por 2 meses aumentou o número de leucócitos no organismo - essas células estão envolvidas no combate a infecções.

Além de estimular o sistema imune, a unha-de-gato apresenta ação moduladora das nossas defesas.

Isso é extremamente importante para que a inflamação - um mecanismo de defesa do nosso corpo que é muito válido em ações pontuais - não seja constantemente acionada, como uma sirene desregulada.

E excesso de inflamação, como você talvez já saiba, é o ponto de partida para um adoecimento geral do corpo.

Prova da ação anti-inflamatória da unha-de-gato foi evidenciada em um estudo publicado no Journal of Rheumatology, realizado com pessoas diagnosticadas com artrite reumatoide.Image
Esse tipo de artrite é uma doença autoimune de longa duração, que acomete juntas e articulações, causando inchaço, dor e rigidez.

O estudo concluiu que 60 mg de extrato de unha-de-gato por dia, junto com a medicação regular, resultou em uma redução de 29% no número de articulações doloridas, em comparação com um grupo de controle que apenas tomava medicamentos.

A hipótese, segundo os pesquisadores da University of North Carolina at Charlotte, é a de que a unha-de-gato possui flavonoides (compostos com ação antioxidante) e alcaloides (compostos naturais que protegem a planta).

Ambos inibem a liberação excessiva de fator de necrose tumoral alfa, que são citocinas altamente inflamatórias.Image
Read 6 tweets
Apr 26
INSÔNIA

Sem mais delongas, vamos a thread prometida sobre a insônia, pois há outros temas a serem abordados.

Desde já agradeço a participação de todos, e tentarei trazer aqui o máximo de dicas que recebi para tentar contornar esse problema de forma NATURAL.

Recordando que mesmo em se tratando de fitoterápicos, o ideal é não prolongar o uso por mais de 3 meses, ou fazer uma pausa no tratamento.

IMPORTANTE: AS MEDICAÇÕES E TRATAMENTOS INDICADOS AQUI DEVEM SER PRESCRITAS OU UTILIZADOS SOB ORIENTACÃO MÉDICA!

AS PESQUISAS POSTADAS SÃO SÓ EXEMPLOS DE COMO OS TRATAMENTOS PODEM BENEFICIAR AS VÍTIMAS!Image
Começando com a dica do @cesarnc21, que enviou até o link pra facilitar 👇🏻

Ele disse que esse produto com melatonina é tão forte que ele até parou de tomar.

Portanto pode ser uma dica para quem sobre com insônias de nível mais avançado.

amazon.com.br/Complete-Night…
A @vaniaabreusodre nos trouxe alguns óleos essenciais que podem ser usados para auxiliar as pessoas que sofrem de insônia.

Se desejarem mais detalhes sobre como utilizar, podem entrar em contato com ela. Image
Read 20 tweets
Apr 26
Ainda no tema INSÔNIA, sugeriram o CBD (canabidiol).
Na europa o óleo essencial de CBD é bastante utilizado como relaxante.

Peço por gentileza que não politizem o tema.
Estou trazendo aqui apenas estudos comprovados sem NENHUM viés político, assim como faço quando apresento as outras plantas.

CANNABIS

Esta é uma planta polêmica e que sofre muito preconceito.

Por isso, antes de falar dela, vou trazer a história de alguém que foi extremamente beneficiada por essa erva.

É a pequena americana Charlotte Figi, portadora de uma forma rara e grave de epilepsia, que leva o nome de
síndrome de Dravet.

Até os seis anos de idade, Charlotte tinha cerca de 300 convulsões por semana.

Os espasmos eram tão fortes e tão frequentes que ela havia perdido a capacidade de andar, falar e comer.

Os pais de Charlotte de mudaram completamente essa história de sofrimento com uma substância: o canabidiol (CBD).

Trata-se de um dos muitos componentes presentes na Cannabis sativa, popularmente chamada de maconha, ou ainda de cânhamo, uma planta da mesma família que a maconha.

Nos Estados Unidos, elas são diferenciadas por nomes que você já ouviu falar: marijuana (maconha) e hemp (cânhamo).

A substância ainda é pouco conhecida e explorada para o uso medicinal.

E enfrenta preconceitos por ser confundida com as drogas ilícitas que alimentam o tráfico e a dependência química.

Mas a história mostra que a mesma erva, hoje tão combatida e escanteada pela ampla maioria dos profissionais tradicionais de saúde, já foi muito explorada por gigantes da indústria farmacêutica.👇🏻
A verdade é que o uso da Cannabis para fins medicinais não é de agora.

Veja, há 4.700 anos, os chineses utilizavam a planta para tratar asma, cólicas e insônia.

Há relatos, inclusive, de que a Rainha Vitória – que usou a coroa da Inglaterra de 1837 até sua morte, em 1901 – também se beneficiava da planta durante os períodos de cólica menstrual.

Da antiguidade para os tempos contemporâneos, a cannabis deixou de ocupar a atenção dos pesquisadores e médicos, para alimentar exclusivamente os números de contrabando e comércio ilegal de drogas.

Os fins terapêuticos foram substituídos pelo que chamamos de “fins recreativos” e, com isso, muitas pessoas em situação de adoecimento foram prejudicadas por não terem acesso a uma terapia eficaz, de baixo custo e que não causa dependência.

🤔 será por isso que é tão demonizada?
👇🏻
A BORRACHA HISTÓRICA

A questão toda é que, pelos dados históricos, o uso da cannabis como recurso terapêutico foi deixado de lado mais por questões econômicas do que por razões médicas.

Veja, a pesquisadora de cannabis, Debra Borchardt, em artigo recente veiculado na revista Forbes, informou que ao menos três laboratórios hoje gigantes (Eli Lilly, Parke- Daves - hoje adquirido pela Pfizer 😞- e Squibb) comercializavam maconha medicinal no ano 1919.

“De acordo com o Antique Cannabis Book, quase 6% dos medicamentos manufaturados, na virada do século, continham cannabis de uma forma ou de outra... A Squibb tinha 15 produtos em sua linha... A Parke-Davis chegou a 27. Eli Lilly vendeu 23 versões diferentes”, escreveu Borchardt.

Hoje esse assunto tornou-se um grande tabu.

Com raríssimas exceções, nenhum desses grande laboratórios fala abertamente sobre a utilização no passado da maconha medicinal.
👇🏻
Read 15 tweets

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