O canal oficial de Oshi no Ko no Youtube postou um "por trás das cenas" sobre a pré-produção do anime e há várias coisas interessantes no processo!
Vamos resumir tudinho para vocês! 👇
Assim como já tínhamos falado aqui na página, Kappe, a designer de personagens do anime, sugeriu a obra ao produtor de animação do anime, Ryo Kobayashi!
Kobayashi ainda comenta sobre a importância para ele de seguir o que os artista de anime querem fazer.
Ciao Nekotomi (aka Saori Tachibana) menciona como ela tem bastante liberdade artística no projeto, dada pelo diretor de série Daisuke Hiramaki. Ela está encarregada das cores e demais aspectos visuais como diretora-assistente!
Ela também é mencionada por Kobayashi e Hiramaki como uma das pessoas que mais demonstra paixão pelo projeto!
Para a estrutura da série, Kobayashi, Hiramaki e Nekotomi comentam sobre alguns pontos importante do projeto, como definir alguns aspectos como danças e músicas.
Toda a staff estava alinhada na ideia de que cortar o volume 01 em vários episódios não seria o ideal e sim produzi-lo em um episódio longo, menciona o diretor Hiramaki.
Toda a staff elogia o trabalho de Kanna Hirayama como designer de personagens. Eles sentem muito amor de tudo o que ela faz!
Mesmo cientes da complexidade dos designs de Kappe, eles decidiram seguir em frente com uma grande quantidade de linhas, pois sabiam que o resultado ficaria bom no final, mesmo que demandasse muito trabalho.
Eles produziram concept arts de cenários 3D para o projeto. Destacaram as mudanças dos cenários da casa da Ai conforme as fases de sua vida foram mudando.
Nekotomi menciona um pouco mais sobre as cores. Documentos indicando a paleta de cores foram distribuídos para toda a staff.
(OBS: algo fundamental em todo projeto e bastante especial para Oshi no Ko em especial)
Kappe apontou durante o planejamento do anime que queria contornos escuros para dar destaque aos desenhos feitos à mão, assim mencionado por Nekotomi.
Essas linhas pretas nos contornos são bem visíveis nos visuais desenhados por ela.
O autor do mangá, Aka Akasaka, contou para a staff do anime o significado das estrelas nos olhos. Com isso, eles trabalharam para fazer eles como estão para nós no anime.
O diretor de série Daisuke Hiramaki menciona que dirige animes como se fossem live actions (doramas) se preocupando com o posicionamento da câmera e blur!
(é muito gratificante ouvir isso, pois é algo que estou elogiando desde o literal começo do projeto! Fico feliz em conseguir pegar as intenções do diretor, assim como contente por ele estar expressando suas ideias muito bem para nós!)
E bem, esse foi o resumo! Ainda recomendo que assistam tudo, pois fui bem geral nos pontos que mencionei e eles falam algumas outras coisas interessantes! É apenas o primeiro episódio, então comentaremos dos próximos também!
Vamos para algumas observações do fato que o estúdio Shaft animará o novo projeto de Gotoubun no Hanayome (The Quintessential Quintuplets)!
Segue a thread👇
Como noticiamos mais cedo, o estúdio Shaft (Monogatari Series, 3-gatsu no Lion, Madoka Magica) será a empresa responsável pela animação do novo projeto animado da franquia Gotoubun no Hanayome. Será um especial adaptando o que foi pulado do mangá.
O diretor do projeto será Yukihiro Miyamoto (宮本幸裕). Ele é um bom diretor, sendo um dos mais competentes dentre os remanescentes do estúdio Shaft. Seu currículo acabou tendo manchas devido aos seus últimos projetos, mas ele foi mais uma vítima dos terríveis cronogramas deles.
Oshi no Ko #04 é mais uma grande prova que esse projeto é incrível, feito com muito esmero e amor. Um episódio muito bem construído, dirigido e bem desenhado.
Sem mais delongas, vamos aos destaque! 👇
O primeiro destaque é Ryouta Itou (伊藤良太) como storyboarder. Ele foi o diretor de série de Shikimori-san e Senpai ga Uzai e diretor-assistente de Yesterday o Utatte. Um nome de grande confiança para a Doga Kobo, algo justo considerando seu trabalho de qualidade aqui.
Quando o diretor de série de Oshi no Ko, Daisuke Hiramaki, mencionou que visa uma direção cinematográfica para o anime, ele não estava brincando e isso é visto como grande essência do projeto, algo que Ryouta Itou também proporcionou em seu board. Enquadramentos muito ricos!
Hoshi no Samidare (Lúcifer e o Martelo) foi uma produção espetacular que mostrou o real potencial de uma equipe criativa e ambiciosa. Um projeto muito injustiçado apenas por ter uma pegada artística única, mas que hoje provaremos sua competência técnica!
Segue a thread!
Como é conhecido, o projeto foi pego pelo estúdio NAZ para se encarregar da produção, que por sua vez terceirizou para o Jumondou, que foi uma EXCELENTE escolha. Jumondou já se mostrou um dos melhores estúdio de ação da indústria, garantido coreografias elaboradas como essa!
Sua composição, por sinal, é claramente inspirada no estilo abordado por Yuuichi Terao nos projetos da Ufotable, tendo um excelente uso de efeitos digitais e componentes 3D em conjunto uma animação 2D polida, dando uma estética única ao projeto!
Uma escolha genial da equipe de Monogatari Series, do estúdio Shaft, ao adaptar a obra, foi criar uma abertura para cada arco. Isso funciona perfeitamente pela estrutura narrativa do anime, criando identidades diferentes em cada abertura, que se focavam nas personagens da série.
Cada arco da obra mudava se foco para uma das personagens femininas dela, apresentando algum novo plot e característica que a série seguiria nesse momento. As aberturas captavam perfeitamente esse sentimento. Todas elas são muito únicas e representam perfeitamente seus arcos.
Outro ponto interessante é como essas aberturas falam dos personagens. As músicas das aberturas de Monogatari são cantadas pela garota foco do arco, que em conjunto com o trabalho da direção e animação, eram a perfeita representação da escrita em conteúdo audiovisual.
O ano era 2017 e a utilização de CGI em animes era muito discutida na comunidade otaku, geralmente de forma pouco apreciada. Porém, o primeiro projeto solo de um estúdio iria mudar para sempre os padrões de CGI para animes: Houseki no Kuni, do estúdio Orange!
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Houseki no Kuni não foi o primeiro projeto CGI da indústria de animes, tão pouco o primeiro a entregar algum destaque, mas sua excelência técnica abalou a percepção de fãs casuais e entusiastas de animação de uma forma jamais feita por outro projeto majoritariamente em CGI.
Orange já vinha se destacando pelo bom trabalho de animação CGI em projetos de outros estúdios, mas, para Houseki no Kuni, o estúdio entregou um trabalho espetacular em criação de cenas de ação extremamente bem animadas.
Bleach Hell Verse, o filme 04 da franquia, é insano! Dirigido por Noriyuki Abe e lançado em 2010, foi um ápice para Bleach, sendo uma reunião de muitos dos maiores talentos da indústria da época!
Vamos lembrar alguns destaques do projeto!
Entre todos os filmes de Bleach, Hell Verse tem uma qualidade especial. Sua equipe foi repleta de animadores muito fortes e escolhas muito criativas para suas cenas de ação. O resultado disso foi um filme de ação extremamente competente.
Para filmes, existe o conceito de "diretor de unidades", que dirigem partes do filme, como faz um diretor de episódios, tanto que tem o mesmo kanji (演出/enshutsu). Em Hell Verse, Yuzuru Tachikawa (diretor de Mob), o próprio Abe e outros diretores entregaram um ótimo trabalho.